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Vestibular 2023: cursos da Unicamp têm de 26% a 85% de matriculados oriundos da rede pública; entenda análise do perfil dos estudantes


Levantamento mostra índice de estudantes provenientes de escolas sob gestão do poder público em cada curso. Universidade tem índice inferior a 50% em 42,7% das opções; veja lista completa. Estudantes durante vestibular 2023 da Unicamp
Júlio César Costa/g1
A Unicamp registrou no Vestibular 2023 aumento do número de estudantes aprovados que cursaram o ensino médio em unidades da rede pública, no comparativo com a edição anterior. Entretanto, a distribuição por carreira não é homogênea e um levantamento realizado pela comissão organizadora (Comvest) mostra que o índice entre cursos vai de 26% a 85%. Veja abaixo explicações.
Entre os 3.395 matriculados, 1.681, o equivalente a 49,5% do total, estudaram na rede municipal ou estadual. Na edição anterior, a quantidade ficou em 1.586, o que correspondeu a 47,5%.
A Unicamp ressaltou o fato de que 35 das 61 opções disponíveis para inscrições, 57,3% da lista, têm mais da metade dos calouros provenientes de unidades sob gestão do poder público. Com isso, 26 carreiras, o equivalente a 42,6% tiveram resultados inferiores a 50%. Confira detalhes na tabela.
Os resultados do levantamento consideram indicadores da seleção tradicional, o acesso por meio de notas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a modalidade com reserva de vagas para premiados em olimpíadas de conhecimentos, o Vestibular Indígena e o Profis – curso sequencial da Unicamp para 120 estudantes que fizeram o ensino médio em escolas públicas de Campinas.
Explicações sobre índices
O diretor da Comvest, José Alves de Freitas Neto, ressaltou que os dez cursos com mais estudantes oriundos de escolas públicas são avaliados como “baixa concorrência”. Além disso, nove deles são oferecidos no período noturno, exceto o de linguística, realizado em período integral.
Fatores como economia e concorrência de cada um estão entre as explicações dos resultados.
“Nós temos uma questão de claro viés socioeconômico dos alunos que têm optado pelo período noturno por conta das oportunidades de trabalho ou mesmo a necessidade de buscar conciliar os estudos com o emprego. Essa questão do período noturno e do período integral fica bem visível no curso de ciências econômicas, em que nós temos um percentual de 26% no período integral e bem superior, de 57% no período noturno”, falou Freitas Neto.
Para o diretor, os dados evidenciam a necessidade de acompanhamento dos estudantes do período noturno em relação ao rendimento na graduação e atendimento socioeconômico recebido.
O diretor da Comvest da Unicamp, José Alves de Freitas Neto
Felipe Bezerra/SEC Unicamp
E medicina?
Curso mais concorrido do vestibular, medicina tem 45% dos calouros provenientes da rede pública de ensino. Neste caso, a Comvest avaliou que o resultado está dentro de uma margem próxima à meta de 50%, e que o ingresso de alguns candidatos a mais poderia justamente representar este indicador.
“Nós estamos falando de vagas inteiras, portanto, um ou dois candidatos a mais aprovados poderia significar atingir ou não a meta. Então, não consideramos estes números de uma maneira tão rigorosa. Observamos dentro de um contexto mais amplo e, nesse sentido, acho que o curso mais concorrido da universidade apresenta a diversidade desejada. Desta mesma forma, ele tem 40% de pretos e pardos, o que indica que é um curso que atende uma inclusão de estudantes negros”, avaliou.
Como melhorar?
O diretor da comissão também mencionou que é preciso avaliar a tendência e escolha dos candidatos. Ou seja, um maior número de inscritos provenientes da rede pública pode elevar o número de matriculados com este perfil. Na edição 2023 do vestibular, o número foi o menor em seis anos.
De acordo com Freitas Neto, a Unicamp fará análises sobre possíveis mudanças em relação ao calendário de convocações da modalidade que usa notas do Enem para ingresso, uma vez que 99 das 639 oportunidades reservadas foram redirecionadas para preenchimento pela seleção tradicional.
“Originalmente, estava previsto para que fosse alinhada a primeira chamada com resultados do Enem. Mas, quem determina a data é o Inep, e não a Unicamp. A gente depende de um órgão externo, no caso o governo federal, para que a gente consiga alinhar”, falou ao considerar que alguns dos aprovados deixaram de se matricular e optaram por outras universidades de diferentes áreas do país.
Candidatos na prova da 1ª fase da Unicamp 2023
Leandro Ferreira/g1
Resultados do vestibular
Em relação ao grupo de estudantes pretos e pardos que vão iniciar a graduação, diz a Comvest, foram 1.019 matriculados, o equivalente a 30% do total. No Vestibular 2022 eram 1.017, igual a 29,3%.
Ainda sobre o total de ingressantes, 14,7% apresentam um perfil de vulnerabilidade e foram contemplados com isenção da taxa de isenção de R$ 192 – valor que será mantido na edição 2024.
No ano passado, o grupo era 13%. “Conseguimos não apenas estancar a queda de alunos de escolas públicas, mas aumentar a participação desse grupo entre os matriculados em 2023”, avaliou o diretor.
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Vestibular 2024
A 1ª fase será em 29 de outubro, enquanto a 2ª está marcada para os dias 3 e 4 de dezembro e a Unicamp prevê 2.540 vagas para 69 cursos em Campinas, Limeira e Piracicaba. O período de inscrições vai de 31 de julho a 31 de agosto, por meio da página da comissão organizadora (Comvest).
Isenção
O prazo para solicitação do benefício ficará disponível no intervalo entre 15 de maio e 5 de junho, e a lista de estudantes contemplados com a gratuidade da cobrança sai em 28 de julho, informou a Comvest. Neste caso, a comissão organizadora projeta em torno de 10 mil isenções.
Habilidades específicas
A Unicamp informou que as avaliações de habilidades específicas para cursos onde há exigência desta etapa serão realizadas de 7 a 9 de dezembro.
Calendário oficial do Vestibular 2024 da Unicamp
Inscrições: 31/07 a 31/08
1ª fase: 29/10
2ª fase: 03/12 e 04/12
Provas de habilidades específicas: 07/12 a 09/12
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