Em Porto Alegre, na quarta-feira (1º), choveu mais que a metade da média para todo mês. Faltou luz e as casas de bombas, responsáveis pela drenagem, pararam de funcionar. Chuva volta a provocar estragos em cidades do RS
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No Rio Grande do Sul, a chuva forte voltou a causar prejuízos.
Os moradores de Feliz estão mais uma vez isolados. Em maio de 2024, a enchente derrubou a ponte sobre o Rio Caí. Cinco meses depois, a comunidade inaugurou uma ponte provisória. Mas, na quinta-feira (2), a correnteza gerada pela chuva levou embora a estrutura que unia duas partes do município.
“É uma grande tristeza para o nosso município, para nós daqui. Muito, faz falta”, diz a doméstica Isodete Rambo.
“Empresas, por exemplo, precisam passar para cá com funcionário, com ônibus, que não tem passagem no centro, que a ponte está caída lá. Então tem que tudo fazer volta”, afirma o empresário Edson Henz.
A chuva chegou acompanhada de granizo em algumas regiões. Em Porto Alegre, na quarta-feira (1º), choveu mais que a metade da média para todo mês. Cinco bairros que tinham sido inundados em maio ficaram novamente debaixo d’água. Faltou luz e as casas de bombas, responsáveis pela drenagem, pararam de funcionar. A prefeitura diz que, na semana que vem, o sistema estará automatizado.
“Nós precisamos ter eles funcionando de forma automatizada para aumentar a segurança operacional e ter as casas de bomba ligando instantaneamente a partir da chuva”, afirma Darcy Luiz dos Santos, diretor-geral-adjunto do Dmae.
No RS, ponte inaugurada há 2 meses é destruída pelas chuvas
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Dois dias depois do temporal, os técnicos ainda trabalham para restabelecer a energia elétrica em parte da cidade. Comerciantes e prestadores de serviço precisam lidar com o prejuízo de ficar com as portas fechadas. Um salão de beleza cancelou a agenda de clientes.
“Está sendo bem difícil porque a gente não tem estabilidade no caso. Tu ter que cancelar tudo, aí às vezes tu ter que chamar as pessoas de volta, mas elas já foram para outro lugar. Então, tu acaba perdendo das duas formas”, conta a empresária Maria Evenise dos Santos.
A CEEE Equatorial explica que árvores caíram sobre a rede na tempestade. 349 clientes continuam sem energia.
“Começamos um trabalho de poda muito forte na área urbana aqui de Porto Alegre, há mais ou menos um ano. Todas as áreas que foram objeto desse trabalho nessa última chuva não apresentaram falta de energia elétrica, e a gente entende que a manutenção desse trabalho vai fazer com que a gente consiga conviver com a arborização frente a eventos climáticos sem ter tanto impacto no fornecimento de energia para os nossos clientes”, diz Sérgio Valinho, superintendente da CEEE Equatorial.
Um restaurante do Quarto Distrito teve um prejuízo de R$ 4,5 mil em um dia fechado.
“A gente já perdeu muito na enchente, mas nos recuperamos. Mas, agora, toda chuva que dá, tem o medo do alagamento. E, além disso, a falta de energia elétrica. O povo está pagando a conta. E a gente paga junto, porque tu fica um dia fechado, fica outro fechado, daqui a pouco a gente fecha as portas também. Não tem como se manter”, lamenta o empresário Juliano Magagnin.
Chuva prejuízos RS
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A Prefeitura de Feliz declarou que vai começar a construir, em fevereiro, uma ponte definitiva, a dois quilômetros de onde estava a ponte provisória.
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