
Depois de sucesso que atingiu diferentes p\u00fablicos em todo o pa\u00eds, banda paulistana refor\u00e7a expertise autoral com ‘Origens’ e garante ter ao menos 120 in\u00e9ditas para pr\u00f3ximos discos. Grupo \u00e9 uma das atra\u00e7\u00f5es do Jo\u00e3o Rock 2025, em Ribeir\u00e3o Preto. Entrevista: Maneva celebra 20 anos de hist\u00f3ria com turn\u00ea especial
\nUm viol\u00e3o, uma ideia na cabe\u00e7a, o amor pela m\u00fasica. Tales sempre teve o tino para compor e cantar para os amigos, quando conheceu Diego, colega da mesma empresa em que trabalhava e com quem fundou o Maneva em 2005.
\nL\u00e1 se v\u00e3o duas d\u00e9cadas de uma carreira em ascens\u00e3o e ativa: s\u00e3o 14 \u00e1lbuns gravados, entre produ\u00e7\u00f5es de est\u00fadio e ao vivo, praticamente todos autorais, reproduzindo a espiritualidade, a paz e a for\u00e7a do reggae, e tamb\u00e9m abrindo infinitas possibilidades da m\u00fasica, quando a banda paulistana “furou bolhas” e fez sucesso ao rearranjar outros estilos no projeto “Tudo Vira Reggae.”
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\n“A gente ama a m\u00fasica acima de qualquer fama, acima do dinheiro, e a gente sempre a tratou com esse respeito m\u00e1ximo que a deusa m\u00fasica merece, e ela nos presentou com essa forma de a gente poder viver atrav\u00e9s dela”, afirma o vocalista Tales.
\nEm entrevista ao g1, a banda, que recentemente anunciou a turn\u00ea de 20 anos e \u00e9 uma das principais atra\u00e7\u00f5es do Jo\u00e3o Rock 2025, em Ribeir\u00e3o Preto (SP), celebra o sucesso desse e de outros momentos, o retorno \u00e0s ra\u00edzes autorais com “Origem” e garante que apenas est\u00e1 no come\u00e7o, com uma centena de composi\u00e7\u00f5es guardadas, ainda desconhecidas dos f\u00e3s.
\n“A gente tem um drive com mais de 120 can\u00e7\u00f5es in\u00e9ditas”, diz o vocalista.
\nManeva completa 20 anos de carreira com quase 15 \u00e1lbuns lan\u00e7ados
\nPablo Grotto\/Divulga\u00e7\u00e3o Maneva
\n20 anos de carreira
\nQuase dois milh\u00f5es de inscritos no canal no Youtube, can\u00e7\u00f5es com milh\u00f5es de acessos em plataformas de streaming, indica\u00e7\u00e3o ao Grammy Latino, turn\u00ea internacional, shows em grandes festivais como Lollapalooza.
\nOs feitos de uma das bandas de reggae mais bem sucedidas do pa\u00eds s\u00e3o fruto de anos de dedica\u00e7\u00e3o na cena independente e uma atividade autoral que come\u00e7ou cedo.
\nUm ano depois de consolidarem a forma\u00e7\u00e3o, Tales de Polli (voz), Diego Andrade (percuss\u00e3o), Fabinho Ara\u00fajo (bateria), Felipe Sousa (guitarra) e Fernando Gato (baixo) estreavam, em 2006, com o disco “Maneva”, que j\u00e1 trazia potenciais sucessos como “Meu Pai \u00e9 Rastafari”.
\nMas foi em 2009, com “Tempo de Paz” que veio a “virada de chave” na trajet\u00f3ria da banda, como conta o percussionista Diego.
\n“\u00c9 o que tem grandes sucessos como \u2018Saudades do Tempo\u2019, \u2018Pisando descal\u00e7o\u2019, \u2018O \u00caxodo\u2019. A gente lan\u00e7ou e estava meio desanimado com a banda, de as coisas n\u00e3o acontecerem, a gente estava pensando em desistir”, lembra.
\nIntegrantes do Maneva concederam entrevista ao g1
\nArte\/g1
\nNos anos seguintes, a consist\u00eancia musical seria consagrada pela parceria com uma grande gravadora, em 2017, com uma turn\u00ea pela Europa em 2018 e por momentos como a indica\u00e7\u00e3o em 2021 ao Grammy Latino com a m\u00fasica “L\u00e1grimas de Alegria”, gravada com o Natiruts.
\n“O cerimonialista pediu pra todos os indicados se levantarem ali. Esse momento eu guardo com muito carinho, olhar pro lado e ver grandes nomes da m\u00fasica e a gente estar nesse meio, ent\u00e3o foi um momento muito especial na nossa carreira, mais de um minuto todo mundo batendo palma aos indicados”, afirma o baterista Fabinho.
\n‘Tudo Vira Reggae’
\nOs paulistanos j\u00e1 estavam com uma legi\u00e3o de f\u00e3s consolidada quando a pandemia da Covid-19 desafiou todo mundo. Para o Maneva, o per\u00edodo fez surgir a oportunidade de, atrav\u00e9s de uma live, colocar em pr\u00e1tica a ideia de adaptar can\u00e7\u00f5es de outros estilos para a pegada consagrada por Marley e companhia. Surgia assim o “Tudo Vira Reggae”, lan\u00e7ado em 2021.
\n“Hoje \u00e9 imposs\u00edvel voc\u00ea falar de Maneva sem falar de ‘Tudo Vira Reggae’. A gente estourou a bolha do reggae com um trabalho reggae, isso que foi muito legal, uma parada muito significativa. (…) J\u00e1 era um papo que a gente vinha tendo. ‘Nossa, j\u00e1 pensou isso em reggae? J\u00e1 pensou naquilo em reggae?’ Na pandemia a gente estava meio que no \u00f3cio total e falamos ‘vamos tirar essa parada do papel'”, lembra Tales.
\nCom tonalidades e arranjos repaginados, o trabalho teve desde can\u00e7\u00f5es como “Anuncia\u00e7\u00e3o”, de Alceu Valen\u00e7a, e “Eu Te Devoro”, de Djavan, a m\u00fasicas do universo sertanejo como “Apelido Carinhoso”, de Gusttavo Lima, e do pagode, como “Cigana”, do Ra\u00e7a Negra. “O que era para ser uma live virou um DVD. O que era um DVD virou uma parada que realmente caiu no gosto da galera, que explodiu a n\u00edvel nacional.”
\nAlgumas delas fizeram tanto sucesso com a cara do Maneva, que hoje se tornaram indispens\u00e1veis nos shows e ainda tocam nas r\u00e1dios. Talvez a mais emblem\u00e1tica seja a sequ\u00eancia de “Deixe-me ir” (1Kilo e Knust) e “Tem Caf\u00e9” (Gaab e MC Hariel), com uma pegada reggae para m\u00fasicas do rap que j\u00e1 faziam sucesso.
\n“Tivemos diversas m\u00fasicas que a gente fez e na hora falou ‘n\u00e3o, n\u00e3o rolou, e desencanamos’. Mas tiveram algumas que a gente acertou muito bem”, afirma Diego.
\nHit at\u00e9 ent\u00e3o conhecido na voz de Dilsinho e gravado em parceria com Juliette na nova vers\u00e3o, “P\u00e9ssimo Neg\u00f3cio” colocou o Maneva no top 50 do Brasil no Spotify.
\n“Essa foi a primeira m\u00fasica nossa no Top 50 do Spotify. Foi uma parada bem legal. ‘Tudo Vira Reggae’ abriu grandes portas”, afirma Tales.
\nManeva \u00e9 uma das atra\u00e7\u00f5es do Jo\u00e3o Rock 2025
\nPatrick Marques\/g1 AM
\nDe volta \u00e0 ‘Origem’
\nQuando ainda desfrutava do sucesso desse projeto, o Maneva n\u00e3o perdeu tempo em voltar ao est\u00fadio para refor\u00e7ar suas habilidades autorais e lan\u00e7ou, em 2024, o DVD “Origem”, gravado no Deserto do Atacama, no Chile.
\n“A gente s\u00f3 se preocupou em fazer a melhor m\u00fasica, o melhor timbre de guitarra, o melhor timbre de bateria”, afirma Fabinho.
\nPara Tales, a sensa\u00e7\u00e3o era a mesma de quando se reuniu pela primeira vez em est\u00fadio com os companheiros de banda em 2005.
\n“A gente trabalhou com produtores ao longo dos anos. A gente assina de novo a produ\u00e7\u00e3o desse \u00e1lbum. A gente aposta em can\u00e7\u00f5es mais longas, a gente aposta em letras um pouco mais voltadas para o p\u00fablico do Maneva. Acho que o ‘Origem’ traz justamente essa coisa da arte, da m\u00fasica, daquele portal que te leva de novo, como se voc\u00ea fosse uma influ\u00eancia de voc\u00ea mesmo, sabe?”, avalia.
\nNa mesma l\u00f3gica que tem orientado o trabalho da banda desde o in\u00edcio, o Maneva j\u00e1 tem planos de gravar um novo \u00e1lbum em 2025, em meio \u00e0 turn\u00ea dos 20 anos de carreira.
\n“O reggae \u00e9 o estilo que a gente faz, \u00e9 o estilo que a gente ama, estilo que a gente nunca vai abandonar e estamos com o reggae at\u00e9 o final.”
\nE m\u00fasica para isso n\u00e3o falta, garante Tales, que contabiliza com os companheiros cerca de 120 m\u00fasicas in\u00e9ditas, registradas em voz e viol\u00e3o e muito bem guardadas para projetos futuros em uma esp\u00e9cie de banco de dados crescente da banda.
\n “\u00c9 l\u00e1 que a gente consulta quando vai gravar disco novo e sempre est\u00e1 sendo atualizado. Semanalmente a gente vai compondo coisas novas e acho que tem mais”, afirma o percussionista Diego.
\nJo\u00e3o Rock
\nUm dos maiores festivais de m\u00fasica do pa\u00eds, o Jo\u00e3o Rock tamb\u00e9m \u00e9 um importante marco na carreira do Maneva, al\u00e9m de trazer boas recorda\u00e7\u00f5es, das partidas de futebol entre as bandas na v\u00e9spera e encontros no backstage \u00e0 energia dos f\u00e3s.
\nLance de jogo entre Tribo da Periferia e Maneva pelo Jo\u00e3o Rock Futebol Clube
\nRodolfo Tiengo\/G1
\nEm 2019, a banda participava do evento pela primeira vez no palco “Fortalecendo a Cena”. “Tinha tanta gente na frente que o som n\u00e3o deu conta do p\u00fablico que ficou pra assistir”, lembra Tales.
\nSeis anos depois, a banda volta a listar entre as atra\u00e7\u00f5es, mas desta vez no palco principal do Jo\u00e3o Rock, ao lado de refer\u00eancias nacionais do reggae, como o Cidade Negra. Muitas coisas mudaram desde ent\u00e3o, mas a emo\u00e7\u00e3o permanece a mesma.
\n“A gana, o cora\u00e7\u00e3o e a emo\u00e7\u00e3o n\u00e3o mudam muito de 2019 para 2025, tirando a experi\u00eancia, que a gente est\u00e1 com muito mais experi\u00eancia.”
\nVeja mais not\u00edcias do Jo\u00e3o Rock 2025
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