Cantora relembra o grande repert\u00f3rio, incluindo cl\u00e1ssicos como “O amanh\u00e3”, “T\u00f4 chegando” e “O que ser\u00e1”. Show est\u00e1 marcado para 21h deste s\u00e1bado (15) no Cine-Theatro Central. Simone
\nLorena Dini \/ Divulga\u00e7\u00e3o
\nComemorando 50 anos de carreira, Simone estreia, na noite deste s\u00e1bado (15), a turn\u00ea comemorativa em Juiz de Fora. “T\u00f4 voltando” vai relembrar as melhores can\u00e7\u00f5es de toda a carreira da artista baiana, em um show que tende \u00e0 emo\u00e7\u00e3o e ao espet\u00e1culo.
\nA artista conversou com o g1 um dia antes de subir ao palco do Cine-Theatro Central sobre os preparativos para a apresenta\u00e7\u00e3o e tamb\u00e9m sobre sua rela\u00e7\u00e3o afetiva com Juiz de Fora, onde vinha visitar os tios na inf\u00e2ncia e cidade onde viveu Sueli Costa, grande amiga e compositora de alguns dos seus maiores sucessos.
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\nA trajet\u00f3ria da artista como uma das maiores int\u00e9rpretes do Brasil ser\u00e1 relembrada hit a hit, incluindo “T\u00f4 voltando”, que d\u00e1 nome \u00e0 turn\u00ea. Voc\u00ea se lembra da can\u00e7\u00e3o: \ud83c\udfbc”Pode ir armando o coreto e preparando aquele feij\u00e3o-preto, eu t\u00f4 voltando”.
\nSimone explicou que muitas m\u00fasicas precisaram ficar de fora, mesmo algumas preferidas dela ou do diretor-geral do espet\u00e1culo Marcus Preto.
\nO repert\u00f3rio tamb\u00e9m passar\u00e1 por outros grandes compositores da M\u00fasica Popular Brasileira (PMB), como Milton Nascimento, Ivan Lins, Sueli Costa, Jo\u00e3o Bosco, Martinho da Vila, Gonzaguinha e Chico Buarque. Em algumas can\u00e7\u00f5es, as primeiras vers\u00f5es ganharam o Brasil por meio da voz de Simone, que deu pr\u00f3prio “selo” \u00e0s m\u00fasicas.
\nOs f\u00e3s de Juiz de Fora tamb\u00e9m v\u00e3o acompanhar a cantora interpretando pela primeira vez a can\u00e7\u00e3o “Divina Com\u00e9dia Humana”, lan\u00e7ada por Belchior em 1978. A can\u00e7\u00e3o foi oferecida a ela um ano antes do lan\u00e7amento, mas acabou ficando fora do disco “Face a Face”.
\n“Eu quero crer que tudo tem uma hora certa na vida, eu n\u00e3o sei porque ela n\u00e3o saiu no disco de 1977. Realmente n\u00e3o lembro, mas chegou a hora. Eu precisei ter uma pessoa como o Preto [Marcus Preto, diretor-geral da turn\u00ea] que me trouxesse essa m\u00fasica, me desse um documento pra eu ler, porque realmente n\u00e3o lembrava”, explica.
\nO diretor, que tamb\u00e9m participou da conversa com o g1, diz que a estreia em Juiz de Fora ter\u00e1 estrutura semelhante aos pr\u00f3ximos shows no Rio de Janeiro, em S\u00e3o Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Natal.
\n“O que o p\u00fablico vai acompanhar em Juiz de Fora \u00e9 tudo que vai ter na turn\u00ea”.
\nBelchior canta “Divina com\u00e9dia humana”
\nReprodu\u00e7\u00e3o\/TV Globo
\nDividida em 10 shows, a turn\u00ea vai at\u00e9 9 de dezembro.
\nOs tios e Sueli Costa, a amiga de longa data
\nSueli Costa, carioca criada em Juiz de Fora e falecida em mar\u00e7o deste ano, tamb\u00e9m foi lembrada por Simone durante a conversa com a reportagem.
\nA compositora \u00e9 respons\u00e1vel por grandes can\u00e7\u00f5es como \u201cFace a Face\u201d e \u201cPeda\u00e7os\u201d.
\nPara Simone, Sueli era o “farol” e uma grande companheira, n\u00e3o somente na m\u00fasica, mas na vida. Ela explica que no Dia das Mulheres foi perguntada o que era ser mulher e respondeu lembrando a amiga:
\n‘Ser mulher \u00e9 amar e cantar Sueli Costa’. Eu a conheci no in\u00edcio da carreira. N\u00f3s viajamos juntas, fizemos projetos juntas, cantamos juntas. Todas as grava\u00e7\u00f5es est\u00e1vamos juntas. Ela era espetacular. Infelizmente tivemos a perda, mas \u00e9 a vida.
\nA cantora diz que tamb\u00e9m guarda lembran\u00e7as da cidade ainda dos tempos de crian\u00e7a, j\u00e1 que os tios moravam na Rua Delfim Moreira, no Bairro Granbery.
\nSimone e equipe durante entrevista ao g1 Zona da Mata em Juiz de Fora
\nPedro Emerenciano\/g1
\nEla diz que 50 anos depois de pisar pela primeira vez em um palco, a sensa\u00e7\u00e3o antes do show \u00e9 pior, pela inseguran\u00e7a, pela tens\u00e3o e pelo peso de fazer um espet\u00e1culo de meio s\u00e9culo.
\nAos 74 anos, mesmo com olhar e jeito t\u00edmido, ela refor\u00e7a sua rela\u00e7\u00e3o com o palco.
\n\u201cO dia que n\u00e3o bater esse sino, eu n\u00e3o vou subir ao palco. Porque palco \u00e9 templo, \u00e9 uma conex\u00e3o direta com a m\u00fasica, o superior, seja o que for ele\u201d, diz com emo\u00e7\u00e3o a artista.
\nSegundo ela, voltar, verbo do t\u00edtulo da turn\u00ea, \u00e9 essencial para dizer “muit\u00edssimo obrigada pelo que fizeram e fazem por mim”.
\nDe Salvador para o mundo
\nNascida em Salvador, no Natal de 1949, Simone estreou como cantora profissional em 20 de mar\u00e7o de 1973.
\nNeste ano, ela trocou a bola de basquete pelo microfone, para ser apresentada \u00e0 imprensa e subir ao palco pela primeira vez no anivers\u00e1rio de 10 anos de carreira de Altemar Dutra, quando contaminada pela emo\u00e7\u00e3o e entusiasmo, deixou gotas de urina escorrerem durante a apresenta\u00e7\u00e3o, como contou ao g1.
\nDe l\u00e1 para c\u00e1, gravou 31 \u00e1lbuns de est\u00fadio e seis shows ao vivo, alguns produzidos especialmente para o mercado internacional.
\nCapa do \u00e1lbum ‘Quatro paredes’, de Simone
\nWalter Firmo
\nDentre as m\u00fasicas gravadas, 50 foram trilhas ou hits em listas das mais tocadas no pa\u00eds.
\nEm 1979, lan\u00e7ou o \u00e1lbum \u201cPeda\u00e7os\u201d, que a colocou definitivamente na \u201cprimeira\u201d prateleira da m\u00fasica popular brasileira (MPB).
\nSimone relembrou diversos outros momentos da carreira dela, como a apresenta\u00e7\u00e3o de 1982 no festival Canta Brasil, no Est\u00e1dio do Morumbi, que reuniu grandes nomes da MPB como Chico Buarque, Clara Nunes, Ivan Lins, Fagner e Milton Nascimento, um dos grandes amigos e mestres dela.
\nO peso de Simone vai al\u00e9m da m\u00fasica, tendo ela ditado moda e comportamento, com os pr\u00f3prios padr\u00f5es est\u00e9ticos e sexuais, encorajando mulheres da gera\u00e7\u00e3o dela e de posteriores.
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\nEstagi\u00e1rio sob supervis\u00e3o de Juliana Netto.
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