Crime na Austrália: motorista conta que viu o momento que acusado de matar brasileira jogou chaves em rio; prova foi encontrada a dez metros de profundidade

Mário Marcelo Santoro é acusado de matar Cecília Haddad em 2018. Fantástico teve acesso a imagens inéditas de câmeras de segurança mostrando o então ex-namorado logo depois do crime, quando ele dirigiu um carro até um apartamento que havia alugado. Crime na Austrália: motorista conta que viu o momento que acusado de matar brasileira jogou chaves em rio; prova foi encontrada a dez metros de profundidade
O engenheiro Mário Marcelo Santoro é acusado de ter assassinado a ex-namorada Cecília Haddad na Austrália há cinco anos. O julgamento, que deveria ter acontecido em janeiro deste ano e o réu dispensou seu advogado, está marcado para esta terça-feira (20).
As investigações da polícia australiana revelam que Cecília foi assassinada na casa dela, em Sydney, no dia 28 de abril de 2018.
A necropsia identificou lesões no corpo que indicam que ela tentou se defender do ataque de Mário marcelo. Ainda de acordo com a polícia, ele pegou o carro de Cecília e levou o corpo até a beira de um rio. O corpo estava com pesos amarrados e foi jogado na água.
Imagens inéditas de câmeras de segurança, reveladas pelo Fantástico, mostram que logo depois Mário Marcelo dirigiu o carro até o apartamento que havia alugado – chegou descalço, com os pés molhados, que deixaram pegadas. Mário Marcelo ainda trocou de roupa na lavanderia do prédio e saiu novamente com o carro de Cecília para a estação de trem, onde o carro foi abandonado. O DNA encontrado nos sapatos é compatível com amostras colhidas no apartamento dele
Na Austrália, o carro de Cecília foi periciado. Os policiais encontraram vegetação e areia compatíveis com aquelas do rio, onde estava o corpo. E a análise dos dados de localização do celular de Mário Marcelo mostrou que ele esteve nessa região na data da morte da ex-namorada.
Um depoimento também foi revelador. Mário Marcelo chamou um carro por aplicativo para levá-lo ao aeroporto e pediu que a corrida não fosse registrada no sistema. O que para a polícia australiana é um indício de fuga.
O motorista contou que ao passar por uma ponte, viu o momento em que Mário Marcelo Santoro jogou um conjunto de chaves num rio. Eram justamente a chave do carro e o chaveiro de um ponto turístico do Rio de Janeiro que foram encontrados por mergulhadores três semanas depois do assassinato.
A defesa de Mário
O novo advogado de Mário Marcelo preferiu não comentar a estratégia da defesa.
“Eu acredito, eu tenho convicção na tese que eu sustentarei perante o Conselho de sentença. A tese não é para ser antecipada. A tese é para ser debatida, pra ser exposta lá no dia do julgamento. Não se pode ter um culpado antes de se fazer um julgamento justo”, destaca Rubem Vianna.
Veja a reportagem completa abaixo:
Brasileiro acusado de matar namorada na Austrália vai ser julgado no Rio de Janeiro
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