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Mercado externo, insumos e exportações: entenda por que o ‘cafezinho’ está mais caro


Neste Dia Nacional do Café, o g1 conversou com um economista para explicar o que influencia na evolução de preço do café torrado, solúvel e do ‘cafezinho’. O ‘cafezinho’ está mais caro
Reprodução/EPTV
A inflação está deixando o “cafezinho” mais caro. A bebida já acumula aumento de 9,78% nos últimos 12 meses, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Na contramão da tendência de aumento, o café embalado e moído apresenta queda nos preços.
Para este 24 de maio, Dia Nacional do Café e do barista, o g1 explica o motivo dos preços estarem tão diferentes.
Segundo o IPCA, que mede a variação dos preços de produtos e serviços em território nacional, o tradicional “cafezinho” ficou 2,23% mais caro entre janeiro e abril de 2023.
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A inflação na bebida, muito comercializada em bares, padarias e restaurantes, desacelerou a partir de fevereiro, após alta de 1,29% (em janeiro). No mês seguinte, março, o preço estabilizou, mas voltou a ficar mais caro em abril – com aumento de 0,5% (veja no gráfico abaixo).
Apesar disto, o café embalado, torrado e moído, está mais barato. Conforme o IPCA de abril, o item sofreu queda de 2,77% nos primeiros quatro meses de 2023.
Nos últimos dozes meses, o pacote de café ficou 2,5% mais barato.
Inflação no preço do café
O economista Wagner de Souza, de Itapetininga (SP), explicou que a proporção inversa dos preços dos dois itens – cafezinho e pacote de café – está ocorrendo devido “aos insumos utilizados para a produção [da bebida]: gás, energia elétrica e água”.
Já o café moído está mais barato pois a saca do grão, que é considerado commodity, sofreu alterações. “O preço da saca de café teve um decréscimo no acumulado de 2023, pelo aumento da produção do café mundialmente, e pelo aumento dos juros nos Estados Unidos e na Europa”, explica Wagner.
O café solúvel também está mais caro, no topo do índice de preços do café, acumulando aumento de 12,32% nos últimos 12 meses. Somente neste ano, a inflação atingiu 2,09% do produto (conforme gráfico acima).
Café solúvel sendo retirado da embalagem com colher
Reprodução/TV Gazeta
Segundo o economista Wagner, o aumento ocorreu devido à ampliação da participação brasileira no mercado externo de café solúvel, encarecendo o produto nas gôndolas nacionais.
“O aumento ocorreu pelo fato da ampliação na participação do café solúvel nas exportações globais, de todas as formas do produto, foi de 10,1% – média móvel de 12 meses -, também tendo como referência apenas o mês de março de 2023.
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Como ‘driblar’ a inflação
Uma das maneiras que o economista destaca para amenizar os efeitos da inflação é: pesquisar os preços em diversos pontos de vendas. “Uma vez que existem variações de preços de um ponto de venda para outro”.
Wagner ainda destaca outras alternativas, como diminuir o consumo do café ou substituir por outras bebidas.
Dia Nacional do Café
A data, criada pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), marca o início da colheita do café no Brasil, que faturou R$ 23,5 bilhões em 2022.
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Segundo dados da Abic, o mercado interno consumiu 21,3 milhões de sacas do grão no ano passado. Sendo que, na proporção, cada brasileiro consumiu 4,77 quilos de café torrado em 2022.
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Reprodução/Instagram
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