Na tarde desta quarta (26), Alex Silva e um grupo de brasileiros seguiam em direção ao Cairo, capital do Egito. Atualmente, Alex Silva (de vermelho) é um dos jogadores brasileiros do Al-Merreikh
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O jogador mineiro Alex Silva, que enfrentou dificuldades para sair do Sudão devido à guerra civil que já deixou mais de 200 pessoas mortas e outras 1,8 mil feridas, chega ao Brasil nesta quinta-feira (27).
Ele, a esposa e um grupo de brasileiros, chegaram ao Egito e, na tarde desta quarta-feira (26), seguiam do interior até à capital Cairo, de onde embarcarão para o Brasil.
“Eu chego no Brasil por volta de meio-dia e aí depois eu vou para Belo Horizonte. Ainda não consegui comprar a passagem, mas estou tentando para assim que eu chegar ao Brasil”, contou ao g1.
Alex jogou pelo Atlético Mineiro e há três meses é lateral-direito do Al-Merrikh. Ele morava na cidade de Cartum, capital do Sudão, com outros três atletas brasileiros e um colombiano, além de cinco pessoas da comissão técnica do time atual.
Jogadores do Al-Merrikh, incluindo Mateus, Paulo Sérgio e Sérgio Rafael, que moravam com Alex
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O jogador relap
O país do norte da África é um dos mais pobres do mundo e vive uma crise humanitária há décadas, mas os conflitos se agravaram no dia 15 de abril, quando um grupo paramilitar ocupou o palácio presidencial.
Ex-jogador do Atlético, Alex Silva tenta sair do Sudão, para fugir de conflito armado
Momentos de tensão
No dia 18 abril, o jogador chegou a relatar o sufoco que ele e os colegas viveram antes de deixar o Sudão. O grupo ficou dias sem conseguir sair de dentro do prédio onde viviam (veja vídeo abaixo).
Comida e a água escassas
“Não sabemos quando isso será resolvido. Estamos buscando ajuda com o pessoal do Itamaraty. Eles estão em contato com a gente, mas também não podem fazer muito”, disse.
Em outras imagens feitas pelo brasileiro, é possível ouvir o barulho dos confrontos (veja vídeo abaixo).
“Ali está o Rio Nilo. Do outro lado, tem tiroteio. Por isso que é ruim ficar aqui. A gente nunca sabe o que vai explodir”.
Em vídeo, jogador Alex Silva relatou os conflitos no Sudão
Antes de deixar o Sudão, Alex e os colegas tiveram que racionar os estoques de alimentação, já que não conseguiam deixar o prédio.
O fornecimento de água e luz também ficu escasso nos últimos dias de confinamento.
Entenda o conflito
TV registra explosão na capital do Sudão durante transmissão ao vivo
Os combates entre o Exército e um grupo paramilitar do Sudão já deixaram mais de 200 pessoas mortas. Outras 1,8 mil ficaram feridas.
Pelo menos dois hospitais da capital tiveram de ser esvaziados após serem atingidos por foguetes e balas. Médicos alegam ter ficado sem bolsas de sangue e material para cuidar dos feridos.
O conflito no Sudão envolve o comandante do Exército, general Abdel Fatah al Burhan, líder de fato do país, e seu número dois, o general Mohamed Hamdan Daglo, conhecido como “Hemedti”, comandante das Forças de Apoio Rápido (FAR).
Em outubro de 2021, eles se juntaram para dar um golpe que tirou os civis do poder.
Na segunda-feira (17), Estados Unidos e Reino Unido pediram o “fim imediato” da violência no Sudão, como já o tinham feito a Liga Árabe e a União Africana. No mesmo dia, um comboio diplomático norte-americano foi alvo de tiros, informou o secretário de Estado, Antony Blinken.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também pediu aos dois generais que “parem imediatamente com as hostilidades”, que podem ser “devastadoras para o país e toda a região”. Um pedido similar foi apresentado pelos chefes da diplomacia do G7, no Japão.
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