Gr\u00e1vida e rec\u00e9m-nascido morreram durante parto, mas outra crian\u00e7a seria enterrada com mulher. Associa\u00e7\u00e3o que administra hospital diz que vai recorrer. Cemit\u00e9rio municipal de Caxambu do Sul
\nPrefeitura de Caxambu do Sul\/Divulga\u00e7\u00e3o
\nIrm\u00e3o e tios de uma mulher e do beb\u00ea dela, que nasceu morto, v\u00e3o receber indeniza\u00e7\u00f5es ap\u00f3s ser descoberta a troca do corpo da crian\u00e7a na hora do sepultamento. Os seis familiares ser\u00e3o indenizados em R$ 5 mil cada um, divulgou o Poder Judici\u00e1rio.
\nO caso ocorreu em novembro de 2021 em Caxambu do Sul, no Oeste de Santa Catarina. A defesa da Associa\u00e7\u00e3o Hospitalar Leonir Vargas Ferreira, que administra o Hospital Regional do Oeste, afirmou que vai recorrer.
\nO g1 entrou em contato com a Procuradoria-Geral de Santa Catarina e n\u00e3o havia obtido retorno at\u00e9 a \u00faltima atualiza\u00e7\u00e3o desta reportagem.
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\nA mulher morreu durante o parto e o beb\u00ea, do sexo masculino, n\u00e3o sobreviveu. As mortes ocorreram no Hospital Regional do Oeste, em Chapec\u00f3, tamb\u00e9m Oeste do estado, em 16 de novembro de 2021, durante a pandemia da Covid-19.
\nCom a troca do corpo da crian\u00e7a, a mulher seria enterrada ao lado de outro beb\u00ea, uma menina, que n\u00e3o era filha dela. De acordo com o Poder Judici\u00e1rio, o erro s\u00f3 foi descoberto no momento do sepultamento, no cemit\u00e9rio de Caxambu do Sul, a cerca de 30 quil\u00f4metros de Chapec\u00f3.
\nUm agente funer\u00e1rio notou que algo estava errado e entrou em contato com a fam\u00edlia. O caix\u00e3o, que estava lacrado por conta da suspeita de infec\u00e7\u00e3o por Covid, precisou ser aberto.
\nDez familiares entraram com uma a\u00e7\u00e3o judicial com pedidos de indeniza\u00e7\u00e3o por danos morais. Em primeiro grau, foi decidido pelo valor de R$ 3 mil. Por\u00e9m, o Tribunal de Justi\u00e7a de Santa Catarina aumentou a indeniza\u00e7\u00e3o para R$ 5 mil.
\nO pedido apresentado por outros quatro familiares \u2014 padrasto e tr\u00eas cunhados \u2014 foi mantido como improcedente, por falta de comprova\u00e7\u00e3o do abalo emocional. A decis\u00e3o tamb\u00e9m confirmou a responsabilidade solid\u00e1ria do Estado de Santa Catarina e da organiza\u00e7\u00e3o civil que administra o hospital.
\nO fato de uma pessoa n\u00e3o identificada ter retirado o natimorto do necrot\u00e9rio, sem confer\u00eancia adequada por parte do hospital, permitiu essa \u201clament\u00e1vel situa\u00e7\u00e3o\u201d, destacou o desembargador Luiz Fernando Boller, relator do caso.
\nO magistrado ainda ressaltou o impacto emocional do epis\u00f3dio: \u201cComo se n\u00e3o bastasse a dor sofrida pela perda de um ente querido, os familiares e amigos tiveram que presenciar a exuma\u00e7\u00e3o dos corpos para averiguar se efetivamente o natimorto que estava enterrado com a falecida era seu filho\u201d, contextualizou.
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\nV\u00cdDEOS: mais assistidos do g1 SC nos \u00faltimos 7 dias<\/div>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"