Metrópole registrou, só em 2023, cinco casos de feminicídio. Saiba como e onde denunciar agressões. Fachada da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) em Campinas
Daniel Mafra/EPTV
Após forças de segurança, especialistas e pesquisadores se reunirem para debater o combate a feminicídios nesta terça-feira (23), na Prefeitura de Campinas (SP), o g1 compilou as informações sobre os principais canais de atendimento, proteção e denúncia voltados a mulheres vítimas de violência na metrópole. Leia mais abaixo.
Campinas registrou, só em 2023, cinco casos de assassinatos de mulheres. A vítima mais recente foi Fabiana Alves Gastardão, de 43 anos, que morreu na segunda (22) com golpes de faca e martelo pelo ex-marido. O número de feminicídios na metrópole neste ano já está próximo ao registrado em todo o ano passado, de sete mortes.
Veja todas as vítimas de feminicídio na região
Nesta reportagem, você vai ver:
Como e onde denunciar violência contra a mulher?
Quais são os abrigos e locais de acolhimento a vítimas na cidade?
Como e onde solicitar ajuda financeira?
Denúncias
Denúncias de violência contra a mulher podem ser feitas pelo telefone 190, da Polícia Militar, ou pelo 180, na Central de Atendimento à Mulher. Para atendimento presencial, a vítima pode recorrer às delegacias do município.
A 1ª Delegacia da Mulher (DDM) de Campinas está localizada na Av. Dr. Antônio Carlos Sáles Júnior, 310, no Jardim Proença I. O horário de funcionamento é das 9h às 17h.
Já a 2ª DDM, que fica aberta 24h por dia, está localizada na Rua Ferdinando Panattoni, 590, no Jardim Pauliceia.
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No encontro desta terça-feira (23), a major da PM Soraya Jorge Santana reforçou que a corporação também disponibiliza o aplicativo “SOS Mulher”, onde vítimas que têm medidas protetivas contra os agressores podem acionar um botão de pânico caso se sintam inseguras.
Vítimas de violência podem solicitar ajuda das autoridades através do aplicativo SOS Mulher
Bruna Bonfim/g1
Acolhimento
O Serviço de Atenção e Resgate à Mulher (Sara-M) é um local seguro e sigiloso para vítimas de violência, que oferece acolhimento, escuta qualificada, alimentação e encaminhamento aos serviços necessários para que as mulheres se afastem da situação de risco e rompam com o ciclo da violência.
O público-alvo são mulheres maiores de 18 anos com ou sem filhos que são encaminhadas pela DDM ou por órgãos de proteção à mulher vítima de violência.
O Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceamo) presta acolhimento, atendimento social e orientação jurídica à mulher em situação de violência de gênero, realizando atendimentos individuais, familiares e em grupo. O centro está localizado na Av. Francisco Glicério, 1.269, 6º andar e funciona das 8h às 19h.
No primeiro quadrimestre de 2023, o serviço registrou aumento de 46% na média de atendimentos realizados. De janeiro a abril foram 749 casos, o que representa média de 187 atendimentos por mês.
Centro de Referência e Apoio à Mulher (Ceamo) de Campinas
Acervo/Prefeitura de Campinas
Já o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CRAS) é uma unidade pública que integra oferece atendimento psicossocial e orientação jurídica para as famílias que estão em situação de violação de direitos e risco social. Confira o CRAS mais próximo clicando aqui.
O Programa Guarda Amigo da Mulher (Gama), da Guarda Municipal, faz o acompanhamento de mulheres vítimas de violência que têm medida protetiva contra o agressor. A equipe faz visitas periódicas na casa das vítimas e rondas nas imediações para garantir que o homem permaneça distante.
O programa também inclui a Sala Lilás, instalada na Base do Centro da Guarda Municipal, na Av. Moraes Salles, próxima ao Terminal Central. A sala foi projetada para receber mulheres fragilizadas que precisem de acolhimento e apoio. O local também possui uma brinquedoteca para distrair as crianças enquanto as mães são atendidas.
Ajuda financeira
Em Campinas, vítimas que estejam em processo de quebra do ciclo de violência podem solicitar Benefícios Eventuais (BEM Campinas). O auxílio-moradia é concedido no valor mensal de R$ 873,60 por seis meses consecutivos para mulheres vítimas de violência doméstica, familiar ou de gênero. Clique aqui para saber como e onde solicitar.
“Nós lançamos o auxílio-moradia para mulher que é vítima de violência. Esse auxílio é de R$ 800 por seis meses, podendo prorrogar, e diferente de auxílios que precisam ter medida protetiva, esse não, a mulher precisa ter só um boletim de ocorrência”, disse o prefeito Dário Saadi (Republicanos), no encontro desta terça-feira (23).
Outro benefício disponível é o programa Renda Campinas, voltado para famílias em situação de extrema pobreza e pobreza. As principais beneficiárias do programa são mulheres que chefiam famílias. O benefício tem validade de 12 meses e pode ser prorrogado por mais 12.
O Grupo Mulheres Empreendedoras, organizado administração municipal, busca ajudar mulheres em situação de vulnerabilidade, principalmente aquelas vítimas de violência, a conseguirem emancipação econômica.
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