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Rolês com Fusca ajudam a melhorar notas de português de alunos de escola pública de MG


Após mais de 60 passeios pelas ruas do bairro do colégio, estudantes se dedicaram mais à disciplina. Livro ‘Memórias de um Fusca’ também foi usado como material didático. Rolê dentro do Fusca vira aula diferente e criativa
Acervo pessoal
Nota boa em português e um passeio em um Fusca 1980. O desafio criado pelas professoras Gilmara Marques de Souza e Bernadete Viveiros fez os alunos da Escola Municipal Manoel Salvador de Oliveira se dedicarem a disciplina. O resultado? Foram mais de 60 viagens pelas ruas do bairro do colégio, que fica em Itabirito, na Região Central de Minas Gerais. Com um detalhe: o “Fusquinha” é o xodó de uma das educadoras.
A ideia surgiu durante um trabalho literário sobre a obra “Memórias de um Fusca”, de Orígenes Lessa. A cada bimestre elas escolhem um livro para trabalhar com os alunos da 7ª série, do ensino fundamental II, mas perceberam que os estudantes não estavam muito envolvidos com as atividade. As notas das turmas também não estavam boas.
“A média da sala, antes do desafio, era 15 pontos. A gente tinha muito aluno desmotivado, sem estudar e sem envolvimento com os projetos. O resultado foi surpreendente. Nós tivemos mais de 50 notas acima de 20 pontos e dez alunos que fecharam o bimestre com a pontuação máxima e já tem gente perguntando se vai ter passeio de novo”, comemora a professora Gilmara Marques.
Além do passeio, os estudantes participaram de uma gincana literária com várias atividades na escola: cartazes, pesquisas sobre a história do carro, entrevistas com donos dos veículos e até confecção de biscoito em formato de Fusca.
Fusca ‘despertou’ garotada para aula de português
Acervo pessoal
A dona do Fusca
Gilmara, de 38 anos, é professora há 17 e sempre foi apaixonada por fusquinhas. A compra do veículo foi no ano passado.
“Saí de Ouro Preto e fui lá em Formiga [no Centro-Oeste de Minas] para buscar o carro. Foi uma viagem cheia de história, dificuldades para regularizar a documentação. Até batizei o fusca com o nome do antigo dono: João Bolinha”, explica Gilmara.
Cada volta “no João Bolinha” durou cerca de dez minutos. Em um dos dias de passeio, Gilmara ficou a manhã inteira dentro do carro passeando com os alunos. “80% deles nunca tinham entrado em um e acharam um máximo”, conta.
Alunos da 7ª série do Ensino Fundamental II estudam o livro ‘Memórias de um Fusca’
Acervo pessoal
Sobre o livro
O livro “Memórias de um Fusca” foi escrito por Orígenes Lessa. Nele, um Fusca narra a própria vida desde o momento em que saiu da fábrica até as confusões do trânsito.
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