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Binário da Lagoa da Conceição: após um ano, motoristas veem trânsito de Florianópolis melhorar

Há um ano, no dia 13 de dezembro de 2023, o binário da Lagoa da Conceição foi implementado. Com 900 metros de extensão, o projeto da prefeitura tinha como objetivo principal melhorar a mobilidade urbana na região, especialmente durante a alta temporada, com a criação de uma nova via paralela à avenida das Rendeiras. A iniciativa contou com um investimento de R$ 4,3 milhões e levou sete meses para ser concluída.

Binário da lagoa da Conceição completa um ano

Binário da lagoa da Conceição completa um ano – Foto: Germano Rorato/ND

O secretário de Transportes e Infraestrutura, Rafael Hahne, destacou os avanços no trânsito após a implementação. “Tivemos uma redução no tempo de deslocamento do transporte coletivo de quase 500%. Em horários de pico, trajetos que antes levavam de 40 a 50 minutos agora são realizados em cerca de 15 minutos. Isso é muito importante porque potencializamos o transporte coletivo e garantimos melhor mobilidade para a região”, afirmou Hahne.

O sistema trouxe mudanças significativas no tráfego da avenida das Rendeiras, que antes operava com uma faixa de mão única para cada sentido. Agora, quem sai da ponte da Lagoa em direção às praias do Leste percorre 660 metros da avenida das Rendeiras em pista única antes de acessar a nova via. A partir dela, o motorista pode seguir para a Joaquina, à direita, ou para a praia Mole, à esquerda. No sentido praia Mole-Centro, os condutores trafegam pela avenida das Rendeiras em pista dupla até a altura da rua Mandala e, depois, seguem em pista simples.

Para o presidente da Amolagoa (Associação dos Moradores da Lagoa da Conceição), Kleber Domingos de Pinho, o binário trouxe benefícios para a comunidade. “Notamos uma melhora de 30% a 50% na mobilidade. O morador da Barra da Lagoa, principalmente, está muito satisfeito, pois o tempo de deslocamento reduziu pela metade”, avaliou.

O motorista de aplicativo Israel Thomé de Almeida também aprovou a mudança. Ele circula por toda a Ilha e acredita que, com a chegada da alta temporada, o binário fará ainda mais diferença.

“Nos horários de pico, o trânsito era muito pesado, e agora está bem melhor. Claro, o bairro ainda precisa de muitas melhorias no trânsito, porque a Ilha não foi projetada para esse movimento todo. Mas essas pequenas mudanças ajudam em alguns aspectos, sim”, comentou.

Motorista de aplicativo Israel Thomé aprova vê as melhoras do binário

Motorista de aplicativo Israel Thomé aprova vê as melhoras do binário – Foto: Germano Rorato/ND

Pedido por fiscalização e quebra-molas

Renato Menezes, motorista de ônibus de uma empresa de turismo de São Paulo, também elogiou o binário. Presente em Florianópolis nos meses de outubro e dezembro, ele conta que, após deixar os visitantes na praia da Joaquina, utilizou o binário para estacionar.

“Esse novo espaço é bem mais estruturado e oferece locais adequados para estacionarmos”, afirmou. Menezes, no entanto, fez um apelo por mais fiscalização em relação a carros estacionados irregularmente.

“Hoje estamos com quase 20 ônibus. Em outubro, eram 60. É muito difícil encontrar lugares adequados para estacionar, ainda mais com carros parados nas esquinas de qualquer jeito”, criticou.

Binário da lagoa da Conceição completa um ano

Binário da lagoa da Conceição teve investimento de R$ 4,3 milhões – Foto: Germano Rorato/ND

Binário da Lagoa da Conceição não agrada comerciantes

Por outro lado, a mudança não agradou a todos. Comerciantes, como André Gonçalves, dono de uma barraca de água de coco no fim da avenida Prefeito Acácio Garibaldi São Thiago, afirmam ter sido prejudicados.

“Os clientes caíram pela metade. Durante a temporada, eu costumava vender cerca de 500 cocos por semana. Depois do binário, tem sido difícil vender 100. Vamos ver agora, com a temporada chegando, se melhora”, lamentou. Ele também sugeriu a implantação de uma faixa de pedestres e quebra-molas na região.

A proprietária de uma empresa de passeios de barco, que atua no fim da mesma avenida, Eliza Cristina de Souza, relatou dificuldades semelhantes. Antes, as pessoas passavam naturalmente pelo ponto, mas agora é necessário pensar em estratégias para atrair os clientes.

“O movimento caiu 50%. Antigamente, tínhamos filas para os passeios. Agora, pensamos em colocar uma faixa mais à frente e uma pessoa sinalizando, para chamar a atenção. Nosso trabalho será triplicado, porque não temos outra opção”, concluiu.

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