O Projeto Aroeiras, no Bairro Shopping Park, em Uberl\u00e2ndia, acolhe mulheres em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade e as ensina a costurar. Elas confeccionam bolsas, recebem parte dos lucros das vendas e ajudam a manter a iniciativa, que promove autonomia e transforma\u00e7\u00e3o social. Projeto Aroeiras ensina mulheres corte e costura; as costureiras recebem parte do lucro das vendas das bolsas que confeccionam
\nReprodu\u00e7\u00e3o\/TV Integra\u00e7\u00e3o
\n“Empreendedorismo na moda e uma oportunidade para recome\u00e7ar \u00e9 o que um projeto da Universidade Federal de Uberl\u00e2ndia (UFU) oferece para mulheres em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade socioecon\u00f4mica do Bairro Shopping Park, em Uberl\u00e2ndia. A iniciativa foi destaque no Integra\u00e7\u00e3o na Universidade no MG2 desta ter\u00e7a-feira (25).
\nAo longo de dez reportagens, a s\u00e9rie vai mostrar iniciativas de extens\u00e3o das universidades e faculdades de Uberl\u00e2ndia que contribuem de alguma forma para a popula\u00e7\u00e3o.
\n“A educa\u00e7\u00e3o superior desempenha um papel fundamental na forma\u00e7\u00e3o de cidad\u00e3os, profissionais qualificados e no desenvolvimento de solu\u00e7\u00f5es para os nossos problemas sociais. Com O Integra\u00e7\u00e3o na Universidade estamos colocando luz no conhecimento, na inova\u00e7\u00e3o e no futuro!”, disse a diretora de jornalismo da TV Integra\u00e7\u00e3o, Daniela Abreu.
\nAcolhimento e profissionaliza\u00e7\u00e3o
\nO Projeto Aroeiras ensina corte e costura para essas mulheres, apresentando a elas um complemento de renda e um prop\u00f3sito. Os encontros acontecem aos s\u00e1bados no Centro Comunit\u00e1rio Sal da Terra, e s\u00e3o ministrados por uma professora volunt\u00e1ria e alunos do projeto de extens\u00e3o Enactus da UFU.
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\nO Enactus UFU faz parte de uma rede internacional de l\u00edderes comprometidos a utilizar neg\u00f3cios para um impacto socioambiental positivo. Estudantes de diferentes cursos fazem parte da equipe e alguns auxiliam no Projeto Aroeiras.
\nA iniciativa social nasceu em 2019, quando a equipe entrou em contato com a institui\u00e7\u00e3o beneficente Casa Fraterna, que atende pessoas em situa\u00e7\u00e3o de vulnerabilidade socioecon\u00f4mica.
\nAs mulheres assistidas pela organiza\u00e7\u00e3o foram ouvidas pelos estudantes, que descobriram um desejo em comum entre elas de aprender a costurar e ter um retorno financeiro com isso. O projeto come\u00e7ou, ent\u00e3o, a ministrar capacita\u00e7\u00f5es para esse grupo.
\n“Aqui eu esque\u00e7o da vida, esque\u00e7o dos problemas. Aqui me d\u00e1 prazer, felicidade”, conta Nina Santos, uma das mulheres que participa do projeto.
\nFoi em 2022 que o projeto fechou uma parceria com a empresa Grupo Soma para receber os retalhos de tecidos que seriam descartados por marcas famosas da moda brasileira. No mesmo ano, a iniciativa tamb\u00e9m conseguiu a disponibilidade do espa\u00e7o do Centro Comunit\u00e1rio Sal da Terra para se reunirem.
\nEm 2023, o Projeto Aroeiras come\u00e7ou a comercializar os seus produtos, as “Ecobags Aroeiras”. Hoje em dia, as mulheres tamb\u00e9m fazem shoulder bags e necessaires. As pe\u00e7as s\u00e3o vendidas online ou por meio de feiras na UFU.
\nO lucro das vendas \u00e9 voltado para as costureiras e parte dele \u00e9 direcionado para a manuten\u00e7\u00e3o do pr\u00f3prio projeto, na compra de m\u00e1quinas e outros utens\u00edlios de corte e costura.
\n“Me ajudou muito financeiramente. Eu j\u00e1 fiz coisas na minha casa, sobre constru\u00e7\u00e3o, que eu n\u00e3o tinha condi\u00e7\u00f5es e o Projeto Aroeiras me ajudou”, disse Lenir Vasconcelos Ferreira, costureira da iniciativa.
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\nAl\u00e9m do lucro, uma paix\u00e3o
\nNina Santos, uma das costureiras do Projeto Aroeiras, com uma ecobag feita por elas
\nReprodu\u00e7\u00e3o\/TV Integra\u00e7\u00e3o
\nO Integra\u00e7\u00e3o na Universidade, al\u00e9m de apresentar o Projeto Aroeiras, tamb\u00e9m contou um pouco da hist\u00f3ria das costureiras assistidas pela iniciativa e que tiveram suas vidas transformadas.
\nA Nina Santos trabalha em uma organiza\u00e7\u00e3o sem fins lucrativos, ajudando na limpeza e no cuidado com as crian\u00e7as. No entanto, \u00e9 nos encontros do Projeto Aroeiras que ela encontrou a sua verdadeira satisfa\u00e7\u00e3o.
\n“Mas aos s\u00e1bados eu venho aqui costurar que \u00e9 o que eu gosto e que me d\u00e1 prazer e felicidade”, afirma Nina.
\nJ\u00e1 a Maria dos Santos Rodrigues, outra assistida pela iniciativa, nunca trabalhou com costura e est\u00e1 no projeto desde o in\u00edcio dele. Ela trabalhava em uma lavanderia. “Mas toda a vida eu gostei de costurar, s\u00f3 n\u00e3o tive a oportunidade”, ela conta.
\nMaria tamb\u00e9m falou sobre o sentimento ao ver outras pessoas usando as bolsas que ela faz: “Eu fico t\u00e3o feliz! Fui eu que fiz. \u00c9 bom demais”.
\n“Eu cresci muito profissionalmente. Eu acredito que eu possa sair daqui uma grande costureira”, comenta Nina Santos.
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