Jovem aparece nas imagens pulando o muro da estação de trem de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e dando dicas para seus seguidores de como chegar na Zona Sul do Rio sem gastar nada. Supervia alerta para os riscos. Supervia registra notícia-crime contra jovem que fez vídeo ensinando a dar calote em estação de trem do RJ
Reprodução redes sociais
A Supervia, concessionária que opera os trens do Rio de Janeiro, procurou a Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e protocolou uma notícia-crime contra mais um jovem influenciador digital. A empresa espera que a Polícia Civil investigue o rapaz por conta de um vídeo ensinando os passageiros da Supervia a dar calote nas estações de trem do estado.
Notícias-crime são uma comunicação formal à polícia de um fato que a vítima — tanto uma pessoa física quanto uma empresa — considera um delito. É protocolado um boletim de ocorrência, a partir do qual pode ser aberto um inquérito. Ao término da investigação, o alvo da notícia-crime pode ser indiciado.
O jovem, que conta com quase um milhão de seguidores em uma de suas redes sociais, postou no mês de fevereiro um vídeo que pretende ensinar como os passageiros podem utilizar o transporte público ferroviário sem pagar pela passagem.
Nas imagens, ele e um amigo aparecem na rampa de acesso a estação de trem de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, pulando a grade de proteção e andando por fora da plataforma da estação. No próprio vídeo o influenciador alerta sobre os riscos da ação.
“Na hora do calote você tem que ser rápido, rapaziada. Porque se os guardinhas pegarem você pulando a estação, você vai ganhar uma massagem ou um tratamento VIP”, disse o jovem.
Até a última atualização desta reportagem, o vídeo do influenciador no Youtube já tinha ultrapassado mais de um milhão de visualizações.
Blogueira do calote
Em abril, uma blogueira também utilizou suas redes sociais para postar vídeos onde ela aparece pulando o muro das estações de trem e deixando de pagar pelas passagens. Ela também foi alvo de uma notícia crime da Supervia.
Em seguida, ela gravou um vídeo falando sobre o caso e dizendo que queria pagar pelos prejuízos.
“Gente, não vou ser presa por causa disso, não. Manda conta, que a gente faz o PIX. Estou apavorada, queria estrear como atriz, não assim, dessa forma. Me ferrei”, disse em trecho do vídeo.
O que diz a Supervia
Em nota, a Supervia informou que entrar no sistema ferroviário sem pagamento da passagem é crime.
O trânsito irregular de pessoas pela linha férrea, destinada exclusivamente aos trens, é um risco para a vida de pedestres e de todos que utilizam esse meio de transporte. A prática também causa prejuízo financeiro e afeta a circulação de trens, prejudicando o sistema como um todo.
Para combater essa prática, a SuperVia realiza, rotineiramente, campanhas de conscientização sobre os riscos, por meio dos canais de comunicação oficiais. Em outra frente, a empresa monitora entradas clandestinas e a abertura irregular de buracos ao longo da via.
Por mês, a concessionária fecha até dez buracos, mas eles são reabertos em pouco tempo, principalmente em áreas conflagradas.
Supervia registra notícia-crime contra influenciador que fez vídeo ensinando a dar calote em estação de trem do RJ
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