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PF considera ter elementos suficientes para indiciar o assessor de Braga Netto


Coronel Flávio Botelho Peregrino foi alvo neste sábado (14) de mandados de busca e apreensão. Investigadores encontraram na sala do militar, na sede do PL, um documento com perguntas e respostas sobre a delação de Mauro Cid. PF considera ter elementos suficientes para indiciar o assessor de Braga Netto
Reprodução
A Polícia Federal considera que já tem elementos suficientes para indiciar o assessor do general Braga Neto, o coronel Flávio Botelho Peregrino, que foi alvo neste sábado (14) de mandados de busca e apreensão. Braga Netto foi alvo de prisão preventiva nesta manhã, como adiantado neste blog.
Os investigadores encontraram na sala do militar, na sede do PL, um documento com perguntas e respostas sobre a delação do tenente-coronel Mauro Cid, mostrando a preocupação dos indiciados sobre o que poderia ter sido delatado.
Além da preocupação com a delação ter relatado ações de Braga Netto, o grupo aparentava estar apreensivo com a PF tendo obtido o documento “Minuta do 142”, que esboçava o decreto de instauração do estado de exceção no Brasil.
“O contexto do referido documento confirma que o grupo criminoso praticou atos concretos para ter acesso ao conteúdo do Acordo de colaboração firmado por Mauro Cesar Cid com a Polícia Federal. Ademais, cabe ressaltar que o documento estava na mesa do coronel Peregrino, assessor do general Braga Netto, figura central nos atos que tinham o objetivo de subverter o regime democrático no Brasil logo, pessoa interessada em saber o conteúdo do que fora revelado pelo colaborador.”
As anotações demonstravam a preocupação do grupo com o que o ex-ajudante de ordens poderia ter revelado na colaboração, segundo a PF.
O relatório aponta que, poucos dias após a homologação do acordo de delação premiada, um dos indiciados, o general Mário Fernandes, relatou em mensagem ao coronel reformado Jorge Luiz Kormann que os pais de Cid teriam ligado para os generais Braga Netto e Augusto Heleno em 12 de setembro de 2023, afirmando que as informações divulgadas pela imprensa em reportagens sobre a delação eram “mentira”.
Nos endereços do militar, a PF também apreendeu muitas mídias (pen drives), que ainda vão ser analisadas.
A polícia vai aguardar o prazo legal para que o suspeito seja interrogado.
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