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Ex-funcionário de prefeitura é suspeito de aplicar golpes abrindo contas e fazendo empréstimos em nome de colegas com deficiência, no Paraná


Investigação aponta que homem enganava vítimas para cometer os crimes. Ele foi indiciado por estelionato majorado e respondeu por crime semelhante em 2012. g1 tenta identificar a defesa dele. Print das mensagens trocadas entre suspeito e uma das vítimas
Cedida pela Polícia Civil
Um homem de 33 anos, ex-funcionário da Prefeitura de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, é suspeito de aplicar golpes contra colegas de trabalho, abrindo contas e fazendo empréstimos em nome das vítimas, que são pessoas com deficiência (PCDs).
Uma delas tem 22 anos e é diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e outra tem 42 anos e possui deficiência motora. As informações são do delegado Gabriel Munhoz, responsável pelo caso.
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Segundo ele, no primeiro caso o homem chegou a usar um carro oficial da prefeitura durante horário de trabalho para levar a vítima até um banco sob o pretexto de ajudá-la a desbloquear um cartão.
No segundo, afirma Munhoz, alegou que precisava de documentos e dados pessoais do colega para um trabalho de conclusão de curso (TCC) sobre acessibilidade. Saiba mais abaixo.
Os crimes aconteceram em agosto e setembro de 2024 e os inquéritos foram concluídos nesta semana. O homem foi indiciado por estelionato, majorado por ter sido praticado contra PCDs.
“O prejuízo total identificado nas duas ocorrências aproxima-se de R$ 100 mil. A Polícia Civil solicitou o bloqueio dos valores nas contas bancárias do investigado, e os inquéritos foram encaminhados à Justiça, onde as penas máximas dos crimes somadas podem ultrapassar doze anos de reclusão”, ressalta o delegado.
Ainda de acordo com Gabriel Munhoz, o homem possui um antecedente criminal, também por estelionato, datado de 2012.
“Quando interrogado aqui na delegacia essa semana, veio sem advogado e ficou em silêncio no interrogatório”, complementa o policial civil.
De acordo com o Portal da Transparência, o homem trabalhou na prefeitura municipal até 1º de outubro de 2024. O g1 questionou a prefeitura se o desligamento dele tem a ver com os inquéritos e aguarda resposta.
O g1 também tenta identificar a defesa do suspeito.
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Entenda os golpes
O delegado Gabriel Munhoz explica que as investigações iniciaram em agosto de 2024, após a primeira vítima, um jovem de 22 anos com Transtorno do Espectro Autista (TEA), registrar boletim de ocorrência.
“O rapaz trabalhava no mesmo setor que o indiciado na Prefeitura Municipal de Ponta Grossa e o golpe foi descoberto quando a mãe do jovem recebeu um cartão bancário em nome do filho, de uma instituição onde ele não possuía conta”, detalha.
Segundo o inquérito, o indiciado, utilizando veículo oficial da prefeitura durante o horário de trabalho, conduziu a vítima até o banco sob o pretexto de ajudá-la a desbloquear um cartão.
“Na ocasião, ele abriu uma conta em nome do jovem, realizou um saque de R$ 1.664,99 e contratou um empréstimo consignado de R$ 30.075,66. Para evitar que a vítima fosse alertada sobre as movimentações, o suspeito cadastrou seu próprio número de celular na conta, recebendo todas as notificações. As investigações revelaram diversas movimentações bancárias e transferências via PIX do valor do empréstimo para a conta do indiciado”, aponta Munhoz.
O segundo caso foi no mês seguinte, quando um homem de 42 anos, também pessoa com deficiência, foi vítima de um golpe de R$ 60 mil aplicado pelo mesmo suspeito, diz o delegado.
“O criminoso enviou diversas mensagens e áudios via WhatsApp solicitando documentos pessoais e comprovante de residência da vítima, alegando que seriam utilizados em seu ‘TCC’ sobre acessibilidade na prefeitura municipal. Para ganhar a confiança da vítima, chegou a visitá-la em sua residência, onde tirou ‘selfies’ que também foram utilizadas para prática do crime. Com a documentação obtida, abriu contas bancárias e realizou empréstimos em nome da vítima, transferindo os valores para sua própria conta”, detalha.
Alerta
O delegado Gabriel Munhoz alerta a população sobre o aumento de golpes direcionados a grupos vulneráveis, como PCDs e idosos.
“É fundamental que familiares e responsáveis estejam atentos a movimentações bancárias suspeitas e jamais forneçam documentos pessoais ou autorizem terceiros a realizar operações financeiras em seu nome. Em caso de suspeita de golpe ou fraude, a orientação é registrar imediatamente um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou através da Delegacia Virtual, permitindo que as autoridades investiguem o caso e previnam novas ocorrências”, ressalta.
Acesse a ‘delegacia virtual’ da Polícia Civil do Paraná neste link
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