Gilson Gonçalves, de 48 anos, é o principal suspeito de matar com um tiro Otávio Carvalho, um adolescente de 14 anos. A investigação policial aponta para um crime motivado por ciúmes de um possível relacionamento. O caso aconteceu em Foz do Iguaçu, no Paraná.
O corpo de Otávio foi encontrado em uma ronda de rotina da Polícia Ambiental. “Foi identificada uma perfuração, com arma de fogo, na nuca de Otávio. A vítima estava com as mãos amarradas e totalmente nua”, afirma Marcelo Dias, delegado da Polícia Civil.
O jovem estava sem documentos e foi identificado pela mãe através da descrição de uma tatuagem, em uma publicação nas redes sociais. As informações são do Domingo Espetacular, da Record TV.
Adolescente de 14 anos saiu de moto com o principal suspeito
Otávio foi visto pela última vez no dia 4 de novembro, pilotando a motocicleta de Gilson Gonçalves, que estava na garupa. O homem de 48 anos, por sua vez, foi visto voltando para casa às 6h30 do dia seguinte, à pé e armado.
Em menos de 24h, a Polícia Civil coletou evidências para considerar ele o principal suspeito. “Ele obrigou o adolescente a conduzir a moto para que não pudesse pular e não conseguisse se desvencilhar dele também”, revela o delegado Dias.
Gilson era vizinho da família no condomínio em que moravam. O corpo do adolescente de 14 anos foi encontrado em um local isolado, no Lago de Itaipu, a cerca de 4km do condomínio. A distância fez com que o tiro não fosse ouvido pelos moradores.
Ciúmes teriam motivado o crime
A investigação policial aponta que ciúmes teriam motivado o homem a matar adolescente de 14 anos. Otávio estaria conversando com Larissa, de 24 anos, ex-namorada de Gilson. A mãe do menino nega a existência de um relacionamento entre os dois.
No celular de Otávio, foram encontradas fotos do seu corpo, além de uma mensagem para Larissa, que teria sido escrita por Gilson. “A mensagem atribuía a culpa da morte do garoto à ela” disse o delegado Dias.
As evidências que levaram à prisão do suspeito
Uma carteira de cigarro encontrada no local auxiliou a polícia a chegar até Gilson. O objeto foi analisado e a digital do autor foi detectada. A carteira estava perto do corpo de Otávio.
A motocicleta que o adolescente dirigia foi encontrada na casa da mãe do suspeito, com lama nas rodas.
Para os agentes policiais, a mãe de Gilson contou que viu o filho chegar de madrugada, descalço e com a roupa suja de sangue. Ele teria ateado fogo na camisa, tirado a arma do bagageiro da motocicleta e colocado em uma sacola.
No depoimento, o suspeito alegou que havia ido a um bar na noite da morte de Otávio. A polícia foi até o estabelecimento e a versão foi desmentida, pois o bar havia fechado cedo naquele dia. Ele foi preso preventivamente pelo crime de homicídio.
Em sequência, moradores do condomínio atearam fogo em dois veículos de Gilson. Além disso, o apartamento em que ele morou com Larissa foi depredado.