O senador Sergio Moro (União-PR) utilizou as redes sociais neste domingo (15) para ironizar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que recebeu alta hospitalar apósuma internaçãopara tratar uma hemorragia intracraniana.
Em publicação no X (antigo Twitter), o ex-juiz da Lava Jato criticou a gestão do presidente e cobrou explicações sobre temas econômicos e institucionais.
“Inflação crescente, dólar, gasolina e juros nas alturas, estatais quebradas, responsabilidade fiscal abandonada, censura ressurgida, segurança pública federal sem rumo, instituições aparelhadas. Queria ver o Lula de chapéu dar entrevista sobre esses temas”, afirmou o senador.
O comentário ocorreu poucas horas após a divulgação da alta hospitalar de Lula, confirmada pela equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Lula, de 79 anos, estava internado desde o dia 10 de dezembro devido a uma hemorragia intracraniana, decorrente de uma queda sofrida em outubro.
Durante o período de internação, o presidente passou por dois procedimentos: uma cirurgia para drenar o sangramento e uma embolização das artérias meníngeas, destinada a prevenir novos episódios.
Segundo o médico Roberto Kalil Filho, responsável pelo acompanhamento de Lula, o presidente poderá retomar suas atividades normais, mas deverá manter repouso relativo pelos próximos 15 dias, sem realizar atividades físicas.
A médica Ana Helena Germoglio, integrante da equipe, destacou que a recuperação do presidente foi “extremamente acima do esperado”.
Na última sexta-feira (13), Lula deixou os cuidados da UTI e passou a ser monitorado em regime semi-intensivo, permanecendo no mesmo leito hospitalar.
Ainda no mesmo dia, ele divulgou um vídeo nas redes sociais em que aparece caminhando ao lado do neurocirurgião Marcos Stavale. Na legenda, o presidente afirmou estar “firme e forte”.
Lula x Sergio Moro
A relação entre Lula e Sergio Moro tem sido marcada por rivalidades políticas desde o período da Lava Jato, operação que teve Moro como juiz e resultou na prisão de Lula em 2018.
Após a anulação das condenações, o petista retomou os direitos políticos e venceu as eleições de 2022.