O medo é que a construção de prédios avancem a ponto de atrapalhar o trabalho da estação meteorológica. Mirante de Santana na Zona Norte
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O prédio do Mirante de Santana, um pedaço da Zona Norte fundamental para estudar o clima de São Paulo, já tem quase um século. É lá que funciona a principal estação meteorológica do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), onde é medida a temperatura oficial da cidade.
São oito décadas de medições meteorológicas que agora estão sob ameaça do Plano Diretor aprovado em primeira votação pela Câmara Municipal nesta semana.
Mirante de Santana na Zona Norte
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Perto da Linha1-Azul do Metrô, é possível construir prédios mais altos. O medo de quem vive ali é que os prédios avancem a ponto de atrapalhar as medições da estação meteorológica.
Prédios mais altos assustam moradores da região
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Moradores acompanham com preocupação e pedem a retirada do penúltimo artigo do texto apresentado pelo relator da Comissão de Política Urbana, Metropolitana e Meio Ambiente, Rodrigo Gourlat (PSD). O artigo revoga a lei 7.662, de 1971, que determina um perímetro de proteção no entorno da estação meteorológica do Mirante de Santana. Neste perímetro não pode ser erguido nenhum prédio que ultrapasse o segundo piso do mirante.
A lei que protege a estação pode ser revogada pelo Plano Diretor.
Penúltimo artigo do plano
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O Ministério Público chamou representantes do Inmet para uma reunião. A Justiça ainda analisa um pedido de liminar, feito pelo MP, para suspender a tramitação do Plano Diretor.
O relator do plano, vereador Rodrigo Goulart, do PSD, disse que a mudança no projeto foi baseada em estudos técnicos de conhecimento público que indicam não existir evidência de que construções possam interferir nas características meteorológicas que a estação do Mirante coleta.
O meteorologista Francisco Nadal Vilella alerta que, se prédios altos forem construídos no entorno da estação, a coleta ficará ameaçada porque comprometerá a visibilidade do horizonte, a circulação de ventos e até a temperatura do local.
Há dois anos moradores se mobilizaram contra a construção de um arranha-céu
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Dois anos atrás, uma construtora tentou erguer um arranha-céu na região. Moradores se manifestaram, e o prédio não pôde ser construído. Eles voltaram a se reorganizar agora, para evitar a mudança no Plano Diretor.
Moradores do entorno do Mirante de Santana temem que revisão do Plano Diretor interfira em medições
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