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Postura de Trump na pauta ambiental pode fazer Brasil dialogar individualmente com estados dos EUA


Principal fator de influência do Brasil no cenário internacional é o meio ambiente, e 2025 terá conferência do clima em Belém. Mas Trump ameaça com saída de acordos voltados para conter o aquecimento global. Um dos temas que ligam o sinal de alerta para a relação do Brasil com o governo de Donald Trump a partir deste ano é o diálogo entre os países na agenda ambiental.
As vésperas de sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, em Belém, o Brasil vê Trump retirar os Estados Unidos do acordo climático de Paris.
Esse foi um dos primeiros atos do novo presidente norte-americano após tomar posse, nesta segunda-feira (20).
O Brasil já pensa em um “plano B”, e não descarta dialogar de forma independente com estados que desejem cumprir as metas climáticas, independentemente da Casa Branca. O movimento é chamado de Paradiplomacia.
Donald Trump
Anna Moneymaker / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
Diplomatas ouvidos pela TV Globo e pela GloboNews destacam que tarefas escanteadas e não cumpridas pela COP 29, que aconteceu no Azerbaijão, em 2024, deverão pressionar a cúpula brasileira.
E se, o apoio dos Estados Unidos, ou, pior, com o país contrário aos debates, o desafio poderá se tornar ainda maior.
A atenção se dá sobre as ordens executivas ligadas ao clima que Trump dará após sua posse, entre elas, a retirada dos Estados Unidos do acordo climático de Paris.
Caso isso aconteça, o Brasil não descarta dialogar de forma independente com estados que desejem cumprir as metas climáticas, independentemente da Casa Branca.
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Trump e o meio ambiente
Como a maior economia do mundo e a segunda emissora de gases de efeito estufa, as decisões dos EUA terão impacto direto na luta global contra as mudanças climáticas.
No seu primeiro mandato, Trump revogou mais de 100 regras ambientais, que impactaram (e seguem impactando) nas emissões de gases de efeito estufa, um dos principais responsáveis pelo aquecimento global.
No discurso de posse desta segunda-feira, o novo presidente dos EUA confirmou que pretende colocar em prática uma série de ordens executivas no setor de energia. As medidas abrangem regulações sobre veículos elétricos e a retirada dos Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima.
Trump já havia abandonado o acordo durante o primeiro mandato, entre 2017 e 2021. Por outro lado, Joe Biden colocou os Estados Unidos de volta ao tratado.
Com o retorno à Casa Branca, Trump declarou que pretende dar o fim às “políticas de extremismo climático de Biden”.
O governo pretende “simplificar o licenciamento e rever todos os regulamentos que impõem encargos indevidos à produção e utilização de energia, incluindo a mineração e o processamento de minerais não combustíveis”, disse, no primeiro pronunciamento deste mandato.
Os membros da equipe de transição já haviam recomendado mudanças significativas para cortar apoio a veículos elétricos e estações de recarga, além de fortalecer medidas que bloqueiem a importação de carros, componentes e materiais de bateria da China.
A lista de medidas também inclui a imposição de tarifas sobre todos os materiais de bateria estrangeiros, como forma de impulsionar a produção nos EUA. Em seguida, o país negociaria isenções individuais com aliados.
As ordens executivas de Trump também devem revogar as regulamentações climáticas de Biden sobre usinas de energia, acabar com a pausa nas exportações de gás natural liquefeito e revogar isenções que permitem que Califórnia e outros estados tenham regras de poluição mais rígidas.
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