Francês suspeito de importunar sexualmente duas mulheres em BH é considerado foragido

Vítimas também são francesas; todos participavam de programa de intercâmbio. Skender Huna é suspeito de estuprar duas francesas que viviam em BH
Reprodução/TV Globo
Um homem, de 24 anos, deve ser indiciado pela Polícia Civil pelo crime de estupro de vulnerável contra duas mulheres francesas. O suspeito também é francês e participava de um programa de intercâmbio em Belo Horizonte.
A reportagem da TV Globo teve acesso com exclusividade a um dos registros de ocorrência, feito em março deste ano. As vítimas se apresentaram à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, no Barro Preto, Região Centro-Sul da capital.
Para a polícia, uma das jovens contou que estava em uma festa e sob efeito de bebidas alcoólicas. Contou que Skender Huna – o suspeito – segurou a mão dela e a levou para o quarto. Disse, também, que eles acabaram dormindo e, quando acordaram, foi surpreendida com o jovem tocando em todas as partes do corpo dela. A vítima pediu, por diversas vezes, que o suspeito parasse e contou que ele ignorava e continuava a importuná-la.
Skender Huna morava em uma casa no bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul. Os abusos teriam ocorrido no local. Na última quinta-feira (27), a Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão no endereço, mas o suspeito não foi encontrado.
A delegada Cristiana Angelini, responsável pela investigação, contou ter tido acesso a outro caso, durante as investigações.
“Conseguimos identificar a segunda vítima e ela compareceu espontaneamente à delegacia. Reportou que foi vítima desse mesmo rapaz por duas vezes. Uma, em uma festa em BH, e a segunda, em Capitólio [na Região Central do estado]”, afirmou.
A escola responsável pelo intercâmbio afirmou que não tolera qualquer conduta inadequada e não compactua com nenhum tipo de violência. O Conselho de Disciplina decidiu expulsar Skender Huna e o proibiu de frequentar o local desde o dia 31 de março.
Segundo a Polícia Federal, o suspeito voltou para a França no dia 13 de abril. Agora, ele é considerado foragido.
“A Polícia Civil já fez a comunicação para a Polícia Federal sobre a existência desse mandado de prisão. Foi emitido o alerta e há de se verificar sobre a existência do teor do tratado do Brasil e França para que os trâmites prossigam no sentido de que ele seja responsabilizado pelo crime horrendo que cometeu. Se não há consentimento, há ocorrência de crime, em qualquer idioma, em qualquer país”, afirmou a delegada.
A reportagem não localizou a defesa de Skender Huna.
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