Um estudo feito pela consultoria socioambiental Tew\u00e1 225 revelou que\u00a085% dos munic\u00edpios com mais de 100 mil habitantes tem n\u00edveis considerados \u201cmuito baixos\u201d no que se trata de igualdade de g\u00eanero. Itaja\u00ed, no Litoral Norte, foi considerada a pior cidade teve a pontua\u00e7\u00e3o mais baixa em Santa Catarina na\u00a0primeira edi\u00e7\u00e3o do relat\u00f3rio \u201cPiores Cidades Para Ser Mulher\u201d.<\/p>\n
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Estudo utilizou par\u00e2metros da ONU para dar pontua\u00e7\u00f5es \u00e0s cidades analisadas \u2013 Foto: Canva\/ND<\/p>\n<\/div>\n
O objetivo do estudo que definiu a cidade como a pior para ser mulher em Santa Catarina foi avaliar o desempenho de cada cidade em proporcionar um ambiente seguro e justo para as mulheres, a partir da an\u00e1lise de 319 munic\u00edpios com mais de 100 mil habitantes (que representam cerca de 60% da popula\u00e7\u00e3o urbana brasileira).<\/p>\n
O levantamento diz respeito ao ano de 2024 e foi realizado por meio de dados do \u00cdndice de Desenvolvimento Sustent\u00e1vel das Cidades (IDSC-BR). O foco foi nos indicadores do ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustent\u00e1vel) n\u00famero 5 da ONU relacionados a:<\/p>\n
Cada indicador foi pontuado de 0 a 100, considerando recortes como etnia, regionalidade, biomas e economia que impactam as oportunidades dispon\u00edveis para as mulheres.<\/p>\n
No geral, os munic\u00edpios brasileiros obtiveram resultados insatisfat\u00f3rios pelo n\u00famero de feminic\u00eddios e baixa representatividade feminina na pol\u00edtica. Na \u00faltima legislatura, por exemplo, dos 17 vereadores da cidade de Itaja\u00ed, apenas cinco eram mulheres.<\/p>\n
Em Itaja\u00ed, dados relacionados ao mercado de trabalho tamb\u00e9m se mostraram preocupantes: a raz\u00e3o salarial entre homens e mulheres obteve resultado de 0,65, ou seja:\u00a0para cada real que um homem ganha, uma mulher, em m\u00e9dia, ganha apenas R$ 0,65 na cidade.<\/p>\n
\u201cNeste momento de renova\u00e7\u00e3o dos mandatos das prefeituras e do legislativo municipal, este estudo se apresenta como uma ferramenta para que os novos gestores compreendam as disparidades que ainda persistem identificadas na pesquisa e adotem pol\u00edticas p\u00fablicas mais assertivas.\u201d, explica a CEO da Tew\u00e1 225 e coordenadora executiva do estudo, Luciana Sonck, que tamb\u00e9m \u00e9 mestre em planejamento territorial e especialista em governan\u00e7a.<\/p>\n
Itaja\u00ed obteve nota baixa no estudo e \u00e9 considerada a pior cidade para ser mulher em Santa Catarina \u2013 Foto: Marcos Porto\/PMI<\/p>\n<\/div>\n
Com um score de\u00a029,98, Itaja\u00ed \u00e9 considerada pelo estudo como a pior cidade para ser mulher em Santa Catarina, ficando em 56\u00ba lugar no ranking nacional. A cidade do Litoral Norte est\u00e1 bem a frente do segundo lugar no estado, Lages, que ocupa 168\u00aa posi\u00e7\u00e3o geral, com\u00a0<\/span>35,06 pontos.<\/p>\n
O ND Mais<\/strong>, a Prefeitura de Itaja\u00ed refor\u00e7ou que os\u00a0dados apresentados pelo estudo s\u00e3o referentes \u00e0 antiga gest\u00e3o. Al\u00e9m disso, mencionou que em 2025 a proje\u00e7\u00e3o da Secretaria de Assist\u00eancia Social \u00e9 de que ser\u00e1 investido mais de R$ 1 milh\u00e3o em uma institui\u00e7\u00e3o que acolhe mulheres v\u00edtimas de viol\u00eancia dom\u00e9stica. O Munic\u00edpio tamb\u00e9m ressaltou que novas pol\u00edticas p\u00fablicas est\u00e3o sendo constru\u00eddas em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.<\/p>\n
O Conselho citado lamentou, por meio de nota assinada pela presidente Aruana Boettcher da Costa, a coloca\u00e7\u00e3o da cidade de Itaja\u00ed no ranking.\u00a0\u201c\u00c9 essencial que continuemos trabalhando juntos para: promover a igualdade de oportunidades para as mulheres; combater a viol\u00eancia e a discrimina\u00e7\u00e3o; fortalecer a participa\u00e7\u00e3o pol\u00edtica das mulheres\u201d, diz.<\/p>\n
A nota refor\u00e7a iniciativas que j\u00e1 existem no Munic\u00edpio. \u201cImportante mencionar que no nosso munic\u00edpio existem pol\u00edticas p\u00fablicas para as mulheres, como: atendimento para mulheres v\u00edtimas de viol\u00eancia atrav\u00e9s do Centro de Refer\u00eancia Especializado de Assist\u00eancia Social, aux\u00edlio natalidade para mulheres gestantes atrav\u00e9s dos Centros de Refer\u00eancia de Assist\u00eancia Social\u201d.<\/p>\n
A mensagem do conselho tamb\u00e9m convida a comunidade a participar das reuni\u00f5es que ocorrem sempre na primeira sexta-feira de cada m\u00eas, \u00e0s 14h, na sede da Secretaria de Assist\u00eancia Social.<\/p>\n
\u201cO Conselho da Mulher est\u00e1 lutando a cada dia por melhorias, como a implementa\u00e7\u00e3o do aluguel social para v\u00edtimas de viol\u00eancia que em breve ser\u00e1 implantado em Itaja\u00ed.\u00a0Convidamos a todos a se juntarem a n\u00f3s nessa luta pela igualdade e justi\u00e7a.\u00a0Juntas, podemos construir uma cidade mais inclusiva e equitativa para todas\u201d, finaliza a nota.<\/p>\n<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Um estudo feito pela consultoria socioambiental Tew\u00e1 225 revelou que\u00a085% dos munic\u00edpios com mais de 100 mil habitantes tem n\u00edveis considerados \u201cmuito baixos\u201d no que se trata de igualdade de g\u00eanero. Itaja\u00ed, no Litoral Norte, foi considerada a pior cidade teve a pontua\u00e7\u00e3o mais baixa em Santa Catarina na\u00a0primeira edi\u00e7\u00e3o… Continue lendo