Henrique Folster começou a fazer abordagens diferentes na pandemia. Professor em quatro cidades ressalta importância do Enem: ‘não abra mão’. Professor leva sorvete e pizza para aulas de matemática em SC
Pizza para explicar sobre circunferência e sorvete para assimilar combinação. Essas são algumas das estratégias que o professor Henrique Folster usa para ensinar matemática em sala de aula e facilitar o entendimento dos alunos de conteúdos relevantes do Exame Nacional do Ensino Médico (Enem). Ele leciona em quatro cidades de Santa Catarina e reforça a importância da prova.
“Nunca esqueçam que, na pandemia, quando várias coisas fecharam, vários vestibulares deixaram de existir, o Enem foi a única prova que ficou sendo usada como critério para aprovação, critério para seleção de universidade. Então não abra mão dessa prova”.
Folster tem 40 anos e se dedica à profissão de professor há 21. O primeiro dia do Enem em todo Brasil será neste domingo (3) com questões de linguagens e ciências humanas, além da redação. O segundo dia será no domingo seguinte (10) com perguntas sobre matemática e ciências da natureza.
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Aulas diferentes
Ele contou que, no início da carreira ficava mais focado somente no conteúdo das aulas. Porém, com o tempo, notou que havia outros fatores importantes no aprendizado dos alunos.
“Fui percebendo que eu poderia trabalhar com conteúdo, mas o mais importante talvez não fosse ele, fosse a minha relação com os alunos, a minha relação com quem estava ali. Então se eu mostrasse que eu me importava com eles, eu teria uma resposta melhor”, resumiu.
A pandemia foi um momento complexo para Folster e foi decisiva para ele pensar em aulas diferentes. “Eu passei por um momento bem difícil na pandemia, até de depressão. E eu me encontrei na internet”, relatou.
Ele começou a fazer aulas gratuitas em uma rede social e conseguiu muitos seguidores. “A primeira aula que eu voltei, eu já voltei usando patins”, disse. Essa é uma técnica que ele usa para chamar a atenção dos alunos.
Professor Henrique Folster dando aula de patins
Arquivo pessoal
Para as aulas em que traz pizza, sorvete e outros alimentos, ele procura parceiros locais, empresas que queiram investir na educação.
“Hoje muitos alunos ficam na expectativa ‘Ah, o que que ele vai fazer de diferente?”. Claro que não dá para fazer isso sempre, mas eu consigo tirá-los daquela rotina. Hoje eu penso que eu motivo para depois cobrá-los”.
Ele elabora as aulas diferentes em alguns casos.
“Eu vejo algumas situações em que eles precisam de motivação, eles precisam dar aquela reagida. Dentro disso, eu escolho algumas turmas que estão precisando desse ânimo a mais e faço essas aulas superdiferentes”.
Além dessas situações para ajudar os alunos a entender o conteúdo, o professor tem um grupo de estudo, que monta no início do ano com os estudantes que precisam de notas mais altas. “A gente organiza uma rotina onde eles têm que fazer provas anteriores e, dentro dessas provas anteriores que eles fazem, eles começam a identificar onde está a falha”.
“O que acontece é que ele começa a identificar qual é o assunto que ele tem mais dificuldade e, dentro deles, o assunto que ele começa a focar”, completou.
O professor deixou algumas dicas para o Enem:
💻Alguns dias antes da prova, se você não tiver tempo de fazer exercícios, assista à resolução de questões em aulas gratuitas em plataformas como o Youtube;
📝Na prova, quando aparecer uma questão que você tem dificuldade, deixe para o final para não perder tempo que você poderia usar para responder questões que você sabe.
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