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Brasileiro que mora no Japão há mais de 20 anos fala sobre experiência ao escalar o Monte Fuji mais de 300 vezes


Claudio de Oliveira Silva se mudou para Saitama, no Japão, há 25 anos. Natural de Marília (SP), o montanhista compartilha suas experiências como guia no país. Claudio mora no Japão há 25 anos
Claudio de Oliveira Silva/Arquivo pessoal
Cartão postal e local de espiritualidade, mas também de aventura. O Monte Fuji é o pico mais alto do Japão, localizado a 3.776 metros de altitude, sendo resultado de uma atividade vulcânica que iniciou-se há aproximadamente 100 mil anos.
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Responsável por vislumbrar a todos com sua simetria e grandiosidade, a montanha continua a encantar moradores e turistas, assim como fez com Cláudio de Oliveira Silva, de Marília (SP), que há 25 anos se mudou para a cidade de Saitama em busca de trabalho e acabou se apaixonando pela escalada.
Atualmente, o mariliense também é guia em escaladas e contou, em entrevista ao g1, sobre sua experiência ao subir o Monte Fuji mais de 300 vezes desde 2001.
Monte Fuji é um dos principais cartões postais do Japão
Claudio de Oliveira Silva/Arquivo pessoal
🎌 Início da escalada
Cláudio relatou que, ao chegar ao Japão, procurou templos cercados de montanhas e da natureza, pois já era praticante de artes marciais em Marília e ficava admirando este tipo de paisagem. Até que criou coragem para subir.
“De onde eu morava, dava para ver o Monte Fuji mesmo a 100 km de distância. Foi amor à primeira escalada, não apenas pela montanha em si, mas também pela quantidade de pessoas reunidas com o mesmo propósito”, conta.
Além disso, o mariliense conta que não foi uma experiência fácil, principalmente pela falta de conhecimento da trilha, mas que a chegada ao topo foi incrível, já que conseguiu ver o nascer do sol.
Claudio conta que admirava o Monte Fuji pela janela de sua primeira casa, em 2001
Claudio de Oliveira Silva/Arquivo pessoal
A partir de então, Claudio contabilizou mais de 340 escaladas ao monte, levando amigos e turistas nesta jornada até o topo: “Cheguei a subir até mais de 23 vezes por ano. Além de guiar e estudar muito as regras do Monte Fuji, também me tornei guia de templos para falar sobre as histórias da época feudal dos samurais da minha região”, conta.
Além disso, ele diz que conseguiu uma licença para cuidar dos pontos turísticos do estado onde mora e o qual considera seu lar.
“A prática do montanhismo e a cultura japonesa trouxeram para a minha vida a lição de que tudo na vida depende de superações, mas que elas se tornam mais fáceis quando estamos em conjunto, lutando todos por um propósito”, comenta.
🗻 Chegada ao topo
Montanhista relata que já subiu mais de 340 vezes ao topo
Claudio de Oliveira Silva/Arquivo pessoal
A subida até o topo, que chega a ser considerado um local de peregrinação, reúne cerca de 200 mil pessoas por ano na região durante o verão, quando as trilhas ainda estão abertas.
O site oficial de escaladas ao Monte Fuji traz informações para os interessados em se planejar para a aventura, como os riscos que envolvem a subida, quando ir, acessos, equipamentos necessários e, até mesmo, regras de “etiqueta” para a atividade.
Claudio, inclusive, reforça a necessidade de pesquisar bem e procurar apoio para completar a atividade: “A escalada acompanhada é mais segura, pois os guias sabem os pontos de descanso e respeitam as regras da montanha. Por conta do aumento no número de acidentes, agora somos obrigados a agendarmos a parada nas cabanas e não fazemos mais ‘bate e volta”, explica.
Mariliense se torna montanhista no Japão e compartilha experiência ao subir o Monte Fuji
Claudio de Oliveira Silva/Arquivo pessoal
Além disso, ele conta que não considera tão difícil a subida para quem tem disposição e um pouco de preparo, e que sobe até o topo apenas quem estiver bem. Lá em cima, os montanhistas também dão uma volta na cratera e descem (veja na imagem acima).
“Na minha opinião, o perigo maior do Monte Fuji, ao contrário de outras montanhas, é que ele fica muito próximo ao mar e, mesmo sendo uma escalada não tão difícil, a altitude e a mudança de tempo repentina acabam pegando muitos escaladores de surpresa, sendo a baixa temperatura, deslizamentos de pedras e o mal da montanha os maiores motivos de acidente.”
Aos 46 anos, Claudio conta que continua admirado pela beleza da montanha e segue registrando, por fotos ou vídeos, a paisagem de tirar o fôlego em suas aventuras como montanhista (veja o vídeo e fotos abaixo).
Mariliense se torna montanhista no Japão e compartilha experiência ao subir o Monte Fuji
Mariliense se torna montanhista no Japão e compartilha experiência ao subir o Monte Fuji
Claudio de Oliveira Silva/Arquivo pessoal
Mariliense conta que já foi com o mesmo grupo de amigos mais de 10 vezes
Claudio de Oliveira Silva/Arquivo pessoal
Claudio fala sobre a importância de ter um guia ao decidir subir a montanha
Claudio de Oliveira Silva/Arquivo pessoal
Mariliense se apaixonou pela vista e se maravilhou com o nascer do sol no topo do Monte Fuji
Claudio de Oliveira Silva/Arquivo pessoal
*Colaborou sob supervisão de Gabriela Almeida
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