A Prefeitura de Blumenau determinou na tarde desta sexta-feira (3) que vai questionar a solicitação de aumento no valor do passe do transporte coletivo. O pedido foi proposto pela Agir (Agência Intermunicipal de Regulação de Serviços Públicos), no fim de 2024. A Blumob havia pedido o reajuste da tarifa para R$ 9,09.
Prefeitura de Blumenau questiona critérios da Agir sobre revisão da tarifa do transporte coletivo – Foto: Divulgação/Prefeitura de Blumenau/ND
O prefeito de Blumenau, Egidio Ferrari, comentou que não deve aceitar o reajuste de quase 10% em relação ao valor atual da tarifa técnica proposto pela agência.
Ferrari se reuniu na tarde desta sexta-feira com a vice-prefeita, Maria Regina, e com os secretários de Trânsito e Transportes, Fábio Campos; de Gestão Governamental, Marcelo Althoff; e de Administração, Anderson Rosa, além do procurador-geral do município, Éder Boron.
O prefeito também determinou que a procuradoria do município inicie o mais breve possível a revisão geral do contrato com a BluMob, empresa responsável pelo serviço de transporte coletivo público em Blumenau.
Revisão Tarifária foi apresentada pela Agir
A Agir publicou em dezembro de 2024 a decisão sobre o pedido da RTE (Revisão Tarifária Extraordinária). A solicitação foi apresentada no fim de setembro pela Blumob.
Após a análise com base nos estudos apresentados pela Blumob, a Agir estabeleceu uma tarifa técnica de R$ 8,98, que deveria ser aplicada a partir de 1º de janeiro de 2025. A Blumob, por sua vez, havia pedido o reajuste da tarifa para R$ 9,09.
Reunião foi realizada na tarde desta sexta-feira com representantes da prefeitura – Foto: Divulgação/Prefeitura de Blumenau/ND
Segunda a prefeitura, entre os dados apresentados que podem impactar em um possível reajuste está o aumento do combustível e de outros impostos federais, além do fim dos benefícios fiscais determinados pelo governo federal em setembro de 2024.
Fábio Campos, secretário de Trânsito e Transporte, comentou que o reajuste pode impactar ainda mais no número de pessoas utilizando o transporte coletivo sem pagar.
Segundo o secretário, todo mês, em média, cerca de 1 mil pessoas invadem áreas proibidas dos terminais, geralmente usadas para acesso dos ônibus, para não ter que pagar a passagem.
Ferrari determinou que estudos sejam realizados para diminuir esse número. “Faremos levantamento de custos para aumentar a segurança, com contratação de vigilantes e ampliação das câmeras”, comentou o prefeito.
O questionamento a Agir será enviado pela prefeitura na próxima semana. Assim que tiver uma resposta, uma nova reunião será realizada para definir sobre a revisão tarifária do transporte coletivo.
