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Mapa mostra as raízes indígenas de Curitiba


Antes da chegada dos colonizadores, região era dividida entre as etnias jê e tupi-guarani. Mapa mostra as raízes indígenas de Curitiba
Esta quarta-feira, dia 19 de abril, é celebrado o Dia dos Povos Indígenas. Em Curitiba, a luta é para preservar a história.
Antes da chegada dos colonizadores, a região onde hoje fica a capital paranaense era dividia entre as etnias Jê e Tupi-guarani. O que já foi uma grande terra indígena, hoje resiste.
Em uma aldeia encravada em plena capital, kaingangues, guaranis e xetás tentam manter vivos os costumes e tradições.
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São 48 famílias sem territórios demarcados numa região que já foi totalmente dominada pelos antepassados deles.
O indígena Leandro Katanh dos Santos afirma que fazem um resgate da cultura. “Canto, dança, comidas típicas”, explica. Indiora Paraná, também indígena, destaca que cabe a eles ensinar e contar as histórias às novas gerações.
Em Curitiba, os ancestrais dos kainkangues viviam em áreas onde hoje ficam bairros como Santa Felicidade e o Bairro Alto. Os antepassados dos guaranis habitavam regiões onde hoje ficam a Cidade Industrial e o Boqueirão. Veja no mapa abaixo:
Mapa mostra onde povos originários viviam em Curitiba
Arte RPC
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A antropóloga Cláudia Parellada, do Museu Paranaense explica que o mapa foi baseado em documentos e escavações que comprovaram a distribuição desses povos.
O legado deles está na cultura, na culinária, no próprio nome da cidade e de alguns lugares batizados com nomes indignas: barigui, é o nome de um pequeno mosquito; tanguá quer dizer baía das conchas e juvevê, espinho chato.
“Isso mostra a diversidade cultural dentro da cidade, que existe até hoje. Hoje temos uma terra indígena na cidade de Curitiba e eu acho que representa um pouco desse passado rico em diversidade e memória”, analisa a antropóloga.
Séculos depois , os povos originários de Curitiba e do Paraná mantém a luta por territórios e direitos. Nesta quarta, no Palácio Iguaçu, foi criado oficialmente o Conselho dos Povos Indígenas do Paraná.
Camila dos santos da silva, indígena, lembra que cada aldeia tem a sua realidade, dificuldades e demandas.
O indigenista Mauro Leno Silvestrin explica que o órgão engloba lideranças indígenas, as comunidades, e instituições de governo ligadas à causa indígena. O objetivo é melhorar a criação de políticas públicas voltadas a essas populações.
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