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Vereadores e especialistas discutem excesso de poluição sonora na cidade de SP


Moradores do entorno do aeroporto de Congonhas pedem criação de fundo para minimizar impactos sonoros, e prefeitura afirma que proposta será analisada. Avião da Gol Linhas Aereas Inteligentes SA decola do aeroporto de Congonhas em São Paulo em foto de 11 de setembro de 2017
Paulo Whitaker/Reuters
Nesta segunda-feira (24), a Câmara Municipal da cidade de São Paulo discutiu o aumento de ruídos na capital. De 2021 para 2022 as reclamações sobre poluição sonora aumentaram 35%, segundo informações do Programa de Silêncio Urbano (PSIU).
19.827 reclamações sobre poluição sonora em 2021;
30.399 reclamações sobre poluição sonora em 2022, em média três reclamações por hora.
Segundo dados da Promotoria do Meio Ambiente, mais de 30% do total de investigações de reclamações de 2022 foram sobre barulho.
Especialistas discutiram no simpósio os impactos dos ruídos na cidade e na vida das pessoas. Segundo eles, a própria OMS (Organização Mundial da Saúde) entende que a poluição sonora é o segundo fator que mais afeta a saúde dos moradores de grandes metrópoles, ficando atrás apenas da poluição do ar.
Na região de Congonhas, os moradores pedem para a prefeitura a criação de um fundo para reduzir os impactos dos barulhos provocados pelo aeroporto. Um projeto chegou a ser protocolado na Câmara Municipal pelo vereador Jair Tatto (PT).
Segundo o presidente da Associação de Moradores do Entorno de Congonhas, Edvaldo Sarmento, a criação do fundo ajudaria a minimizar os ruídos para cerca de 2 milhões de habitantes. A prefeitura afirmou que irá analisar a proposta.
João Moreirão mora na Casa Verde, na Zona Norte de São Paulo, há 30 anos e é membro do Conselho Municipal de Política Urbana. Ele reclamou dos barulhos na região por causa de shows: “Os moradores, as casas e as janelas tremem, as pessoas idosas ficam com graves problemas, bebês, crianças não conseguem dormir, as famílias ficam desesperadas, gente que dá aulas online não consegue”.
O representante do Movimento Bares pela Democracia, que reúne cem bares, apontou que o problema pode estar também na falta de critérios da fiscalização. Luiz Guilherme Ferreira contou que sofreu com os ruídos em volta de seu bar quando a prefeitura lacrou por três meses o estabelecimento que fica em Perdizes, Zona Oeste de São Paulo.
“O volume dos decibéis medido pelo PSIU determinou que estava acima do permitido, na justiça eu consegui suspender esses laudos por questões técnicas e isso gerou um impacto que quase fechou a empresa, os funcionários, os impostos que eu pago, a segurança que eu trago para o bairro, tudo isso é prejudicado por uma aplicação cega da lei ali”, disse Ferreira.

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