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Suspeito de exploração sexual de crianças no RS aliciava mães em ONGs beneficentes, diz polícia


Morador de Imbé, no Litoral Norte, teve a prisão preventiva decretada. Mãe de meninas de 8, 10 e 12 anos foi presa em flagrante na Capital. Polícia investiga possibilidade de novos casos. Itens apreendidos no apartamento do suspeito, em Imbé
Polícia Civil/Divulgação
O homem suspeito de pagar mesada a uma mãe para abusar sexualmente das três filhas dela teria aliciado mulheres em ONGs beneficentes para ter acesso a crianças, segundo a Polícia Civil. O investigado, que foi preso em flagrante em Imbé, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, na quinta-feira (27), teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.
“Ele é uma pessoa que tem duas faces. Quem não conhece de verdade, acha que ele é uma pessoa extremamente boa, que ele é uma pessoa que ajuda instituições beneficentes, instituições de caridade. Nesses locais, ele conhece as pessoas, ele ganha a confiança e começa explorar as mães das crianças”, diz a delegada Camila Franco Defaveri, da 1ª Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente (DPCA).
Suspeito fazia ‘cardápio’ de abusos, diz delegada
‘R$ 3 mil’ e ‘mimos’: conversas mostram suposta negociação
O nome do investigado não foi divulgado. Segundo a delegada, o homem trabalha com tecnologia da informação (TI) e produziria material pornográfico com imagens das crianças. Além disso, ele é suspeito de oferecer uma lista com preços para abusar das crianças.
“Era tipo um ‘cardápio’. Ele explicava para uma das mães como seria o fato, de uma forma bem singela, explicando os valores e o que faria com a criança. Por exemplo, desde passeios ao shopping, ao cimena, como banho, ‘dormir de conchinha’ e ‘papai e mamãe'”, diz a delegada.
O homem foi autuado por exploração sexual, pornografia infantil e fraude processual, em razão de tentar danificar aparelhos eletrônicos que foram apreendidos. Segundo a polícia, ele manteria um apartamento localizado a algumas quadras de sua casa, onde cometeria os crimes.
No celular do suspeito, a polícia encontrou mensagens enviadas a outras mães de menores de idade. A Polícia ainda não tem o número de suspeitas de submeter seus filhos a abusos. O caso deve ser dividido em vários inquéritos, a partir da identificação de novas suspeitas.
“É a ponta do iceberg, tem muito mais pra ser localizado e identificado”, afirma a delegada.
Conversas interceptadas pela polícia entre o homem e a mulher, que também foi presa em flagrante por exploração sexual, mostram como funcionaria a negociação do abuso.
“Vamos ficar aí em POA em um apzinho que vou alugar no (…) pego ela saímos jantamos vamos pro ap depois no outro (…) R$1.500. E aí daqui 15 dias fizemos de novo. Ou seja R$ 3.000 mês mais mimos a ela”, diz o suposto abusador em uma das mensagens.
As três meninas, de 8, 10 e 12 anos, foram encaminhadas para perícia psíquica e verificação de violência sexual no Centro de Referência em Atendimento Infanto-juvenil (CRAI) do Instituto Geral-de Perícias (IGP), em Porto Alegre.
Denúncia
Casos de exploração sexual de menores podem ser denunciados pelos telefones 181 e 0800-642-6400. A Polícia Civil do RS também recebe relatos pelo WhatsApp (51) 98444-0606.
Mulher presa por suspeita de submeter filhas a exploração sexual no RS
Polícia Civil/Divulgação
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