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Corpo de caminhoneiro resgatado após queda de ponte entre MA e TO é velado sob comoção na Bahia


Familiares e amigos se despediram de Beroaldo em sepultamento na cidade de Amélia Rodrigues. Corpo de caminhoneiro baiano que morreu em queda de ponte é enterrado
O corpo de Beroaldo dos Santos, de 56 anos, o caminhoneiro que morreu após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins, foi sepultado nesta sexta-feira (3) no Cemitério Municipal, em Amélia Rodrigues, cidade a cerca de 28 km de Feira de Santana.
O corpo chegou ao velório às 10h30, em um caixão lacrado, e a cerimônia teve início por volta das 11h15, seguida por um cortejo até o ponto onde o corpo foi enterrado. Beroaldo foi sepultado no início da tarde sob forte comoção de amigos e familiares.
Natural de Alagoas, o caminhoneiro viveu em Amélia Rodrigues por 30 anos. Ele deixa esposa e quatro filhas, duas delas ainda crianças, de 9 e 11 anos.
Morador de cidade na Bahia, caminhoneiro velado após desabamento da ponte que caiu entre MA e TO
Reprodução/Redes Sociais
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A irmã de Beroaldo, Maria José Filha, relembrou os dias de angústia da espera pelo resgate. “Foi muito angustiante para a família esperar tantos dias sem notícias concretas ou suporte”, disse à TV Subaé.
“Só tínhamos informações dos irmãos que estavam lá acompanhando e ajudaram a levar a esposa dele para buscar o corpo. Foi difícil ver minha mãe sofrendo tanto e não podermos fazer nada. O sofrimento foi enorme”, compartilhou.
Irmã se despede de caminhoneiro Beroaldo dos Santos, vítima da queda da ponte entre Maranhão e Tocantins
Reprodução/TV Subaé
O amigo caminhoneiro Antônio José Souza destacou a dedicação de Beroaldo ao trabalho e a tristeza com a perda:
“Beroaldo era um colega de trabalho de muitos anos, como um irmão para todos nós. Quem o conhecia ficou muito abalado, porque ele era uma pessoa excelente, sempre muito dedicada, cautelosa e responsável no que fazia. Ele realmente amava o trabalho. Hoje, muitos caminhoneiros vieram prestar essa última homenagem a ele. É uma perda muito difícil para todos nós.”
Outro amigo, Éric Luis dos Santos, lamentou a negligência que contribuiu para o acidente.
“Beroaldo era uma pessoa maravilhosa, um bom pai, amigo, esposo e trabalhador. Infelizmente, por causa da negligência do governo com as estradas, essas tragédias acontecem. Nós, caminhoneiros, enfrentamos muitos riscos diariamente. Espero que, com fé em Deus, possamos ter dias melhores, porque a situação das estradas é muito difícil para todos que dependem delas.”
Caminhoneiro é sepultado em Amélia Rodrigues
Reprodução/TV Subaé
Tragédia no rio Tocantins
Beroaldo estava sozinho na carreta que dirigia no momento do acidente. Ele era caminhoneiro há 30 anos e transportava ácido sulfúrico de Arraias (TO) para Imperatriz (MA). O corpo foi localizado no domingo (29) dentro da cabine submersa, mas o resgate só ocorreu na quarta-feira (1º).
A vítima foi a última das 12 já retiradas da água desde o acidente. O resgate aconteceu no fim da manhã da quarta-feira (1º), segundo detalhou a Marinha do Brasil.
O corpo do caminhoneiro havia sido localizado no domingo (29), dentro da água, na cabine da carreta que ele dirigia. O veículo estava carregado com 76 toneladas de ácido sulfúrico, mas não houve vazamento.
Outras cinco pessoas seguem desaparecidas nas águas do rio. Elas foram identificadas como:
Alessandra do Socorro Ribeiro, 50 anos
Salmon Alves Santos, 65 anos
Felipe Giuvannuci Ribeiro, 10 anos
Marçon Gley Ferreira, 42 anos
Gessimar Ferreira da Costa, 38 anos
Buscas na região da ponte entre o Tocantins e o Maranhão
Divulgação/Bombeiros
Quem são as outras vítimas
Além de Beroaldo, outras 11 pessoas já tiveram os corpos resgatados e foram identificadas pela Marinha. São elas:
Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, era natural de Estreito (MA) mas morava em Aguiarnópolis (TO). O corpo dela foi localizado ainda no dia do desabamento, 22 de dezembro.
Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos. O corpo dela foi localizado no dia 24. Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, que saiu de Dom Eliseu (PA) e que caiu no rio Tocantins;
Kécio Francisco Santos Lopes, de 42 anos. O corpo dele foi localizado no dia 24. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas;
Andreia Maria de Souza, de 45 anos. O corpo foi encontrado no dia 24. Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico;
Anisio Padilha Soares, de 43 anos. O corpo dele foi localizado no dia 25;
Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos. O corpo dela foi localizado no dia 25;
Elisangela Santos das Chagas, de 50 anos. O corpo dela foi encontrado por mergulhadores no dia 26 de dezembro. Ela estava em uma caminhonete, junto com o marido, o vereador Alison Gomes Carneiro (PSD);
Rosimarina da Silva Carvalho, de 48 anos. O corpo dela foi localizado também no dia 26;
Alison Gomes Carneiro, de 57 anos. O vereador do PSD teve o corpo localizado em 29 de dezembro. Ele estava na caminhonete com a esposa, Elisangela Santos, que também morreu na tragédia.
Cássia de Sousa Tavares, de 34 anos. O corpo dela foi retirado de dentro de um carro, no rio, no dia 31 de dezembro. Ela viajava com a filha, Cecília de três anos e o marido, Jairo Silva Rodrigues. Apenas ele sobreviveu a tragédia.
Cecília Tavares Rodrigues, de três anos. O corpo dela foi retirado do rio no dia 31. A menina viajava com a mãe, Cássia e com o pai, Jairo Silva Rodrigues.
O desabamento
O acidente aconteceu no dia 22 de dezembro. Segundo autoridades, quatro caminhões, dois automóveis e duas motocicletas estavam na parte da ponte que caiu.
Morador gravou vídeo alertando sobre risco de desabamento da ponte um dia antes do acidente
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso está sob investigação.
A ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira foi construída na década de 1960, tem 533 metros de extensão e liga as cidades de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, pela BR-226.
A estrutura integra o corredor rodoviário Belém-Brasília e passa sobre o rio Tocantins. As más condições da ponte vinham chamando a atenção de quem passava por lá.
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