Programa é uma parceria do Complexo Penitenciário do Juruá e a Federação das Industrias do Acre. Reeducandas consideram o projeto uma oportunidade para conquistar emprego após cumprirem pena. Detentas do presídio em Cruzeiro do Sul vão confeccionar fardas escolares
Reprodução/Rede Amazônica
Detentas do Complexo Penitenciário do Juruá e a Federação das Indústrias do Acre, firmaram parceria com três representes de malharias de Cruzeiro do Sul, para a confecção de fardamento escolar na região.
A parceria pretende oferecer qualificação profissional às detentas com intuito de inseri-las no mercado de trabalho após deixarem a unidade prisional, como explica o diretor do complexo, Elvis Barros.
“É um momento de felicidade para nós, tendo em vista que já foi feito um curso e está sendo colocado em prática o que elas aprenderam. Poderão ter uma renda extra, e assim, estar remindo pena, e, acima de tudo, o que achamos mais importante, a oportunidade de trabalho que elas vão ter assim que pagarem suas penas”, avalia.
Ao menos nove reeducandas concluíram o curso de costura e irão trabalhar na confecção do fardamento escolar, que contou com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
A empresária Milta Santos explica que o objetivo também é empoderar essas mulheres e apoiá-las para que conquistem autonomia.
“Nós, enquanto empresárias, estamos abraçando esse projeto para promover não só autonomia, mas o empoderamento da mulher. É um projeto que visa fortalecer a mulher, empoderar a mulher, e estamos aqui não com a visão empresarial, mas com a visão social”, destaca.
As participantes serão divididas em grupo de três e cada grupo ficará responsável por uma empresa de malharia. Uma das detentas que fizeram o curso e agora integram a atividade, conta que vai aproveitar a oportunidade, já que as ofertas de emprego para ex-presidiários são raras.
“Como a gente já fez o curso, vamos colocar em prática o que a gente aprendeu, porque lá fora é muito difícil conseguir um trabalho, e as empresárias estão dando oportunidade para quando sairmos, não voltarmos pra essa vida”, ressalta.
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Detentas do vale do Juruá vão trabalhar na confecção de fardamento escolar
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