Marcos Vinícius Figueiredo afirmou que não existia nas mãos do general Mário Fernandes um plano para a tomada de poder. “O documento diz ‘eu vou matar o presidente?'”, questiona o advogado. Mario Fernandes é general da reserva
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Advogado do general Mário Fernandes, preso sob suspeita de participar de uma tentativa de golpe de estado no Brasil, Marcos Vinícius Figueiredo afirmou que não existia nas mãos do militar um plano para a tomada de poder. Segundo ele, o que havia era um arquivo sob posse de Fernandes.
“Não tem plano [golpista] nenhum. A PF qualifica como plano porque foi o evento que gerou a prisão dele, agora, ali não era um plano. Se tratava de um arquivo encontrado no HD [hard disk, ou disco rígido de computador] dele. Uma análise de consequências e efeitos colaterais”, afirmou o defensor.
Segundo Figueiredo, o general garante que não houve uma tentativa de golpe de estado contra os então eleitos presidente Lula (PT) e vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e rebate a investigação da Polícia Federal (PF).
A investigação aponta que o general é suspeito de articular a prisão e a execução de Lula, Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes antes de os eleitos em 2022 tomarem posse. A PF aponta que a ofensiva contra o trio foi batizada como “Punhal Verde e Amarelo”.
“O documento [da PF] diz ‘eu vou matar o presidente?'”, questiona o advogado. “Tive acesso às 864 folhas do relatório. As mensagens são fracionadas, não tenho como abordar o exercício do direito de defesa com mensagem fracionada”, alegou.
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A Polícia Federal prendeu o general Mário Fernandes no dia 19 de dezembro de 2024, suspeito de integrar um grupo acusado de tramar um golpe de estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Fernandes era o número 2 da Secretaria-Geral da Presidência no governo de Jair Bolsonaro (PL) e homem de confiança do ex-presidente.
No fim do ano, a Procuradoria-Geral da República (PGR) opinou contra o pedido de liberdade da defesa do militar.
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