A Polícia Civil de Goiás (GO) cumpriu mais de 100 ordens judiciais nesta quinta-feira (7), para deflagrar a 2ª Fase da Operação Paenitere, cujo objetivo é identificar e prender os responsáveis pelo golpe do “novo número”.
Em maio de 2021, a mãe da modelo internacional Carol Trentini, que vive em Balneário Camboriú, Litoral Norte de Santa Catarina, foi vítima do golpe e zerou a conta, perdendo cerca de R$ 125 mil.
Por meio da Delegacia Estadual de Investigações Criminais, em seu Grupo de Repressão a Estelionato e outras Fraudes (GREF/DEIC), 100 mandados judiciais, sendo 50 de prisão temporária, além das busca e apreensões foram cumpridos.
A operação também cumpre o sequestro de bens no valor de R$ 7 milhões. Cerca de 250 policiais civis trabalharam na operação, cujos mandados foram cumpridos em Magé (RJ), Barra do Garças (MT) e em Goiás nas cidades de: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade, Porangatu, Jaraguá, Santa Helena e Britânia.
O trabalho é contra integrantes de associação criminosa especializada na prática de fraude eletrônica e também na lavagem de capitais dos valores obtidos com os golpes.
Maior operação da Polícia Civil de Goiás mira golpistas que levaram R$ 125 mil da mãe de Carol Trentini
Esta é a maior operação do ano já realizada pela PCGO, com o maior número de prisões efetuadas e contou com o apoio das Polícias Civis do Rio de Janeiro e Mato Grosso.
A investigação começou após a denúncia de Carol Trentini sobre o golpe que a mãe foi vítima, chamado de golpe do novo número. Os criminosos fingiram ser a modelo e enganarem a mãe dela, uma senhora idosa que teve um prejuízo de aproximadamente R$ 125 mil.
Na 1ª fase da operação, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão.
Com o aprofundamento das investigações, foi constatado a existência de uma associação criminosa composta por vários integrantes, muitos deles egressos do sistema prisional, que migraram para esta modalidade criminosa, cada qual com suas respectivas funções.
Eles praticam golpes contra vítimas residentes em todo o Brasil e movimentaram, em um curto período de quase um ano, aproximadamente R$ 7,1 milhões.
A PC destaca ainda que foram identificados integrantes de todos os níveis hierárquicos da associação criminosa, fechando a cadeia do crime, desde o cabeça responsável pela engenharia social enganando a vítima, o fornecedor de banco de dados de vítimas (grades), os aliciadores de contas bancárias, os responsáveis por fornecer contas para receber os valores das vítima e ainda os responsáveis por fornecer as contas de passagem de segundo nível para ocultarem a origem ilícita dos valores.