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Os ‘oásis’ de São Paulo


Com um termômetro na mão, o g1 descobriu bons exemplos de refúgio pela capital para dias em que o calor está mais sufocante. Confira quais são os 16 pontos visitados e fique à vontade para sugerir outros nos comentários! Crianças se divertem em fonte no Museu do Ipiranga, na Zona Sul de São Paulo
Letícia Dauer/g1
A cidade de São Paulo, que completa 471 anos neste sábado (25), tem registrado ondas de calor cada vez mais intensas e frequentes. Em 2024, tivemos um recorde de calor atrás do outro, seguindo uma tendência mundial que fez o último ano ser considerado o mais quente da história pela agência espacial norte-americana, a Nasa.
Para marcar o aniversário da capital, o g1 visitou 16 lugares espalhados pelas cinco regiões e que podem servir como refúgios para o calorão.
A equipe de reportagem utilizou um termômetro digital de ambiente para medir a temperatura e a umidade relativa do ar nos “oásis” urbanos visitados, comparando os números obtidos em áreas de sombra com vizinhas que estavam sob a luz do sol.
As visitas foram realizadas entre segunda (20) e quinta-feira (24), no intervalo das 10h às 16h, quando a intensidade dos raios solares é mais elevada.
As mudanças climáticas têm impactos diretos sobre a saúde humana — como desidratação e problemas respiratórios —, que podem se acentuar em metrópoles como São Paulo com 11,45 milhões de habitantes. As ilhas de calor, a emissão de gases de efeito estufa, a perda de áreas verdes e a produção excessiva de resíduos são alguns dos obstáculos no combate ao aquecimento global.
Para driblar as altas temperaturas na cidade, o cardiologista Marcelo Franken, do Hospital Albert Einstein, recomenda procurar locais com sombra, ventilados ou com ar-condicionado para refrescar o corpo.
O médico também destaca a importância de reforçar a hidratação e evitar a exposição ao sol no período em que as temperaturas são mais elevadas.
OS IMPACTOS DA EXPOSIÇÃO AO CALOR EXTREMO
Infografico Aniversário SP Centro
Infografico Aniversário SP Zona Norte
Infografico Aniversário SP Zona Sul
Infografico Aniversário SP Zona Leste
Infografico Aniversário SP Zona Oeste
Catedral da Sé
Parque Jardim da Luz
Parque Trianon
Sesc 24 de Maio
Horto
Shopping Center Norte
Mirante de Santana
Museu da Independência
Parque Praia do Sol (Represa de Guarapiranga)
Centro Cultural São Paulo
Shopping Metrô Tatuapé
Parque Tiquatira
Parque do Carmo
USP cidade universitária
Praça Elis Regina
Parque da Água Branca
Impactos da exposição ao calor extremo
O ser humano é um animal homeotérmico, ou seja, possui a capacidade de regular a temperatura do próprio corpo e mantê-la constante, numa faixa entre 35,5°C e 37,5°C. Para isso, troca calor com o ambiente, se resfriando por meio da transpiração – seu principal mecanismo – e da dilatação de vasos sanguíneos.
Quanto mais quente, maior a perda de água através do suor. Portanto, em dias de calor extremo é necessário reforçar a ingestão de líquidos para manter o organismo funcionando normalmente.
A desidratação, por si só, é prejudicial ao sistema cardiovascular, podendo levar à queda de pressão e piora da função renal, além de aumentar os riscos de formação de coágulos, o que pode resultar em infartos e derrames.
“Quando a gente atinge estado de estresse [térmico], a resposta do organismo é taquicardia, quer dizer, aumentar a frequência cardíaca para compensar a queda da pressão. Essa taquicardia pode sobrecarregar o coração”, diz Marcelo Franken, cardiologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
Segundo o especialista, os grupos mais vulneráveis são crianças de até 2 anos e idosos acima dos 80, que desidratam mais rápido e podem não perceber que estão com sede. Pessoas com comorbidades também são sensíveis a altas temperaturas.
“Os pacientes diabéticos são sempre grupo de risco, em qualquer situação, porque eles têm o sistema imunológico mais comprometido. Eles têm alterações no sistema nervoso autônomo, que é aquele responsável pelas autorregulações, inclusive da temperatura. Com isso, os diabéticos ficam mais vulneráveis ao calor. Além disso, o estresse leva ao aumento da glicemia, quer dizer, o aumento da glicose no sangue, e pode contribuir para a descompensação da doença”, explica o médico.
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