Nos Jogos Paralímpicos de Paris, o Brasil terminou em quinto lugar no quadro geral de medalhas, a melhor colocação do país na história da competição – 89 medalhas: 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes. Gabrielzinho e Carol Santiago são eleitos os Atletas do Ano no Prêmio Brasil Paralímpico
Os nadadores paralímpicos Gabriel Araújo e Carol Santiago receberam os troféus de atletas do ano.
Ô povo chique! Tudo bem diferente da rotina de treino e competição.
“É até difícil reconhecer, porque está todo mundo diferente, no seu estilo, lindo e maravilhoso. No dia a dia, só traje esportivo”, diz Mariana D’Andrea, medalhista de ouro no halterofilismo em Paris 2024.
Noite especial para celebrar, com prêmios para quem mais se destacou em 24 modalidades. A nova geração vem forte. Rebeca Silva, 23 anos, judoca com deficiência visual, medalhista de ouro em Paris, foi eleita a atleta revelação. No “craque da galera”, escolha por votação popular, Giovanna Boscolo, bronze no atletismo nas Paralimpíadas, teve 68% dos votos. Ela tem uma doença neurodegenerativa.
“O que eu falo, na maioria das vezes: uma pedra no meio do caminho é a maior oportunidade da gente construir um castelo. Então, eu fico muito feliz da forma que eu encarei o meu diagnóstico e ter chegado tão longe”, conta Giovanna Boscolo, medalhista de bronze no atletismo em Paris 2024.
Nadadores Gabriel Araújo e Carol Santiago recebem os troféus de atletas do ano no Prêmio Paralímpicos
Jornal Nacional/ Reprodução
O ano de 2024 teve mesmo muitos motivos para uma festa grande. Nos Jogos Paralímpicos de Paris, o Brasil terminou em quinto lugar no quadro geral de medalhas. Foi a melhor colocação do país na história da competição – 89 medalhas: 25 ouros, 26 pratas e 38 bronzes.
Gabrielzinho, com três medalhas douradas, ajudou com esses números. O nadador foi eleito o melhor atleta de 2024 entre os homens.
“Só mostra que eu estou no caminho certo, e é trabalhando e treinando que eu vou conquistar tanto minhas medalhas quanto as coisas que as medalhas podem me proporcionar”, afirma Gabriel Araújo, três medalhas de ouro na natação em Paris 2024.
A atleta do ano também veio da piscina: Carol Santiago. Três ouros e duas pratas. O desempenho dela em Paris a transformou na maior medalhista do Brasil, entre as mulheres, em Paralimpíadas.
“É muito gratificante você ver que todo o trabalho que a gente fez foi suficiente para a gente ser realmente premiado no final do ano, de tudo que a gente conquistou e aonde a gente chegou”, diz Carol Santiago, cinco medalhas na natação em Paris 2024.
A noite não celebrou apenas as conquistas, mas a transformação que o esporte causa na vida das pessoas.
“Muitas pessoas estão precisando se reconhecer no outro. Ser essa pessoa, trazer essa visibilidade… ‘Poxa, meu filho é igual a ela, e ela é uma atleta paralímpica’. O pai percebe que a criança pode ter um fator ali, uma deficiência, mas que isso não vai limitar ela. Ela não é incapaz. É claro que receber a medalha, cara, sensacional, mas receber esses relatos é surreal, é surreal”, diz Ana Carolina Moura, medalhista de ouro no taekwondo em Paris 2024.
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