Padrasto da jovem é o suspeito de balear a mãe dela. Relacionamento durou 30 anos até o dia do crime. Filha fala da relação abusiva da mãe que foi baleada pelo padrasto
TV Cabo Branco/Reprodução
A filha mais velha de Rejane Maria Dias Alves, a conselheira tutelar de Bayeux que foi baleada pelo marido na última sexta-feira (22), falou pela primeira vez sobre a tentativa de feminicídio.
Ela disse que a mãe de 55 anos morava há 30 com o suspeito, um policial militar identificado por sargento Paiva, e que ele sempre foi “muito possessivo”.
“Foi ele quem praticamente criou a gente. Era bastante possessivo por ela. Mas a minha mãe, por ser uma mulher muito sábia, ela sempre soube lidar com a situação. E a gente nunca acreditou que isso poderia acontecer com ela”, relembrou.
Ainda assim, a jovem admite que a mãe já tinha dito a ela que vinha sofrendo muito com toda aquela situação.
“Ela nunca chegou a se separar, mas já estava cansada desse relacionamento abusivo com ele. Ela estava esgotada já, muito esgotada”, falou, emocionada.
Na última sexta-feira (22), o homem identificado como Paiva atirou na esposa e depois atirou em si mesmo.
Ele morreu ainda no local, mas a esposa sobreviveu e foi levada pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.
Ela passou por cirurgia e desde então segue internada em estado grave na unidade hospitalar.
Entenda o caso
O delegado Paulo Josafá afirmou que testemunhas ouviram na noite de sexta-feira (22) uma discussão entre o casal. Em seguida, vários tiros foram disparados. Ele também disse que uma perícia constatou que o sargento foi o autor dos disparos.
O filho da vítima encontrou a mãe ferida e a socorreu para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Bayeux. Devido à gravidade dos ferimentos, ela foi encaminhada pelo Samu para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.
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