Em nota, a defesa da motorista Jully Gabriella Passos Mota, de 26 anos, lamentou o ocorrido e prestou solidariedade aos amigos e familiares e que a soltura dela teve ‘pleno embasamento legal’. Decis\u00e3o pela soltura de Jully foi da ju\u00edza No\u00eamia Cardoso Leite de Sousa, da comarca de Boa Vista. Motorista que atropelou corredores \u00e9 solta sem pagamento de fian\u00e7a
\n“N\u00e3o daria em nada” e “apenas aguardaria o pagamento da fian\u00e7a para ser liberada”. Estas foram as declara\u00e7\u00f5es da propagandista de produtos m\u00e9dicos Jully Gabriella Passos Mota, de 26 anos, ap\u00f3s ter atropelado quatro corredores de rua no \u00faltimo s\u00e1bado (29). As frases foram ditas para um dos presentes no acidente, segundo a Guarda Civil Municipal (GCM).
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\nEla chegou a ser presa, mas foi solta pela Justi\u00e7a neste domingo (30) na audi\u00eancia de cust\u00f3dia sem pagar fian\u00e7a (leia mais abaixo). Durante o interrogat\u00f3rio, Jully permaneceu em sil\u00eancio. J\u00e1 duas testemunhas reiteraram a vers\u00e3o dada \u00e0 GCM sobre as frases ditas pela mulher.
\nDe acordo com a GCM, a motorista estava em estado vis\u00edvel de embriaguez, com sinais como sonol\u00eancia, olhos vermelhos, e odor de \u00e1lcool no h\u00e1lito. A Pol\u00edcia Militar esteve no local e fez o documento de constata\u00e7\u00e3o de embriaguez da condutora.
\nJully relatou aos guardas que voltava de uma festa, onde ingeriu bebida alco\u00f3lica, estava indo para casa, no bairro Pedra Pintada, mas que “n\u00e3o se recordava do que de fato acorreu no local do acidente”. Uma das testemunhas foi empurrada pela mulher e disse \u00e0 GCM que a “condutora n\u00e3o demonstrou qualquer solidariedade com as v\u00edtimas, mantendo um tom sarc\u00e1stico em suas falas”.
\nEm nota, a defesa da motorista lamentou o ocorrido e prestou solidariedade aos amigos e familiares. Disse ainda que a soltura dela teve “pleno embasamento legal”, pois ela tem resid\u00eancia fixa, trabalho l\u00edcito e n\u00e3o possui antecedentes criminais.
\n“Repudiamos quaisquer constrangimentos e\/ou amea\u00e7as \u00e0 integridade f\u00edsica ou moral de Jully Gabriella Passos Mota, seja nas redes sociais ou qualquer outro meio, no sentido de se ‘fazer justi\u00e7a com as pr\u00f3prias m\u00e3os’, destacando-se que as provid\u00eancias cab\u00edveis j\u00e1 est\u00e3o sendo tomadas”.
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\nMotorista que atropelou corredores e disse que ‘n\u00e3o daria em nada’ \u00e9 solta pela Justi\u00e7a sem fian\u00e7a
\nOs corredores feridos s\u00e3o da equipe Runners Team. Ficaram feridos um engenheiro de produ\u00e7\u00e3o dono de uma metal\u00fargica, Jos\u00e9 Francisco Gomes de 49 anos, e a esposa dele Jeyssiane Gabriella Monteiro, uma empres\u00e1ria de 25, al\u00e9m de outro casal, de 43 e 38 anos. O dono da metal\u00fargica segue em coma induzido no Hospital Geral de Roraima (HGR).
\nO atropelamento foi por volta das 4h40 durante um treino coletivo com cerca de 30 atletas. Na delegacia, Jully foi autuada em flagrante por les\u00e3o corporal culposa de tr\u00e2nsito e les\u00e3o corporal qualificada pela embriaguez ao volante.
\nA equipe Runners Team publicou uma nota de rep\u00fadio \u00e0 soltura dela, destacando a “profunda indigna\u00e7\u00e3o e rep\u00fadio \u00e0 decis\u00e3o da Justi\u00e7a de Roraima”.
\n“A condutora estava, de acordo com o relato de testemunhas e v\u00eddeos divulgados na internet, em flagrante estado de embriaguez ao volante, o que torna sua conduta ainda mais grave e irrespons\u00e1vel. A soltura dela \u00e9 um precedente perigoso e envia uma mensagem equivocada \u00e0 sociedade: que a embriaguez ao volante e o risco de colocar a vida dos outros em perigo n\u00e3o t\u00eam consequ\u00eancias”.
\nCarro conduzido pela propagandista m\u00e9dica, de 26 anos, ap\u00f3s ela bater em quatro corredores
\nArquivo pessoal
\nAtropelamento dos corredores e soltura
\n\u00c0 Rede Amaz\u00f4nica, um colega dos corredores atingido disse que viu quando as quatro v\u00edtimas foram atropeladas. Elas corriam no acostamento, na parte de terra, quando foram atingidos pela picape conduzida pela motorista. A Pol\u00edcia Militar esteve no local, fez o documento de constata\u00e7\u00e3o de embriaguez da condutora.
\nDuas mulheres que corriam com o grupo disseram que depois da batida, o engenheiro e o outro homem atropelado ainda foram arrastados por alguns metros. Al\u00e9m disso, uma equipe de peritos da Pol\u00edcia Civil esteve no local para coletar as evid\u00eancias que do acidente.
\nA motorista foi presa e levada ao 5\u00ba Distrito Policial. Na delegacia, ela foi autuada em flagrante por les\u00e3o corporal culposa de tr\u00e2nsito e les\u00e3o corporal qualificada pela embriaguez ao volante.
\nA decis\u00e3o pela soltura foi da ju\u00edza No\u00eamia Cardoso Leite de Sousa, da comarca de Boa Vista. Ela entendeu que a “aplica\u00e7\u00e3o de medidas cautelares diversas da pris\u00e3o seriam suficientes para evitar a pr\u00e1tica de outras infra\u00e7\u00f5es penais”.
\nA decis\u00e3o da ju\u00edza se baseou no princ\u00edpio de que a “pris\u00e3o anterior \u00e0 senten\u00e7a condenat\u00f3ria \u00e9 medida de exce\u00e7\u00e3o, devendo ser mantida ou decretada apenas quando evidente a sua necessidade ou imprescindibilidade”. Foram impostas medidas cautelares \u00e0 jovem, sendo elas:
\nComparecimento mensal em ju\u00edzo;
\nComunicar qualquer mudan\u00e7a de endere\u00e7o;
\nN\u00e3o se ausentar da Comarca por mais de 8 (oito) dias sem comunicar ao Ju\u00edzo;
\nN\u00e3o frequentar bares e estabelecimentos que vendam bebidas alco\u00f3licas;
\nRecolhimento domiciliar no per\u00edodo noturno das 20h00 \u00e0s 06h00, de segunda \u00e0 sexta-feira, e recolhimento domiciliar integral aos finais de semana e nos dias de folga.
\nAo g1, a esposa do engenheiro afirmou a libera\u00e7\u00e3o da motorista causou um sentimento de revolta, ang\u00fastia e tristeza nas fam\u00edlias das v\u00edtimas.
\n“Um sentimento de revolta, de ang\u00fastia, de tristeza, porque ela vai continuar com a vida dela normal enquanto n\u00f3s tivemos nossas vidas modificadas, dilaceradas. N\u00e3o vai ser, n\u00e3o vai voltar ao normal, n\u00e3o vai ser mais normal”, disse Jeyssiane.
\n“Afetou a vida de n\u00f3s quatro e a pessoa ser liberada sem nenhuma puni\u00e7\u00e3o traz um sentimento de revolta, muita revolta. Ainda mais que as testemunhas falaram que ela disse que n\u00e3o iria acontecer nada com ela”, ressaltou.
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