De acordo com os dados, 7.865 pessoas vivem esta realidade no Rio. O n\u00famero \u00e9 8,2% maior do que na \u00faltima contagem, feita em 2020. Censo mostra que n\u00famero de pessoas vivendo nas ruas aumentou 8,2% em dois anos
\nUm levantamento mostrou que o n\u00famero de pessoas em situa\u00e7\u00e3o de rua no Rio de Janeiro aumentou desde 2020. De acordo com os dados, 7.865 pessoas vivem esta realidade no Rio. O n\u00famero \u00e9 8,2% maior do que na \u00faltima contagem, feita em 2020.
\nO perfil das pessoas que n\u00e3o possuem endere\u00e7o na cidade \u00e9 bem estabelecido. Deste total, 82% \u00e9 de homens. S\u00e3o pretos ou pardos (84%), possuem o ensino fundamental incompleto (64%) e 11% deles n\u00e3o consegue ler ou escrever bilhetes simples. Os dados s\u00e3o da Prefeitura do Rio.
\nA maioria tem idade entre 31 e 49 anos, representando 40,5% das pessoas sem teto na capital fluminense.
\nLu\u00eds Claudio Pereira viveu a realidade das ruas por 12 anos.
\n\u201cFoi sofrido, foi doloroso foi cruel, V\u00e1rias vezes confundido com ladr\u00e3o, sendo discriminado, pisado. Quando eu decidi mudar de vez eu disse que nunca mais queria isso para a minha vida\u201d, disse Lu\u00eds.
\nO censo da popula\u00e7\u00e3o que vive nas ruas do Rio de Janeiro mostrou ainda que 1.227 pessoas enfrentam a depend\u00eancia qu\u00edmica, 3,1% a mais que em 2020.
\nO n\u00famero de crian\u00e7as e adolescentes nas ruas caiu 7% em compara\u00e7\u00e3o com o levantamento de 2020. O maior grupo tem idade de 12 a 17 anos, representando 69,8% do total. De acordo com a Secretaria de Assist\u00eancia Social do Rio, eles est\u00e3o concentrados, principalmente, nas zonas Sul e Norte. A maioria frequenta ou j\u00e1 frequentou a escola (57%) e consegue ler ou escrever mensagens simples (76%).
\nO n\u00famero de idosos nas ruas, no entanto, aumentou 26% em compara\u00e7\u00e3o com os dados de 2020, totalizando 446 pessoas. Destes, 91% tem idade entre 60 e 69 anos.
\nMais da metade dos idosos que n\u00e3o possuem lar (55%) possui algum tipo de defici\u00eancia. Questionados pelos motivos que os levaram a sair de casa, a maioria mencionou conflitos familiares.
\nN\u00famero de pessoas em situa\u00e7\u00e3o de rua no Rio aumentou; maioria \u00e9 preta ou parda e possui baixa escolaridade
\nReprodu\u00e7\u00e3o\/ TV Globo
\nLuta por comida
\nOs entrevistados tamb\u00e9m falaram sobre a inseguran\u00e7a alimentar e a luta para conseguir comer. Nos sete dias anteriores \u00e0s respostas do question\u00e1rio, 40% das pessoas em situa\u00e7\u00e3o de rua contaram que ficaram um dia inteiro sem ingerir nenhum alimento.
\nAl\u00e9m disso, 47% dos entrevistados contaram que j\u00e1 passaram um dia apenas com o que conseguiram por meio de doa\u00e7\u00f5es. E 1,2% contaram que chegaram a coletar alimentos do lixo.
\nQuestionados sobre o que faziam para obter renda, mais da metade (57%) disse que cata materiais recicl\u00e1veis. A venda de produtos como ambulante e a atua\u00e7\u00e3o como flanelinha tamb\u00e9m foram bastante citados.
\nPara tentar reduzir o problema, o munic\u00edpio quer aumentar o n\u00famero de vagas em albergues, al\u00e9m de tentar uma parceria com donos de bares, restaurantes, supermercados e hot\u00e9is. A ideia \u00e9 incentivar a oferta de cursos e treinamento pata que essas pessoas tenham algum tipo de renda.
\n\u201cEsse n\u00famero significa uma perda grande para as pessoas e para a sociedade. S\u00e3o pessoas em idade em que poderiam produzir. Precisamos abra\u00e7ar pessoas, trazer de volta ao conv\u00edvio. A iniciativa que temos tomado seria em rela\u00e7\u00e3o a uma rede de hot\u00e9is, supermercado, constru\u00e7\u00e3o civil, muito emprego sendo gerado e pode ser um caminho para que parte da popula\u00e7\u00e3o reconstrua a vida\u201d, afirmou Adison Pires, secret\u00e1rio Municipal de Assist\u00eancia Social.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

De acordo com os dados, 7.865 pessoas vivem esta realidade no Rio. O n\u00famero \u00e9 8,2% maior do que na \u00faltima contagem, feita em 2020. Censo mostra que n\u00famero de pessoas vivendo nas ruas aumentou 8,2% em dois anos Um levantamento mostrou que o n\u00famero de pessoas em situa\u00e7\u00e3o de… Continue lendo → <\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":4402,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":["post-4401","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-sem-categoria"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4401","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=4401"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/4401\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/4402"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=4401"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=4401"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=4401"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}