Polícia do RS indicia empresário e psicóloga por lavagem de dinheiro e organização criminosa em operação com carros apreendidos no RJ

Segundo as investigações, empresas eram usadas para lavar dinheiro da contravenção no Rio Grande do Sul. Duas Hilux blindadas foram apreendidas pela polícia civil em um condomínio da Barra da Tijuca. Fernanda Nogueira
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A Polícia Civil do Rio Grande do Sul concluiu uma investigação de lavagem de dinheiro do jogo do bicho, que contou com uma operação que teve carros apreendidos no Rio nesta sexta-feira (14).
Uma das mais de 20 pessoas indiciadas é a psicóloga infantil Fernanda Nogueira.
Fernanda é a mulher do atacante Pedro, do Flamengo, e que jogou a Copa do Catar pela Seleção Brasileira de futebol. Pedro não é investigado.
Segundo a polícia, a organização criminosa, com origem no sul do país, tinha ramificações no Rio de Janeiro.
De acordo com as investigações, Fernanda é uma das sócias de uma empresa de sua família, que trabalha com aluguel de imóveis no Rio Grande do Sul. O pai dela, o empresário Vanderlei Gonçalves Nogueira, também foi indiciado.
Na última sexta-feira (14), duas Hilux blindadas foram apreendidas pelas polícias civis do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro em um condomínio da Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.
Os veículos, segundo a polícia, são produtos de lavagem de dinheiro da contravenção.
“ A investigação indiciou 24 pessoas entre familiares e outros. Os investigados lavaram dinheiro de contravenção penal, no caso jogo do bicho”, explicou o delegado Filipe Bringhenti, Delegacia de Repressão ao Crime de Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Segundo o delegado, o objetivo é dissimular a origem do dinheiro.
Fernanda, ao lado do atacante Pedro, em foto em sua rede social
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Vanderlei Gonçalves Nogueira foi indiciado
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Carros foram apreendidos em condomínio de luxo na Barra da Tijuca
Reprodução/Arquivo Pessoal
“A receita do jogo do bicho é investida nessas empresas para que faça parecer aos olhos das autoridades que é um dinheiro lícito, vendido ou fornecido para essas empresas”, disse o delegado.
O processo por organização criminosa e lavagem de dinheiro tramita em sigilo na 1ª Vara Estadual dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro do Rio Grande do Sul.
Outro lado
O g1 tenta contato com Fernanda Nogueira, mas ainda não obteve retorno.
Vanderlei Gonçalves Nogueira também foi procurado através de e-mail ou de contato telefônico. Ele não respondeu às perguntas do g1.