Grande quantidade de tilápias foi recolhida nesta quinta-feira (13) de área de lazer municipal. Especialista vê poucas chances de envenenamento ou contaminação nas águas. Milhares de peixes aparecem mortos na lagoa municipal de Morro Agudo, SP
O gerente regional da Companhia Ambiental do Estado (Cetesb), em Ribeirão Preto (SP), Otávio Okano, vê indícios de baixa oxigenação e assoreamento em uma lagoa municipal de Morro Agudo (SP), onde uma grande quantidade de peixes foi encontrada morta nesta quinta-feira (13).
De acordo com ele, em uma análise inicial há poucas chances de que tenha havido um envenenamento no local.
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“Se tivesse uma contaminação ou envenenamento você não envolveria somente as tilápias, mas as diversas espécies de peixes que existem na represa”, afirma.
Lagoa municipal de Morro Agudo amanhece com peixes mortos
Reprodução/EPTV
Okano esteve no local durante a manhã pouco depois que agentes da Prefeitura começaram a recolher centenas de peixes mortos às margens da lagoa municipal.
Todos foram retirados do local para serem levados a um aterro sanitário.
Ele foi acionado a pedido da Prefeitura, que recolheu amostras da água para análises laboratoriais e anunciou uma inspeção em empresas próximas à lagoa, hoje utilizada como uma área de lazer da cidade e não para consumo humano, feito por poço artesiano.
Oxigenação, assoreamento: hipóteses
Para Okano, há evidências de que a água da chuva ocorrida na madrugada de quarta-feira (12) tenha ajudado a revolver lodo que estava no fundo da lagoa, o que pode ter reduzido o índice de oxigenação da água, essencial para as tilápias.
“O córrego que abastece a lagoa tem uma área de drenagem muito grande e com a intensidade da chuva deve ter, a hora que chegou na lagoa pelo córrego, levantado o lodo de fundo que consome oxigênio e que diminui a quantidade de oxigênio para os peixes respirarem”, explica.
Ele também menciona que, aparentemente, a lagoa pode ter passado por um processo de eutrofização, ou seja, com aumento da concentração de material orgânico na água, um fenômeno comumente associado a descarte de lixo.
“Tem mais outros fatores que a gente observou na lagoa que são interessantes. Ela está um pouco eutrofizada, um pouco esverdeada, e outra questão é que ela está muito assoreada. E de acordo com informações da Prefeitura de Morro Agudo, nós temos uma superpopulação de tilápias na represa, porque está proibida a pesca há alguns anos e você não tem a retirada de peixes da lagoa”, diz.
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Gerente da Cetesb vê baixa oxigenação e assoreamento em lagoa com peixes mortos em Morro Agudo, SP
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