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Crime, que aconteceu em 2012, foi julgado nesta segunda-feira (24) e durou 12 horas. Advogado do acusado disse que vai recorrer da decis\u00e3o. Luciano \u00c2ngelo Lima Filho morreu com um tiro nas costas aos 15 anos, em Ribeir\u00e3o Preto, SP
\nArquivo Pessoal
\nO policial militar aposentado Valdinei Cec\u00edlio de Brito foi condenado, nesta segunda-feira (24), a 24 anos de pris\u00e3o pela morte do adolescente Luciano \u00c2ngelo de Lima Filho. O crime aconteceu no dia 8 de outubro de 2012, um dia depois do anivers\u00e1rio de Luciano.
\nBrito respondia o processo em liberdade. Ap\u00f3s 11 anos, ele foi levado a j\u00fari popular no F\u00f3rum de Ribeir\u00e3o Preto (SP) nesta segunda.
\nO julgamento durou 12 horas e os jurados decidiram pela condena\u00e7\u00e3o do r\u00e9u por homic\u00eddio duplamente qualificado.
\nAo g1, o advogado de defesa de Brito, Julio Mossin, disse que vai recorrer da decis\u00e3o e o PM vai aguardar o julgamento do recurso em liberdade.
\nAv\u00f3 de Luciano, Arlete Serafim dos Santos, de 68 anos, disse a fam\u00edlia recebeu a not\u00edcia da condena\u00e7\u00e3o com alegria.
\n“Sempre vai ter o vazio de ele ter partido, mas, pelo menos, temos o sentimento de justi\u00e7a. Recebemos a not\u00edcia com alegria e choradeira. Ficamos muito felizes, porque foi uma barra escutar o advogado [de defesa do r\u00e9u] falando que ele [Luciano] era bandido. Eu vou deitar hoje, 11 anos passados da minha vida, e ter o sono do descanso”.
\nO crime
\nLuciano morreu com um tiro nas costas em 2012 depois de uma breve discuss\u00e3o com o ent\u00e3o PM Valdinei Cec\u00edlio de Brito por conta de um cone de tr\u00e2nsito.
\nO crime aconteceu pr\u00f3ximo a um posto de combust\u00edvel na Avenida Patriarca, no Jardim Piratininga, no dia 8 de outubro, um dia depois do anivers\u00e1rio da v\u00edtima.
\nBrito nunca foi preso. Na \u00e9poca, ele chegou a afirmar que agiu em leg\u00edtima defesa, porque Luciano teria tentado assalt\u00e1-lo, fato que foi descartado durante as investiga\u00e7\u00f5es.
\nO inqu\u00e9rito foi conclu\u00eddo em fevereiro de 2013 e o ex-policial foi formalmente indiciado por homic\u00eddio duplamente qualificado, por motivo f\u00fatil e sem possibilidade de defesa da v\u00edtima.
\nNo dia do crime, de acordo com Arlete, o neto saiu de casa para encher o pneu da bicicleta em um posto de combust\u00edvel que costumava frequentar.
\nEle teria passado por uns cones de tr\u00e2nsito — colocados na Avenida Patriarca por conta de uma obra — e chutou um deles.
\n“O Luciano passou pelo cone e chutou, o cone virou. Esse Valdinei estava a 50 metros, passou e deu um chute na bicicleta do Luciano e falou pra ele ‘seu filho da …’ e ele respondeu ‘filho da … \u00e9 voc\u00ea’. A\u00ed o policial mirou nas costas dele e deu um tiro. Entrou pelo rim, passou pelo pulm\u00e3o e saiu no cora\u00e7\u00e3o”, lembra a a v\u00f3 da v\u00edtima.
\nC\u00e2meras de seguran\u00e7a do posto de combust\u00edvel flagraram o momento que o adolescente cai da bicicleta, j\u00e1 baleado.
\nEle chegou a ser socorrido e encaminhado para a Unidade B\u00e1sica e Distrital de Sa\u00fade (UBDS) da Vila Virg\u00ednia, mas j\u00e1 chegou sem vida.
\nApesar de baleado, adolescente pedalou at\u00e9 um posto de combust\u00edvel na Avenida Patriarca
\nReprodu\u00e7\u00e3o\/EPTV
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