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Juiz da Lava Jato vai recorrer de afastamento e pedir auditoria na 13ª Vara Federal de Curitiba


Pedido deve ser protocolado ainda nesta sexta-feira (26) pelos advogados Pedro Serrano, Rafael Valim e Walfrido Warde. Appio foi afastado pelo Conselho do TRF-4. Juiz da Lava Jato vai recorrer de afastamento e pedir auditoria na 13ª Vara Federal de Curitiba
Reprodução/Justiça Federal
O juiz federal Eduardo Appio, afastado da 13ª Vara Federal de Curitiba, vai recorrer ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para voltar ao cargo. A defesa dele vai solicitar uma auditoria na Vara Federal, casa dos processos da Lava Jato.
Conforme apuração do g1, a medida estava sendo protocolada junto ao órgão no fim da tarde desta sexta-feira (26). A peça foi feita pelos advogados Pedro Serrano, Rafael Valim e Walfrido Warde.
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Appio foi afastado cautelarmente pelo Conselho do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) depois que uma investigação apontou que ele teria acessado um processo com o contato do filho de Marcelo Malucelli, desembargador afastado da operação, e feito uma ligação a ele.
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Antes de ser afastado, Appio foi alvo de Sergio Moro
No fim de março, Appio enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a acusação do advogado Rodrigo Tacla Duran, réu na Lava Jato, de que havia ocorrido extorsão por parte de Moro.
Após o envio, o senador protocolou um pedido de que Eduardo Appio se afastasse de qualquer decisão em processos da Lava Jato até uma apuração de suspeição, protocolada pelo Ministério Público Federal (MPF) em março deste ano. O pedido do MPF alegava que Appio assinava processos eletrônicos antigos como “LUL22”.
Após a notícia de afastamento cautelar de Appio, Moro disse, no Twitter, que “nunca tinha ouvido falar, na história judiciária brasileira, de um caso no qual o juiz de um processo teria ligado ao filho de um desembargador, que revisava suas sentenças, fingindo ser uma terceira pessoa para colher dados pessoais e fazer ameaças veladas.”
Ações de Appio também refletiram no deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos). Em audiência de Tacla Duran realizada por Appio, o então parlamentar foi acusado de perseguição.
Histórico de decisões
Relembre, abaixo, alguns atos do juiz:
10 de março: determinou que o ex-deputado e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha entregasse seis carros dele confiscados durante a operação Lava Jato.
13 de março: determinou que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci entregasse à Justiça carros de luxo que estavam sob posse dele.
16 de março: revogou a ordem de prisão preventiva do advogado Rodrigo Tacla Duran, acusado na operação de lavagem de dinheiro para a Odebrecht. A medida derrubava uma ordem judicial de prisão expedida contra o advogado pelo ex-juiz Sergio Moro.
20 de março: determinou a prisão preventiva do doleiro Alberto Youssef por afirmar que Youssef tinha dívidas com a Receita Federal e que o doleiro tem caráter voltado a “crimes do colarinho branco”. Depois de um dia preso, Youssef recebeu ordem de soltura do desembargador Marcelo Malucelli, TRF-4.
27 de março: Intimou o advogado Rodrigo Tacla Duran para depor na Justiça Federal, no âmbito da operação Lava Jato.
2 de maio: anulou a condenação do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, por suposta propina obras do Comperj, que considerou que a atuação no caso do ex-juiz Sérgio Moro, que era o responsável pela Lava Jato, foi parcial. No dia 16, o TRF-4 derrubou a decisão.
3 de maio: determinou a retirada do sigilo da delação premiada de Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras condenado na Operação Lava Jato por lavagem de dinheiro, associação criminosa e corrupção.
16 de maio: atendeu a um pedido da defesa do ex-ministro Antonio Palocci e marcou uma audiência para ouvi-lo sobre “eventuais abusos e prática de tortura” durante a operação Lava Jato. Dois dias depois, o TRF-4 anulou a decisão dizendo que Appio não tinha competência para determinar a oitiva.
19 de maio: o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos) foi convocado pelo juiz para prestar depoimento na condição de testemunha sobre declarações do advogado Rodrigo Tacla Duran, réu por lavagem de dinheiro para a empreiteira Odebrecht em processo da força-tarefa.
20 de maio: absolveu o réu Raul Schmidt Felippe Junior. Ele era acusado de ser operador financeiro ao pagar propina a ex-diretores da Petrobras. Appio entendeu que o Ministério Público Federal teve acesso aos dados bancários de Schmidt de forma ilegal.
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