Florianópolis registra um surto de virose e diarreia após as festas de Réveillon nesta semana. Segundo dados da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina), os casos atingiram o maior número da série histórica, que considera a média dos últimos cinco anos.
Os principais sintomas da doença são dores abdominais, diarreia e vômito, acompanhados ou não de febre. A Secretaria Municipal de Saúde afirma, porém, que os casos são considerados de baixo risco e dificilmente evoluem para quadros mais graves, com necessidade de internação.
“Doenças diarreicas costumam ter comportamento sazonal, aumentando nas estações de calor, juntamente ao crescimento populacional, todos os anos”, informou o órgão.
Mesmo assim, é preciso tomar alguns cuidados para proteger a saúde do surto de virose e diarreia durante a temporada. As viroses, como a causada pelo Norovírus em 2023 na capital catarinense, acometem o aparelho digestivo e podem causar diversos danos ao corpo humano.
De acordo com o médico gastroenterologista Nelson Cathcart Jr, que atende em Florianópolis, não é fácil diferenciar uma diarreia causada por um vírus e uma causada por bactéria.
“Os sintomas da bacteriana geralmente são febre alta e persistente, sinais de desidratação intensa, necessidade de acordar de madrugada para ir ao banheiro e sangue nas fezes”, ressalta o médico.
“Já nas virais, os sintomas podem começar mais intensos e em 24 ou 48 horas há uma tendência de melhora, bem diferente da bacteriana onde a tendência é a de piora dos sintomas graves”, completa.
O surto de virose é diarreia é comum no verão devido às aglomerações e à falta de cuidados de higiene pessoal e alimentar. O risco de infecções também aumenta com chuvas e enchentes.
Como se proteger do surto de virose e diarreia em Florianópolis? Veja cuidados para evitar infecção
Ana Paula Corrêa chefe da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar da Dive (Diretoria de Vigilância Epidemiológica), aponta alguns cuidados que os cidadãos devem adotar para evitar o surto de virose e diarreia em Florianópolis.
“Nossa maior preocupação é reforçar as medidas de prevenção para que não haja esse aumento”, declara Ana Paula Corrêa.
Confira as principais recomendações:
- Lavar sempre as mãos antes e depois de utilizar o banheiro, nas trocas de fraldas e ao preparar ou manipular alimentos;
- Não consumir gelo de locais duvidosos;
- Não frequentar locais impróprios para banhos;
- Não consumir alimentos que estejam com prazo de validade vencido;
- Não consumir alimentos cujas embalagens estejam estofadas ou amassadas;
- Higienizar sempre frutas, verduras e legumes;
- Evitar o consumo de carne crua ou malpassada;
- Aumentar a ingestão de líquidos, sempre cuidando com a qualidade da água.
“O mais importante é que, ao apresentarem sinais e sintomas, procurem uma unidade de saúde mais próxima para receberem o tratamento adequado e não se automedicarem”, recomenda a chefe da Divisão de Doenças de Transmissão Hídrica e Alimentar da Dive.