Três dias após o atentado em frente aos prédios do STF (Supremo Tribunal Federal) e Câmara dos Deputados, a Polícia Federal continua com a investigação sobre o catarinense Francisco Wanderley Luiz, que morreu após provocar diversas explosões em Brasília. Os próximos passos consistem em quebras de sigilo e coleta de depoimentos.
O R7 conversou com fontes da PF que detalharam os próximos passos da apuração. Nos próximos dias, a Polícia Federal vai encaminhar, ao STF, um pedido para derrubada dos sigilos bancário, fiscal, telemático e telefônico do autor do atentado. O celular dele foi apreendido, mas a extração de informações ainda não foi finalizada.
Entenda os próximos passos da polícia Federal
O corpo de Luiz foi periciado e deve ser liberado para sepultamento nesta segunda-feira (18). Os agentes trabalham para localizar e entrevistar as pessoas que tiveram contato com o autor do atentado enquanto ele esteve no Distrito Federal. Algumas pessoas devem prestar depoimento na segunda.
A PF busca por imagens de câmeras de monitoramento, que possam ter registrado a movimentação de Luiz no tempo em que ele esteve em Brasília. Além disso, os agentes investigam as redes sociais para averiguar a possibilidade de participação de outras pessoas no atentado ou ligação com grupos extremistas.
Quem foi o autor das explosões em Brasília?
Francisco Wanderley Luiz foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, em 2020, e recebeu 98 votos. Por meio de nota, o PL se manifestou sobre o caso. “Reitero que o PL repudia veemente qualquer tipo de violência e reafirma seu compromisso com os valores democráticos. Reforçamos ainda que ataques a instituições públicas vão contra os princípios defendidos pelo partido” afirmou.
Na manhã do ataque, o responsável pelas explosões em Brasília entrou na Câmara dos Deputados usando chinelos e um chapéu. Ao passar pelo raio-X da Casa, ele mostrou portar apenas uma carteira e uma chave, que aparenta ser do carro que explodiu próximo ao mesmo anexo, por volta das 19h30min da quarta-feira (13).
Na casa em que ele residia em Ceilândia, cidade satélite da Capital Federal, o autor das explosões em Brasília deixou um recado com batom no espelho do banheiro. Na mensagem, ele faz referência à mulher que escreveu “Perdeu, Mané” na estátua em frente ao Supremo nos ataques de 8 de janeiro.
A mensagem foi encontrada por policiais durante operação de busca e apreensão na quinta-feira (14). Débora Rodrigues dos Santos, referenciada pelo autor das explosões no STF, foi presa em março por escrever a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, que fica em frente à sede do Supremo, durante os ataques do 8 de janeiro. Ela foi flagrada por fotógrafos pichando o monumento.
*Com informações do R7.