De acordo com a Marinha do Brasil, neste domingo (29), os esforços iniciais serão para resgatar o corpo que está preso em uma caminhonete submersa no rio Tocantins. Queda da ponte localizada na BR-226 aconteceu no último domingo (22). Ponte entre Maranhão e Tocantins desaba sobre rio
Chegou ao 8º dia a operação que tenta localizar as vítimas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins, que caiu no domingo (22). Nove pessoas morreram e oito continuam desaparecidas, segundo o último boletim divulgado pela Marinha do Brasil na noite de sábado (29).
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As buscas por sobreviventes foram retomadas às 7h deste domingo. A Marinha informou que, neste domingo, os esforços iniciais serão para resgatar o corpo que está preso em uma caminhonete submersa no rio Tocantins. Em seguida, as buscas serão concentradas na área mais próxima da margem do rio.
No sábado (28), uma equipe de mergulho explorou a região onde aconteceu o desabamento da ponte na tentativa de localizar outras vítimas. Segundo a Marinha, foram encontradas uma placa de um automóvel e um carro branco, possivelmente um Voyage, que passava pela ponte no momento do desabamento.
Mergulhadores retomam buscas por desaparecidos na divisa de TO e MA
A Marinha afirma ter mantido as rotinas de verificação da condição da água do rio Tocantins e os resultados apontam que não há contaminação por agentes químicos ou defensivos agrícolas. Durante a queda da ponte, caminhões que transportavam 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas caíram na água e, segundo o Governo do Maranhão a carga está intacta.
Estão sendo usados na operação drones subaquáticos da Polícia Federal, da Transpetro e da Marinha do Brasil, além de um helicóptero da Secretaria de Segurança do Maranhão (SSP) e embarcações.
Nove mortos e oito desaparecidos
Marinha trabalha na operação de resgate das vítimas de queda de ponte no MA e TO
Marinha do Brasil
A Marinha do Brasil corrigiu, no início da tarde de sábado (28), para nove o número de mortos após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins. Oito pessoas seguem desaparecidas.
A correção foi feita após a Marinha constatar que a vítima encontrada no fim da noite de sexta-feira (27), era uma das pessoas que estavam presas no carro que continua submerso nas águas do Tocantins, que foi localizado na quinta-feira (26). Segundo o contra-almirante Coelho Rangel, coordenador geral dos resgates, essa última vítima retirada do rio foi identificada como Elisangela Santos das Chagas, 50 anos.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), um corpo localizado na quinta-feira continua preso nas ferragens do carro submerso no rio Tocantins.
A ponte, na BR-226 que liga as cidades de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO), desabou na tarde do último domingo (22). Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, o desabamento aconteceu porque o vão central da ponte cedeu. A causa do colapso ainda vai ser investigada, de acordo com o órgão.
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Outras vítimas localizadas
Na terça-feira (24), o corpo de Lorranny Sidrone de Jesus, de 11 anos, foi encontrado no rio, segundo os bombeiros do Maranhão. Ela estava em um caminhão que transportava portas de MDF, com origem em Dom Eliseu (PA);
Por volta das 9h, também foi achado o corpo Kecio Francisco Santos Lopes, de 42 anos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, ele era o motorista do caminhão de defensivos agrícolas;
Ainda na terça-feira (24), por volta das 11h20, o corpo de Andreia Maria de Souza, de 45 anos, foi encontrado. Ela era motorista de um dos caminhões que carregavam ácido sulfúrico;
No domingo (22), o corpo de Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos foi localizado. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que ela é natural de Estreito (MA), mas mora em Aguiarnópolis (TO);
Um homem de 36 anos, Jairo Silva Rodrigues, foi encontrado com vida por moradores e levado ao hospital de Estreito;
Na quarta-feira (25), foram localizados os corpos de Anisio Padilha Soares, de 43 anos, e de Silvana dos Santos Rocha Soares, de 53 anos;
Na manhã de quinta-feira (26), mergulhadores localizaram mais dois corpos. Apenas um corpo conseguiu ser retirado da água, após ter sido encontrado por equipes de resgate boiando no rio no fim da sexta-feira (28). A vítima foi identificada como Elisangela Santos das Chagas, 50 anos.
Rosimarina da Silva Carvalho, 48 anos, encontrada na quinta (26).
Tanques com substâncias químicas estão intactos
Os tanques dos três caminhões que caíram no Rio Tocantins, após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, transportando 76 toneladas de ácido sulfúrico e 22 mil litros de defensivos agrícolas, estão intactos e o risco de vazamento e contaminação do meio ambiental é mínimo.
A informação foi confirmada na quinta-feira (26), pelo supervisor de Emergência Ambiental da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), Caco Graça.
“O pior cenário seria se a carga tivesse sido expelida durante a queda. Isso não aconteceu, os tanques estão intactos, a partir da visão do sonar da Marinha e, também, das equipes técnicas (da Sema), que identificaram isso”, afirmou o supervisor.
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Marinha do Brasil
Em entrevista à TV Mirante, Caco Graça informou que, durante a retirada do material contaminante, é possível que uma quantidade muito pequena de produtos químicos tenha contato com a água, mas não há possibilidade de causar sérios riscos à vida humana e ao meio ambiente.
“Como já foi trazida a informação pela Agência Nacional de Águas, se toda a carga que está ali tivesse vazada no rio, ainda assim ela não daria prejuízo à vida humana em função da diluição. Lógico que no local, no ambiente ali, no perímetro, você ia ter uma contaminação. E essa alteração de pH e outros tipos de ações ia provocar a mortandade da biota local. Por isso, que nós recomendamos que as pessoas não se aproximem do local, mesmo com embarcações. Então, na retirada, poderá haver (vazamento), mas o risco de contaminação e impacto ambiental ele é pequeno”, afirmou Caco Graça.
O supervisor de Emergência Ambiental explicou, ainda, que, aós encerrar o período de buscas pelas vítimas, será aplicado um plano específico para retirada do material contaminante.
“Muito provavelmente retirar o material pra depois retirar os caminhões, retirar os veículos. Esse é um processo complexo, que requer equipe técnica, que já está no local, são duas empresas. Toda essa articulação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, ela faz parte de um plano de atendimento a emergências. Então nós temos que tomar muito cuidado com todas essas ações que estão sendo desenvolvidas”.
Caco Graça destacou, ainda, que as pessoas evitem o contato com embalagens nas imediações do Rio Tocantins e que, caso identifiquem algum tipo de material ao longo do rio, principalmente das bombonas de vinte litros com herbicidas, comuniquem as empresas que estão no posto de comando ou um responsável pelo posto, para retirar esse material sem risco de contaminação a ninguém.
Retirada dos tanques
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Tanques com ácido sulfúrico e pesticidas agrícolas que caíram no rio Tocantins poderão ficar submersos por 15 ou até 30 dias. A informação foi divulgada durante uma sala de reunião de crise, nesta quinta-feira (26), que teve a presença de representantes do IBAMA, da Agência Nacional de Águas (ANA), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), dentre outros órgãos federais e estaduais.
“É importante a gente manter o monitoramento e a cautela enquanto esse material estiver lá. Se ele [tanque] se romper ainda existe algum risco, que é pequeno, mas controlado. É preciso a gente atuar para eliminar totalmente o risco. (…) Se houver algum indício de vazamento, deve ser interrompido imediatamente o abastecimento de água”, afirmou Alan Vaz Lopes, superintendente Adjunto de Operações e Eventos Críticos da Agência Nacional de Águas (ANA).
Situação de emergência
A Prefeitura de Estreito decretou situação de emergência no município por causa da queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Maranhão ao Tocantins. Nove pessoas morreram e oito pessoas seguem desaparecidas.
O decreto, assinado pelo prefeito Léo Cunha (PL), cita a necessidade de apoio técnico e financeiro dos governos federal e estadual, já que o município estaria com falta de recursos para atender várias demandas urgentes decorrentes da queda da ponte.
Além da localização e resgate dos corpos dos desaparecidos, o prefeito cita prejuízos às atividades agrícolas e pesqueiras, além do risco de contaminação do rio Tocantins devido aos tanques de ácido sulfúrico e de pesticidas que caíram na água, com a queda da ponte.
O desabamento
O acidente aconteceu na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre os estados de Maranhão e Tocantins. Segundo autoridades, oito veículos caíram no rio Tocantins, que passa sob a ponte.
A estrutura foi construída na década de 1960, tem 533 metros de extensão e liga as cidades de Estreito, no Maranhão, e Aguiarnópolis, no Tocantins, pela BR-226.
Ponte entre Maranhão e Tocantins desaba sobre rio
Ela integra o corredor rodoviário Belém-Brasília. As más condições da ponte vinham chamando a atenção de quem passava por lá. No sábado (21), um morador postou um vídeo na internet denunciando a situação (assista abaixo, na reportagem do Fantástico).
Veja o antes e depois da ponte que desabou entre Maranhão e Tocantins; FOTOS
Causa do desabamento
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), do governo federal, o desabamento ocorreu porque o vão central da ponte cedeu.
A causa do colapso ainda vai ser investigada, de acordo com o órgão. A ponte foi completamente interditada, e os motoristas devem usar rotas alternativas.
Ponte rodoviária desaba na divisa de Tocantins e Maranhão
“Os usuários devem acessar a estrada que vai de Darcinópolis/TO a Luzinópolis/TO, chegar na BR-230/TO e seguir até o km 101 (cidade de São Bento/TO). Em seguida pegar a direita, sentido Axixá/TO e Imperatriz/MA.Maranhão: Os usuários devem acessar a BR-226/MA em Estreito/MA até Porto Franco/MA. De Porto Franco/MA os usuários devem seguir pela BR-010/MA até Imperatriz/MA”, diz o DNIT, em nota.
Rachadura na ponte
Um vereador de Aguiarnópolis (TO) filmava rachaduras na ponte no momento em que a estrutura começou a ceder. Assista abaixo:
Vereador mostrava situação da ponte e flagrou momento da queda
Arte/g1