{"id":12326,"date":"2023-04-20T02:04:56","date_gmt":"2023-04-20T05:04:56","guid":{"rendered":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/abrir\/12326"},"modified":"2023-04-20T02:04:56","modified_gmt":"2023-04-20T05:04:56","slug":"entenda-por-que-a-ucrania-precisa-de-avioes-de-combate","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/agencia3\/12326","title":{"rendered":"Entenda por que a Ucr\u00e2nia precisa de avi\u00f5es de combate"},"content":{"rendered":"


Esgotamento dos estoques de m\u00edsseis leva Moscou a utilizar cada vez mais as perigosas bombas a\u00e9reas teleguiadas. Ca\u00e7as modernos como os F-16 americanos s\u00e3o a melhor defesa para esses ataques, dizem especialistas. Para especialistas, os modernos ca\u00e7as americanos F-16 seriam a melhor prote\u00e7\u00e3o para a Ucr\u00e2nia das bombas teleguiadas russas
\nLithuanian Ministry of National Defense\/AP Photo
\nAnteriormente, as bombas a\u00e9reas teleguiadas eram utilizadas esporadicamente, mas agora, isso ocorre todos os dias. No in\u00edcio de abril, a For\u00e7a A\u00e9rea ucraniana informou que a R\u00fassia disparava at\u00e9 20 dessas bombas por dia ao longo de toda a fronteira.
\n“Os russos lan\u00e7am mais e mais dessas bombas por que seus estoques de m\u00edsseis j\u00e1 est\u00e3o se esgotando. Restam alguns poucos, por isso, passaram a usar as bombas a\u00e9reas, que s\u00e3o mais baratas”, afirmou \u00e0 DW Yuriy Ihnat, porta-voz das For\u00e7as A\u00e9reas ucranianas.
\nO que s\u00e3o bombas a\u00e9reas teleguiadas?
\nEspecialistas ucranianos explicam que h\u00e1 dois tipos de bombas teleguiadas russas. O primeiro destes s\u00e3o as UPAB-1500B, que incluem um sistema de navega\u00e7\u00e3o inercial por sat\u00e9lite.
\nA bomba \u00e9 projetada para atacar, em particular, alvos s\u00f3lidos em terra ou na \u00e1gua, como casamatas de concreto refor\u00e7ado, postos de comando, pontes ferrovi\u00e1rias e navios de guerra ou de transportes. Esses artefatos, criados por engenheiros russos, s\u00e3o de fabrica\u00e7\u00e3o recente, mas, segundo especialistas, n\u00e3o \u00e9 poss\u00edvel utiliz\u00e1-las massivamente devido aos altos custos de produ\u00e7\u00e3o.
\nO Ex\u00e9rcito russo, no entanto, usa atualmente na Ucr\u00e2nia, na maioria dos casos, bombas antigas altamente explosivas e originalmente n\u00e3o teleguiadas do tipo FAB, que pesam 500, 1000 quilos ou 1,5 tonelada.
\nOs peritos avaliam que esses proj\u00e9teis podem ser convertidos em bombas teleguiadas com o simples acr\u00e9scimo de asas e de um sistema de navega\u00e7\u00e3o GPS, que as tornam um armamento de alta precis\u00e3o.
\nOleh Katkov, editor-chefe do jornal ucraniano de com\u00e9rcio Defense Express, avalia que essa convers\u00e3o \u00e9 de baixo custo e n\u00e3o requer muito tempo.
\nEssa informa\u00e7\u00e3o foi confirmada pelo especialista militar do Centro ucraniano Dmytro Tymchuk para Estudos de Seguran\u00e7a, Oleksandr Kovalenko.
\n“Pode-se produzir com rapidez esse tipo de bombas, das quais ainda existem muitas em estoque”, afirmou.
\nSegundo Kovalenko, a R\u00fassia ainda ser\u00e1 capaz de atacar a Ucr\u00e2nia com essas antigas bombas sovi\u00e9ticas por muito tempo. O especialista ressalta que esses artefatos s\u00e3o de baixa qualidade, uma vez que as asas s\u00e3o simplesmente soldadas a um peda\u00e7o de ferro velho.
\nSistemas de m\u00edsseis antia\u00e9reos n\u00e3o bastam
\nAs aeronaves capazes de transporta as bombas teleguiadas s\u00e3o os avi\u00f5es de combate Su-30, Su-35, Su-24, Su-34 e alguns helic\u00f3pteros de ataque. Segundo Yuriy Ihnat, as aeronaves russas deixaram de voar sobre o territ\u00f3rio ucraniano um m\u00eas ap\u00f3s o in\u00edcio da invas\u00e3o ao pa\u00eds vizinho, em fevereiro do ano passado.
\nOs russos se limitam a lan\u00e7ar essas bombas teleguiadas de dentro de seu territ\u00f3rio, pr\u00f3ximo a fronteira ucraniana, ou das \u00e1reas sob dom\u00ednio russo ao longo das frentes de batalha.
\nUm ca\u00e7a russo Sukhoi Su-30 voa durante a parada militar do Dia da Independ\u00eancia da Venezuela no Forte Tiuna em Caracas, Venezuela, na quarta-feira, 5 de julho de 2006.
\nAP Photo\/Gregorio Marrero
\n“Os avi\u00f5es russos conseguem lan\u00e7ar essas bombas 50 a 70 quil\u00f4metros dentro do territ\u00f3rio ucraniano. A dist\u00e2ncia depende da altitude e da velocidade da aeronave e do quanto eles est\u00e3o pr\u00f3ximos das fronteiras ou das frentes de batalha”, explicou.
\n“Mas, esses avi\u00f5es n\u00e3o voam al\u00e9m da fronteira porque sabem que podem ser abatidos. Quanto mais alto um avi\u00e3o voa, maior a possibilidade de ser detectado por nossas esta\u00e7\u00f5es de radar”, diz o porta-voz da For\u00e7a A\u00e9rea ucraniana.
\nPara se defender das bombas teleguiadas, a Ucr\u00e2nia utiliza sistemas de m\u00edsseis antia\u00e9reos da era sovi\u00e9tica, em particular, os modelos Buk ou S-300. Esses sistemas, por\u00e9m, t\u00eam pouca efic\u00e1cia, uma vez que \u00e9 bastante dif\u00edcil interceptar bombas a\u00e9reas com a utiliza\u00e7\u00e3o de m\u00edsseis.
\n“Os m\u00edsseis antia\u00e9reos n\u00e3o atingem diretamente os alvos, mas explodem pr\u00f3ximo a eles e os perfuram com fragmentos. Isso normalmente n\u00e3o funciona no caso de uma bomba a\u00e9rea”, enfatizou Ihnat. Ele diz que a Ucr\u00e2nia precisa de sistemas de defesa modernos, especialmente os Patriot e os SAMP-T para destruir essas bombas.
\nA Ucr\u00e2nia, por\u00e9m, n\u00e3o possui sistemas antia\u00e9reos suficientes para cobrir toda a extens\u00e3o das frentes de batalha ou de suas fronteiras com a R\u00fassia e o Belarus. Al\u00e9m disso, esses sistemas modernos n\u00e3o devem ser colocados pr\u00f3ximos da zona de combates, uma vez que as for\u00e7as russas tentariam imediatamente destru\u00ed-los, mesmo que somente por quest\u00f5es propagand\u00edsticas, diz Oleg Katkov.
\n“Este seria o objetivo n\u00famero um dos russos. Eles utilizariam tudo o que t\u00eam contra os sistemas Patriot”, observou. Katkov acredita que os russos estariam at\u00e9 dispostos a sacrificar seus ca\u00e7as apenas para infligir perdas significativas na Ucr\u00e2nia.
\nUcr\u00e2nia precisa de avi\u00f5es de combate
\nSegundo os especialistas, a melhor prote\u00e7\u00e3o para a Ucr\u00e2nia das bombas teleguiadas seriam os modernos ca\u00e7as americanos F-16. “As bombas s\u00e3o dif\u00edceis de serem atingidas, dessa forma, seria mais f\u00e1cil destruir seus transportes, ou seja, os avi\u00f5es russos”, diz Oleksandr Kovalenko.
\n“Para conseguir combat\u00ea-los, a Ucr\u00e2nia precisa de ca\u00e7as de quarta gera\u00e7\u00e3o com alcance de mais de 100 quil\u00f4metros, como os F-16 ou os avi\u00f5es de combate polivalentes Eurofighter Typhoon e Rafale”, explica o especialista.
\nEle se diz convencido de que \u00e9 imposs\u00edvel proteger as regi\u00f5es de fronteira e as frentes de batalha das bombas teleguiadas russas, a n\u00e3o ser que a Ucr\u00e2nia possa utilizar os avi\u00f5es de combate adequados.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Esgotamento dos estoques de m\u00edsseis leva Moscou a utilizar cada vez mais as perigosas bombas a\u00e9reas teleguiadas. Ca\u00e7as modernos como os F-16 americanos s\u00e3o a melhor defesa para esses ataques, dizem especialistas. Para especialistas, os modernos ca\u00e7as americanos F-16 seriam a melhor prote\u00e7\u00e3o para a Ucr\u00e2nia das bombas teleguiadas russas… Continue lendo → <\/span><\/a><\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":12327,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1],"tags":[],"class_list":["post-12326","post","type-post","status-publish","format-standard","has-post-thumbnail","hentry","category-sem-categoria"],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12326","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=12326"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/12326\/revisions"}],"wp:featuredmedia":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media\/12327"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=12326"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=12326"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/agencia3.jornalfloripa.com.br\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=12326"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}