• New Page 1

    RSSFacebookYouTubeInstagramTwitterYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTubeYouTube  

Não houve avanço na qualidade da água dos rios monitorados pela Fundação SOS Mata Atlântica, dizem ambientalistas


Na véspera do Dia Mundial da Água, estudo trouxe um diagnóstico preocupante sobre a situação dos rios brasileiros. Não houve avanço na qualidade da água dos rios monitorados pela Fundação SOS Mata Atlântica, dizem ambientalistas
Reprodução/TV Globo
Na véspera do Dia Mundial da Água, um estudo trouxe um diagnóstico preocupante sobre a situação dos nossos rios.
O que os olhos veem… Os ambientalistas confirmam: não houve avanço na qualidade da água dos rios monitorados pela Fundação SOS Mata Atlântica. O estudo acompanha a situação em pontos de coleta de 112 rios em 14 estados brasileiros. Em 2024, nenhum deles apresentou qualidade ótima. Em apenas 7,6%, a classificação foi boa; 75% ficaram na categoria regular, quando já há algum comprometimento do uso da água. Em 13,8%, o quadro é ruim. E em 3,4%, péssimo – são os mesmos rios que já estavam nessas condições em 2023.
Recuperar um rio demora décadas. Sobretudo, quando atravessa áreas urbanas, como o Pinheiros, em São Paulo – que tem esse volume todo porque recebe muita água dos afluentes, nem todos despoluídos. Por mais um ano, a qualidade da água lá não mudou de classificação – a poluição ainda está em um nível crítico.
Poluição do Rio Tietê avança sobre interior de São Paulo e deixa toneladas de peixes mortos em cenário paradisíaco
Gustavo Veronese, coordenador da SOS Mata Atlântica, explica que a falta de saneamento é o principal problema. Quase metade da população não tem coleta de esgoto. Mas os desafios vão além.
“Uma situação de emergência climática que a gente vive hoje, adotar somente uma solução não está sendo suficiente. Mas não é só isso: tem questões relativas ao uso intensivo de agrotóxicos, a falta de proteção de nascentes, a falta de proteção de margens de rios, a falta do manejo dos resíduos sólidos urbanos”, afirma Gustavo Veronese.
De acordo com o estudo, o esgoto despejado no Capibaribe, cartão-postal do Recife, piorou a classificação do rio, que passou de regular para ruim.
“Quando você faz alguns passeios de barco ou até mesmo andar de ônibus pelas pontes, você vê a poluição. Você sente o cheiro desagradável”, lamenta a estudante Ingrid Nascimento.
Mas também dá para melhorar. Nem parece, mas a água que corre pelo concreto de São Paulo é um pedacinho de rio.
“Esse é o córrego São José. É um dos afluentes do córrego Ipiranga”, conta o agente ambiental Thiago Salvadeu.
O Thiago Salvadeu, morador do bairro, monitora a qualidade da água uma vez por mês, e foi uma surpresa descobrir que o rio está mais saudável.
“A gente tenta fazer a manutenção, a zeladoria desse espaço e talvez isso também tenha contribuído. O plantio aqui de árvores também. Ter esse esforço de olhar e ver que nós podemos tratar os nossos rios de uma outra maneira é bem satisfatório para a gente”, diz agente ambiental Thiago Salvadeu.
A Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo declarou que retira lixo constantemente do Rio Pinheiros e que vai plantar 100 mil árvores nas margens. Informou, também, que ampliou a coleta e o tratamento de esgoto na bacia do rio.
A Agência de Meio Ambiente de Pernambuco disse que fiscaliza, regularmente, a área próxima ao Rio Capibaribe e que, nos últimos dois anos, aplicou medidas contra dezoito empreendimentos infratores. A Prefeitura do Recife afirmou que faz a limpeza dos canais.
LEIA TAMBÉM
Governo Federal reconhece situação de emergência devido à cheia do rio em São Félix do Xingu, no Pará
Adicionar aos favoritos o Link permanente.