Especialista informa que diferentes profissionais procuram aprender Libras atualmente. Empresa de Boituva (SP) tamb\u00e9m adota medidas para oferecer aulas gratuitas do idioma para os colaboradores. A L\u00edngua Brasileira de Sinais facilita a comunica\u00e7\u00e3o entre funcion\u00e1rios da empresa de Boituva (SP)
\nSchmersal\/Divulga\u00e7\u00e3o
\nA L\u00edngua Brasileira de Sinais (Libras) \u00e9 reconhecida por lei h\u00e1 21 anos no Brasil. Atualmente, saber o idioma se tornou um diferencial para ter mais oportunidades e proporcionar uma comunica\u00e7\u00e3o mais inclusiva no mercado de trabalho.
\nComemorado nesta segunda-feira (24), o “Dia Nacional da Libras” foi definido em 2002, ap\u00f3s o idioma ser reconhecido pela Lei 10.436 como um meio legal de comunica\u00e7\u00e3o e express\u00e3o.
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\nPensando em incluir socialmente os funcion\u00e1rios com defici\u00eancias auditivas, uma multinacional de equipamentos industriais de Boituva, no interior de S\u00e3o Paulo, criou um programa que oferce aulas gratuitas de Libras aos colaboradores.
\nA operadora de log\u00edstica da empresa, Caroline Morosett, tem perda profunda da audi\u00e7\u00e3o e se comunica, principalmente, atrav\u00e9s de Libras durante o trabalho. Segundo ela, o projeto de inclus\u00e3o trouxe a possibilidade de fazer parte de reuni\u00f5es e comunicados em tempo real.
\n“Assim n\u00e3o ficamos por \u00faltimo, de lado, para depois. Recebemos as informa\u00e7\u00f5es em tempo real como todos. (…) A empresa \u00e9 realmente uma fam\u00edlia em que eu posso ser eu mesma e ser respeitada por todos \u00e0 minha volta”, comenta Caroline.
\nSaber Libras facilita a comunica\u00e7\u00e3o e inclus\u00e3o de surdos no mercado de trabalho
\nSchmersal\/Divulga\u00e7\u00e3o
\nPara o analista de Recursos Humanos (RH) Sidney Vieira, a inclus\u00e3o dos trabalhadores com algum tipo de defici\u00eancia supera quest\u00f5es comunicativas. “Agrega-se um valor especial \u00e0 equipe e ao ser humano. Sentir-se parte da equipe \u00e9 fundamental para quem possui alguma defici\u00eancia”, comenta.
\nRelev\u00e2ncia do idioma
\nAo g1, a professora e int\u00e9rprete de Libras Flavia Alves, de Itapetininga (SP), explicou que diferentes profissionais procuram aprender a se comunicar em Libras e que o idioma est\u00e1 em todo lugar.
\n“Meus alunos s\u00e3o professores que t\u00eam alunos surdos, tenho alunos que s\u00e3o enfermeiros, psic\u00f3logos, hoje em dia o interesse vem de diferentes profiss\u00f5es”, diz.
\nA professora trabalha com o idioma h\u00e1 15 anos e, segundo ela, pessoas que sabem se comunicar em Libras fluentemente possuem um diferencial no mercado de trabalho.
\n“Quando um ouvinte sabe Libras, e n\u00e3o s\u00e3o muitas pessoas que sabem, ele acaba se sobressaindo quanto a este idioma, j\u00e1 que ele est\u00e1 em todo lugar. (…) \u00e9 importante saber se comunicar com eles”, comenta a professora.
\nFl\u00e1via \u00e9 professora e int\u00e9rprete de Libras em Itapetininga (SP)
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\nInclus\u00e3o que impacta positivamente no faturamento, como destaca Sidney. “O mais importante \u00e9 o gestor entender que um PCD, inserido de forma correta no ambiente de trabalho, conseguir\u00e1 motivar toda a equipe e esta acessibilidade e inclus\u00e3o ser\u00e1 refletido nos resultados do neg\u00f3cio”.
\nAinda conforme Flavia, a import\u00e2ncia de se comunicar com um surdo pode ser percebida no cotidiano destas pessoas, que enfrentam dificuldades para se expressar.
\n“O surdo \u00e9 um estrangeiro no seu pr\u00f3prio pa\u00eds, ele est\u00e1 no Brasil, mas tem uma cultura diferente, idioma diferente, e n\u00e3o s\u00e3o todas as pessoas que sabem o idioma dele. Um dos maiores desafios dos surdos \u00e9 a falta de comunica\u00e7\u00e3o. Eles trabalham, compram, pagam todos os impostos, mas quando v\u00e3o em restaurantes por exemplo, eles precisam fazer m\u00edmicas para as pessoas entenderem”, destaca a profissional.
\nA professora refor\u00e7a ainda que Libras \u00e9 uma l\u00edngua s\u00e9ria e que deve ser respeitada.
\n“Muitas vezes as pessoas acham que o surdo pode entender de qualquer jeito, que a gente pode sinalizar de qualquer jeito com gesto ou m\u00edmica. A Libras tem regras, estrutura pr\u00f3pria e a gente precisa estar atento”, finaliza Flavia.
\nFlavia comenta que o idioma tamb\u00e9m possui linguagem facial e corporal
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\n* Colaborou sob a supervis\u00e3o de Matheus Arruda
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