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Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem está de volta 11 anos após ser extinta

Já faz um tempo que Orquestra Sinfônica Brasileira queria retomar esse projeto, mas faltava verba para levar a ideia adiante. Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem está de volta
A Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem está de volta onze anos depois de ter sido extinta. E cada um dos integrantes precisou passar por muitos testes.
Toca uma sequência e respira. Outra sequência; respira de novo. É preciso fôlego para fazer o que a Queren de Oliveira de Souza faz.
“Eu saio de casa 3h. Aí eu chego no Rio de Janeiro às 7h. Faço aula o dia inteiro de 7h às 21h. Vou para a rodoviária e pego ônibus às 21h30 e chego em casa 1h”, conta a boísta, de 19 anos.
Correria embalada pelas notas de um instrumento que soa tão bonito quanto inusitado. “O oboé tem uma função muito legal e muito importante que é afinar a orquestra”, diz Queren.
A verdade é que a orquestra da qual a Queren agora faz parte ainda não tocou para ninguém. Pelo menos não com a atual formação.
Gabriel Taves dos Santos, de 20 anos, e Isabela Mendonça da Cruz, de 19, são alguns dos novos integrantes da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem. Um projeto de formação criado pela Orquestra Sinfônica Brasileira, a OSB, e que virou referência para novos talentos da música clássica – mas que estava paralisado desde 2012.
“É um sonho de infância, né. Desde os professores falando ‘entra na OSB Jovem, é muito bom para se desenvolver, para aperfeiçoar o seu dom, o seu talento'”, conta o instrumentista Luan Martins Lunes da Silva.
Já faz um tempo que o OSB queria retomar esse projeto, mas faltava verba, faltava recurso para levar a ideia adiante. Sem uma ajuda financeira, é praticamente impossível reunir tantos músicos de talento e dar a eles condições dignas para desenvolver a sua arte. Por isso, esse momento é tão importante. Depois de onze anos de silêncio, a Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem se prepara para começar um novo ato.
“É uma alegria dupla. Porque, primeiro, é pela OSB ter voltado com a orquestra jovem. E, segundo, por terem me escolhido para esse cargo tão importante e desafiador”, comemora o maestro Anderson Alves, de 37 anos.
Quase todos vêm de famílias de baixa renda e aprenderam música em projetos sociais.
“Foi pensada para ser uma orquestra da diversidade, como a gente vem chamando. Na sua composição, ela é diversa, ela é colorida, ela é plural”, diz Ana Flávia Cabral Souza Leite, vice-presidente executiva da Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira.
E que lugar poderia ser melhor para receber um grupo jovem como esse que o teatro de uma universidade? É nesse ambiente de tantas boas inspirações que a Queren vai tocar o seu oboé três vezes por semana, ensaiando para um futuro que dá gosto de ouvir.
“Sonho de estar em uma orquestra profissional, tocando bem, muito bem; de concluir meu bacharelado, estou fazendo mestrado, um doutorado, tocar fora”, diz Queren.

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