De acordo com o astrônomo e professor Rodrigo Raffa, o arco-íris duplo é formado quando, dentro da gota de água, a luz é refletida duas vezes antes de sair. Arco-íris duplo: entenda fenômeno registrado no céu de Itapetininga
Mike Adas/TV TEM
A tarde de sábado (14) em Itapetininga, interior de São Paulo, foi marcada por um espetáculo natural que encantou os moradores: um arco-íris duplo surgiu no céu logo após a chuva. O fenômeno, embora não seja tão raro, despertou a atenção de quem presenciou a cena e registrou o momento em fotos e vídeos.
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De acordo com o astrônomo e professor Rodrigo Raffa, o arco-íris é formado pela interação da luz solar com gotículas de água suspensas na atmosfera, especialmente após uma chuva. No caso do arco-íris duplo, a luz solar sofre uma reflexão adicional dentro das gotículas de água antes de sair, o que resulta na formação de um segundo arco, menos intenso.
“Ele é mais fraco porque parte da luz é dispersa em cada reflexão, diminuindo sua intensidade”, explica.
Além disso, o astrônomo esclarece que a formação do arco-íris depende da posição do observador: “O arco-íris, na verdade, é um círculo completo. Nós acabamos observando apenas metade dele, cerca de 180 graus, porque a outra parte está abaixo do horizonte. Se estivermos em um local elevado, como em um avião, conseguimos ver o círculo completo.”
A criação de um arco-íris envolve fenômenos ópticos como refração, dispersão e reflexão da luz solar nas gotículas de água. Quando a luz branca do sol entra em uma gota de água, ela muda de direção (refração) e se separa em diferentes cores devido à dispersão, já que cada cor tem um ângulo de desvio distinto.
A luz, então, reflete internamente na gota e sofre nova refração ao sair, intensificando a separação das cores. Esse processo ocorre simultaneamente em milhares de gotículas, resultando no arco multicolorido no céu.
O vermelho aparece no topo do arco porque é menos desviado, enquanto o violeta fica na base, sendo o mais desviado. Para que o arco-íris seja visível, o observador precisa estar de costas para o sol, já que o fenômeno ocorre quando a luz é refletida em um ângulo de 42 graus.
Fenômeno, embora não seja tão raro, despertou a atenção dos moradores de Itapetininga
Mike Adas/TV TEM
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