Indicada ao Grammy Latino, Melly é atração confirmada no Festival de Lençóis e Afropunk Bahia

Cantora concorre na categoria “Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa”. Prêmio é disputado também por Iza (Afrodhit), Jão (Super), Os Garotin (Os Garotin de São Gonçalo) e Luísa Sonza (Escândalo Íntimo). Melly é indicada ao Grammy Latino 2024 com seu primeiro álbum, ‘Amaríssima’
João Arraes
Uma das indicadas ao Grammy Latino 2024, a cantora Melly tem pelo menos dois shows confirmados na Bahia: o primeiro no Festival de Lençóis, na Chapada Diamantina, em 12 de outubro. Um mês depois, no dia 9 de novembro, ela se apresenta na programação do Afropunk Bahia, em Salvador.
A cantora leva aos palcos o show de seu primeiro disco, o “Amaríssima”. Lançado em maio deste ano, o trabalho concorre ao Grammy de “Melhor Álbum de Pop Contemporâneo em Língua Portuguesa”. Na categoria, disputam Iza, com o disco “Afrodhit”, Jão, com “Super”, Os Garotin, com “Os Garotin de São Gonçalo”, e Luísa Sonza, com “Escândalo Íntimo”.
Melly vai do ijexá ao R&B em seu primeiro disco, ‘Amaríssima’: ‘É sobre amadurecer’
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Nas redes sociais, a jovem baiana de 22 anos celebrou a conquista. “A vida é passagem rápida e só vale a pena quando se faz o que acredita. Fui nomeada ao Grammy Latino cantando a verdade da minha arte”, compartilhou Melly no Instagram, horas após a divulgação da lista de indicados nesta terça-feira (17).
“Esse é o maior prêmio que existe! Minha alma está em paz e em festa! Meu coração segue apaixonado pela música, e sabe que é recíproco”.
Na mensagem, a artista também agradeceu “às pessoas incríveis” que a cercam, como familiares, equipe e toda a produção por trás do “Amaríssima”. Outras artistas, como Liniker e as baianas Rachel Reis, Luedji Luna e Larissa Luz celebraram a conquista de Melly nos comentários.
Álbum sobre amadurecimento
Melly ganhou notoriedade com a faixa “Azul”, lançada em 2022. Com o sucesso, ela chegou a vencer o título de “Revelação do Ano” no Prêmio Multishow 2023.
Depois disso, pôde produzir seu primeiro álbum completo, o “Amaríssima”. O disco mistura sons que vão do pop ao R&B, passando por ritmos e elementos predominantes na música baiana como o pagode, o samba-reggae e o ijexá.
Melly lança seu primeiro álbum, ‘Amaríssima’
João Arraes
Em entrevista ao g1, em maio passado, ela disse que buscou apresentar nas letras o “amargo” que sente ao falar de amor, ansiedade e outros tantos sentimentos. Nas palavras da jovem, esse é um trabalho que reflete a sua forma de ver o mundo — Melly assina todas as composições e a direção musical do disco.
“Amaríssima é sobre como é amadurecer. (…) Música, para mim, sempre foi algo bastante interno e uma válvula de escape para poder falar sobre o que eu não sei ainda. Eu não sou uma pessoa muito aberta, então quando eu quero entender o que eu estou sentindo, eu coloco isso para fora em forma de poesia”.
Artista “de ouvido” — Melly toca piano e violão, mas afirma que não entende de teoria musical —, ela é filha de músico e cresceu com diversas referências. A britânica Amy Winehouse, que despertou nela “o olhar melancólico do jazz”, é citada como inspiração principal.
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A cantora também destaca a influência de artistas brasileiros e contemporâneos, como Luedji Luna e Liniker. Com essa última, Melly pôde colaborar no álbum.
Ela divide com Liniker os vocais de “10 minutos”, uma das 12 faixas que compõem o disco. Outra parceria é Russo Passapusso, na faixa “Rio Vermelho”.
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“A vida me apresentou essas duas pessoas maravilhosas. Sempre foram referências de pessoas que eu admirava no artístico e aí, quando eu passei a conhecer também, pessoalmente, a gente se gostou”, elogiou os parceiros.
Pouco antes do lançamento do álbum, ela lançou também uma espécie de história visual no Youtube, transformando o “Amaríssima” em crônica. Na sequência, virão os shows. De acordo com a assessoria da artista, a turnê deve percorrer algumas cidades do país no segundo semestre deste ano.
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