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Tradicional Uva Niagara de Jundiahy recebe Indicação Geográfica do Governo Federal


Reconhecimento foi oficializado no dia 4 de abril, mas a primeira reunião para iniciar a demanda ocorreu em 2009. Uva Niagara de Jundiahy recebe Indicação Geográfica do Governo Federal após 14 anos
Prefeitura de Jundiaí/Divulgação
A Uva Niagara de Jundiahy recebeu a Indicação Geográfica na categoria de procedência, pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), do Governo Federal. O reconhecimento foi oficializado no dia 4 de abril, mas a primeira reunião para iniciar a demanda ocorreu há 14 anos, em 2009.
A escrita com as letras “h” e “y” começou a ser utilizada entre o final do século 19 e início do século 20, onde a uva era cultivada em uma área que chamava Jundiahy. Depois, os municípios foram desmembrados entre Jundiaí (SP), Louveira (SP), Itupeva (SP), Jarinu (SP) e Itatiba (SP).
A história surgiu após uma mutação da uva branca, descoberta em 1933 por Antônio Carbonari. A indicação geográfica de Jundiahy é a 102ª brasileira registrada no INPI. Segundo a Associação Agrícola de Jundiaí (SP), os cinco municípios reúnem entre 700 e 800 produtores de uva.
“A ideia é atrair mais turistas à região e despertar o interesse pela Niagara rosada de Jundiahy, que compreende todas essas cidades. É uma alegria muito grande receber essa notícia, que vai estimular muito todos os produtores rurais”, afirmou o presidente da Associação, Rene José Tomasetto.
Na propriedade de Cassiano Contesini, em Jarinu, são produzidas cerca de 50 toneladas de uvas por ano, onde as frutas começaram a serem produzidas pelo avô no final da década de 60. Acompanhando toda a transformação da Uva Niagara, ele conta que a indicação formaliza um produto de destaque da região e permite que os produtores vendam algo diferenciado.
“Ajuda os produtores a conquistarem políticas públicas em relação ao seguro agrícola, a crédito diferenciado, é importante nesse sentido. A Uva Niagara vem passando por um processo de transformação porque a 10, 15 anos, 20 anos atrás,  na época da safra principal dezembro e janeiro, ela era a rainha do mercado. Hoje em dia, não”, diz.
“Tem a concorrência de muitos tipos de frutos e também de uvas sem sementes e variedades novas que foram desenvolvidas, o mercado dela ficou muito mais concorrido. Hoje, para você vender ela, tem que trabalhar com nicho de mercado, tem que ser um produto de alta qualidade pra que ela se destaque”, completa.
Sobre produzir a fruta que dá nome a diversas ruas, avenidas e bairros da região, Cassiano diz que há algo especial em trabalhar com essa versão da uva.
“É coisa que dá gosto de a gente produzir, de vender, porque as pessoas vêm procurar, porque realmente gostam daquilo. É bem interessante. Na região nossa tem muita procura. Você pode procurar grandes nichos de mercado que vai vender e como também se você souber fazer uma venda, na porta da propriedade tem muita gente que vem comprar. Na época da safra mês, o pessoal vem procurar, aparece gente toda hora comprando. Quem conhece vem procurar”, conta.
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